domingo, 31 de maio de 2015

6 days later... Um ensaio sobre a vocação...

Sim, eu sei.

Morri?

Nop...

Passei a semana no Retiro de Convivência com os membros de um instituto em Brasília. Uma experiência única. Simplesmente incrível. Mas antes de falar sobre ela, falarei um pouquinho da minha cominhada vocacional, que começou a pouco tempo atrás mas já renderia uma daqueles livros de pseudo formação espiritual vendidos na Canção Nova a R$10,00. Vamos? 

Na playlist, B1A4, e pra me acompanhar, uma caixinha de dell Valle Laranja Caseira. 

Há alguns anos atrás, em meados de 2012 se não me engano, quando me tornei catequista na Paróquia São Francisco de Assis, eu dizia a todos que queria me formar em História ou Filosofia, me tornar professor, depois, fazer Teologia e continuar a carreira como Catequista. Como em apenas meio ano eu consegui ums alto considerável na hierarquia da catequese, isso meio que me subiu a cabeça. Em poucos meses eu passei de um auxiliar de catequista a um Catequista Titular de 3 turmas, membro ativo da Liturgia, do Teatro da Catequese e conhecido por uma parcela consideravelmente influente da comunidade. Não tinha motivos pra me preocupar com vocação sacerdotal, estava muito bem assim.

Mas como eu devia prever, isso não duraria muito, e se eu subi com facilidade, com mais facilidade ainda eu caí. Lá pro fim do ano, uma amiga minha resolveu me ajudar com uma das minhas turmas, até que era divertido... Quando a catequese terminou, ela se aproximou muito de uma de minha catequisandas. Bom, eu sabia de tudo e sinceramente, fiz o que achava certo, se a jovem tinha cuiriosidade, porque não dar moral as investidas de minha amiga? A essa altura eu era muito próximo de ambas e como confidente, agi como uma espécia de ponte entre elas. Bom, elas ficaram algumas vezes e estavam praticamente namorando. Tudo ia bem até que os pais da jovem descobriram, contaram ao Pároco, espalharam a história e foi aquele pandemônio. Fui expulso de tudo o que fazia parte e proibido de me aproximar de qualquer coroinha e/ou afins, inclusive de um menino por quem eu era apaixonado.

Aquilo foi um golpe cruel demais pra mim. Me destruiu, meus pais acharam que eu iria entrar em depressão. Ouvia boatos de um possível processo e entrei em pânico. Como fui praticamente expulso, procurei outra paróquia para trabalhar, visto que já não era mais bem vindo por aquelas bandas. Resolvi permanecer apenas na Pastoral do Dízimo, as quartas feiras, em consideração a uma amiga;

Pois daí vim para essa paróquia, até então, Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Aqui, fui muito bem acolhido pelo pároco e pela maioria da comundade. Aqui, me tornei catequista novamente, membro da Pastoral da Juventude, Servo da Renovação, Acólito e mais tarde Cerimoniário, suplente da Liturgia e do Batismo, mais tarde Secretário Paroquial. A essa altura, um Seminarista que aqui fazia pastoral, vinha me questionando sobre um possível discernimento vocacional no Instituto a que ele pertencia. Sem muita eficiência, diga-se de passagem. Vale ressaltar ainda que eu fugia com muia frquência dos comentários do tipo "você quer ser padre?", e sempre com a mesma desculpa, de que queria ser apenas professor.



O então pároco daqui também tentava sem maiores sucessos, me convencer a fazer os encontros, até que um dia um amigo meu resolveu fazer, e pela proximidade que ele tinha com o pároco, estava com a entrada praticamente arranjada. Héteros tem preferência e não precisam passar pelos 3 a 5 anos de observação antes de receber um sonoro 'não' como eu.

De qualquer forma, fui então convencido a fazer os encontros. E fui brutalmente desarmado. Me vi numa situação deseperadora. Ora, não tinha mais perspectiva, meus planos tinham sido arruinados e eu só conseguia pensar em entrar para o seminário. Na verdade, ainda penso muito, muito mesmo nisso. Mas claro, a situação no Seminário Diocesano não era tão simples assim. Por ter sido franco e me assumido para o então reitor, fui para os escrutinios, onde sou observado por um grupo de pessoas que no fim das contas decidiram se posso ou não ser aceito lá. A levar em consideração as muitas confusões que me envolvi depois disso, a maioria delas incluindo acusações de assédio e má administração de sacerdotes da diocese, essa opção é praticamente nula.

Restou-me então recorrer ao Instituto, do seminarista que citei anteriormente, que mais tarde se desligou da instituição e hoje namora com uma moça da Paróquia. Esse seminário não tem uma das melhores reputações entre os seminários brasileiros, mas ainda consegue que seus candidatos sejam ordenados. Então para mim, é mais do que suficiente. E ainda me identifiquei com o carisma da casa, o estudo das Sagradas Escrituras e das Linguas Bíblicas, algo fascinante.

Durante o ano de 2014 eu fiz os encontros em ambas as instiuições. Fui negado no diocesano e ninguém foi admito ao religioso. Nesse ano, não consegui ir a nenhum diocesano, mas fui em todos do religioso, e sinceramente, me sinto otimista dessa vez. Fui muito bem tratado pela maioria. A dinãnica é muito boa e particularmente, acho que me identifiquei com todos no geral. Quem sabe então isso não signifique que eu possa ter uma chance, não é?

De volta a realidade paroquial, estamos nos preparando para a Solenidade de Corpus Christi. Com direito aos tapetes para a procissão eucarística e tudo. Estou ansioso, mas ando meio cansado. Mesmo que, como a procissão só será daqui a 3 dias, estou na verdade sendo cauteloso. Mas acho que tudo dará certo no fim. Com fé em Deus. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Onde canta o Sabiá...

"Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Eu sou como um sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está

Nesta viola canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buracos
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um barulhão

Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar

E o choro que vai caindo
Devagar vai-se sumindo
Como as águas vão pro mar."

(Angelino de Oliveira)

Antes de mais nada, gostaria de começar dizendo que estou em plenas posses de minhas faculdades mentais e NÃO GOSTO DE MÚSICA SERTANEJA. Dito isto, comecei o artigo porque o Blog é meu eu escrevo do jeito que eu quiser. E sim, estou num mal humor sem precedentes, e sim, também sei que isso aqui nada tem a ver com isso, mas sabe como é, melhor descontar na máquina sem alma do que nas pessoas.

Bom, então vamos à busca da causa desse mal humor, antes que eu tenha um aneurisma?

Lá vai. 

O fim de semana foi até tranquilo. Digo, tinha mais gente em casa do que eu gostaria que tivesse pois recebemos visitas, mas ainda assim foi suportável. Tenho acompanhado bastante uma séria chamada The Fosters, e simplesmente apaixonado por ela, até os casais héteros me cativaram. Mas claro, o casal mais fofo do mundo by the way ainda é Jonnor (Jude + Connor). Simplesmente fofos. Como quando o Connor pintou as unhas pra evitar que os coleguinhas fizessem bullying com o menor. Ou quando ele fugiu do Pai pra ir na festa na casa do outro... #MuitoAmorEnvolvido

Na playlist, minha musa Hitomi Shimatani, e o seu último álbum 'Honjitsu, Tonai, Bonshõ', pra me embalar nesta fossa de terça a noite.

Ontem foi um dia de depressão. Acordei tarde (quase não acordei na verdade), tive crise respiratória logo depois e passei o resto do dia vendo série.

Hoje por outro lado, eu tive de tentar me sacudir. Levantei um pouco mais cedo, terminei um trabalho da faculdade, verifiquei como ta minha situação esse semestre e depois fiquei fazendo hora pelo resto do dia. Fui pra aula e agora quando voltei tava vendo série de novo até decidir escrever. Então esperei o episódio acabar e vim pra cá.

Bom nesse meio tempo, aconteceram algumas coisas que me deixaram chateado. Pra começar, meu visinho arranjou um namorado. E, bom, quando você é apaixonado por uma pessoa a vários anos, você não quer exatamente ouvir todos os detalhes da pegação dos dois não é? Pois é. Acho que sou parado demais pra dizer isso a ele.

Estou conversando agora, e desde as 23h pra ser exato (são 01:25h da madrugada agora) e não posso dizer que seja nossa conversa mais agradável. Bom, pra ele ta normal, mas eu to forçando aqui... Meio abalado. Mais cedo, eu mandei uma foto que eu vi no Facebook de duas pessoas de mãos dadas, dizendo o quanto acho isso bom. Dai ele me disse que não gosta disso. 

Ai.

Mega golpe na moral. Perceber que você na verdade é só um estorvo na vida de uma pessoa tão importante para você. E é a vida que segue. Isso me abalou, na boa. Ando vulnerável, sensível e isso me derrubou. 

Mas isso é besteira, não devia me preocupar. Mas não consigo ignorar. Simplesmente não dá. 

Ah, outra música que ouvi hoje e que achei uma graça:

"Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal

Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal

Era florada, lindo véu de branca renda
Se estendeu sobre a fazenda, igual a um manto nupcial

E de mãos dadas fomos juntos pela estrada
Toda branca e pefumada, pela flor do cafezal

Meu cafezal em flor, quanta flor do cafezal
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal

Ai menina, meu amor, minha flor do cafezal
Ai menina, meu amor, branca flor do cafezal

Passa-se a noite vem o sol ardente bruto
Morre a flor e nasce o fruto no lugar de cada flor

Passa-se o tempo em que a vida é todo encanto
Morre o amor e nasce o pranto, fruto amargo de uma dor

Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal
Meu cafezal em flor, quanta flor meu cafezal."
(Luiz Carlos Paraná)

Não sei o que me deu hoje, mas essas músicas me deixaram emocionados. Achei as letras belas, tristes, mas belas. A aula hoje foi intensa, e como eu já tava abalado lá, elas me marcaram, assim com o poema do Gonçalves Dias, a Canção do Exílio:

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossas flores têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
 
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

Achei as 3 composições, em especial a primeira e a última, de especial lirismo e de uma delicadeza ímpar. Como gosto de pensar em mim mesmo. Como um sabiá, que canta sozinho as suas tristezas.

Eu sou solitário, e o sou por vontade própria. Meus gostos são excentricos demais para que eu seja compreendido por outros. E por mais que isso soe piegas, é verdade, ninguém me entende. E eu também não consigo entender ninguém. Mas nesse ponto, acho que não sou o único. As pessoas não costumam se entender. E isso posso afirmar com certeza, pois, desde que o mundo é mundo e o homem se entende por homem, mata a si mesmo a ao seu próximo em detrimentos das suas próprias vontades. Lamentável.

Continuando, quantos rapazes de 20 anos você conhece que, quase as duas da madrugada de uma terça feira está ouvindo baladas japonesas enquanto escreve sobre sua frustrações num blog privado? Bom, como o blog é privado, posso aceitar que os de outros também o sejam. Quem sabe então, todos os jovens de 20 anos do mundo escrevem em blogs particulares? Pode ser que sim, pode ser que não, creio que talvez.

sábado, 16 de maio de 2015

Torpor...!

Hey, sabadão com cara de domingão... Parado e sonolento. Passei o dia vendo série e baixando música, ainda nesse friozinho gostoso que, com fé em Deus, poderia durar o ano inteiro. 

#PartiuEuropa

De qualquer forma. o post de hoje será um grande lamento. E pra combinar, o último álbum da BoA , Kiss my lips tocando na playlist. E vamos lá, seguindo o enterro:

Ontem me queixei de a noite estar me sentindo sozinho em meio a multidão. Pois é. Hoje eu to me sentindo sozinho de tudo mesmo. Um sentimento de solidão crescendo e subindo, como uma dor que vai chegando e incomoda, mas por não ser de todo muito forte, você ignora até que percebe que não tem mais cura. Claro que não vou permitir que isso continue, vou ficar em estado de letargia e torpor por um ou dois dias e então sacudir isso. Não pretendo me tornar mais um adolescente convalescente e demente como esses que eu to acostumado a ver por aí.

Bom, ainda tenho umas coisinhas a resolver até conseguir ficar em paz. mas convenhamos, se considerarmos como eu estava quando comecei a escrever o blog, estou bem melhor agora. Claro, continuo a mandar mensagens para o meu ex e continuo a ser ignorado com sucesso. Continuo a pensar em meninos que não deveria e isso me deixa mal, mas numa escala, diria que minha dor chegou ao nível 2 ou 3, incomoda, mas não é suficiente para eu me preocupar.

Agora, uma coisa me incomoda: certa fadiga, uma certa impressão que não consigo interpretar e que justamente por isso não consigo saber do que se trata. Não gosto de sentir algo que não sei o que é... e o pior é que por isso mesmo, nem sei que atitude tomar para melhorar. Acho que vou apenas esperar passar. É, isso é o melhor. 

Acho que também vou me deitar um pouco, logo mais a noite tem CPP, e se eu estiver disposto quando voltar, escrevo também coomo foi. Isso se tiver algum barraco, se não, outro dia eu escrevo...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Serviço de Recuperação

Noite fria e bem solitária, diga-se de passagem. Depois de um dia agarrado no meu amigo visitante, sentindo o calor dele, estou eu aqui, sozinho na cama ouvindo temas de abertura de animes e escrevendo para um blog no qual só eu tenho acesso... 

Ouvir essas músicas sempre me dão uma certa nostalgia, talvez por me remeterem a todas as histórias que eu acompanhei ou por terem feito árte de uma playlist que me acompanhou por grandes momentos, bons e ruins, e isso me faz reviver minha própria história. 

Agora mesmo, essa playlist inclui as openings e endings de Death Note, Get Backers*, Neon Genesis Evangelion, Basilisk e Planet Survival. Grandes memórias haha.



Get Backers foi um anime que me marcou muito e ainda pretendo conseguir baixá-lo pra manter a memória. Uma história tranquila e divertida, e personagens que me cativaram um montão, principalmente o Imperador dos Raios e o Mestre dos Fios, Kazuki, sem sombra de dúvidas algumas de minhas paixões. Lembro de levantar todos os dias bem mais cedo do que precisava para assitir no Sony Spin, e depois ir para a escola ouvindo essas músicas. E elas me acompanhavam também durante todo o dia, bons tempos. Mas nem por isso mais fáceis do que o tempo presente. Na verdade, meus problemas continuam os mesmos, meninos, apenas mudaram de nome e endereço.

Hoje foi um dia e tanto. Há semanas meu amigo não me visitava e hoje e ele veio novamente. Resultado: grudei mesmo. Se ele não aparecer pelas próximas semanas, já sabemos o motivo. Mas foi ótimo, assistimos um filme e botamos alguns papos em dia. Perfeito. Inclusive ele me provocou tanto que, quando já tinha ido embora e fui observar eu até estava tendo um principio de ejaculação (xiiiiiiiiu).  

Gostaria apenas que ele tivesse ficado um pouco mais. Ainda assim, foi bom. Mesmo com sua recusa permanente em retribuir carinhos. Até entendo. Ele era uma pessoa extremamente carinhosa, provavelmente ainda mais do que eu, mas seu término conturbado fez com que ele se fechasse pra isso. Lamentável na verdade. Queria tê-lo conhecido antes disso. Devia ser uma pessoa também fascinante.

Agora pela noite eu experiementei com riqueza de detalhes e requintes de crueldade a máxima "Sozinho em meio a multidão". Trezentas mil conversas pra responder e eu só queria algumas poucas horas de silêncio para ver algum anime ou série. E agora que finalmente consegui, só quero rezar o terço e ir dormir. Bye Bye.

*Nota: Get Backers é o Serviço de Recuperação a que me refiro no título. Trata-se do serviço dos personagens principais do anime que garantem recuperar qualquer coisa.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Minha estória - Cap. 1 ~ Luna

Luna

A chuva caia rapidamente do lado de fora do carro e fazia uma barulho alto e agradável ao bater nas janelas e abafar os ruídos que normalmente se ouviriam a distância em um colégio, ainda mais um colégio daquele tamanho, com tantas crianças barulhentas e tantos jovens ávidos em conversar sem parar nem por um momento sobre suas vidas. Já estávamos na metade do 1° semestre. Entrar no ensino médio já não era uma tarefa fácil, entrar no ensino médio duas vezes num mesmo ano então era algo quase insuportável. 

Ta, dramas a parte, a vida escolar por aqui não é como vemos nos filmes americanos onde as panelinhas são praticamente a lei da instituição e o status quo é muito mais importante que o ensino aprendizagem dos alunos. Não, não seria tão complicado assim, mas certamente não seria também fácil. 

Eu sempre fui incrivelmente péssima em fazer novas amizades. Não era lá a pessoa mais inteligente do mundo e nem também a mais obtusa. Não era a mais bonita, mas tinha certo charme. Mas nada que chamasse de fato a atenção de ninguém a ponto de querer se aproximar de mim. Mas também não era uma esquisitona solitária esperando por uma grande aventura começar dando início a uma jornada de auto descobrimento que resultaria num grupinho de 4 ou 5 amigas que viajariam pelo mundo compartilhando um jeas da sorte. Essas coisas não existem. Sou uma pessoa normal. Simples assim. 

Me despedi então de minha mãe que estava dirigindo cautelosamente naquela manhã por causa da chuva forte que impedia boa parte da visão e disse para o meu irmãozinho correr assim que abrisse a porta, a fim de evitar que chegássemos mais encharcados do que já chegariamos a descer. 

- Um grande primeiro dia - Pensei -  molhada e ainda surtada em ficar gritando com o irmãozinho. Mas ele é sempre muito lerdo. E as expectativas não poderiam ser menores. 

Depois de entrar correndo com meu irmão na nova escola, um prédio grande e imponentemente cinza, se destacando em meio as arvores do seu próprio terreno que era consideravelmente maior dos que todos os outros próximo dali, fui então a procura de minha sala, caminhando sem muita convicção até um mapa que ficava na entrada. O prédio era tão grande que precisava de um mapa para os alunos se localizarem. Na minha antiga escola, eram apenas 3 pavimentos, todos no solo, e frequentemente um aluno conhecia alunos de todas as outras salas, visto que era uma escola bem pequena. Por outro lado, mesmo alguém que tenha estudado aqui por toda a vida não deve conhecer mais do que a metade de um único andar. A escola era realmente grande. 

Identifiquei que minha sala deveria ficar no 4° dos 5 andares e no Pavilhão Norte, o chamado Torre Verde. Meu irmão, que viera pra cá uma semana antes já sabia bem onde era sua sala e nem pensou duas vezes antes de me deixar e sair correndo para alcançar uma menina que provavelmente era de sua sala. Tomei uma escada larga que se abria a minha direita e fui lentamente atrás de minha sala. Quando ainda estava no 3° andar, ouvi o delicado sinal avisando que todos os alunos deviam ir para suas salas por as aulas logo comecariam, Me apressei e notei que subi na torre errada, dei a volta rapidamente no corredor e cheguei a Torre Verde, com muitos olhares voltados para mim, a menina ruiva que andava rapidamente molhada pelo corredor já vazio. 

Finalmente encontrei a sala, 16B, correspondente ao 1° ano B, com a porta já fechada. Droga, Isso signifaria que toda a sala já estava quieta e a aula provavelmente já começara, sendo eu obrigada a ter de olhar para todos antes de conseguir um lugar. Bati. Nenhuma resposta. Bati novamente. Uma senhora gordinha de óculos e aparência simpática abriu com um livro dobrado nos braços me recebeu e fez sinal para que entrasse.

- Oh, Senhorita Luna, você conseguiu, seja bem vinda. 
- Obrigado - disse, sentindo minha bochechas ficarem vermelhas.
- Vamos, não tenha medo, sente-se e logo logo vai conseguir nos acompanhar. Eu leciono Matemática, vamos. - disse ela apontado para uma mesa vazia do outro lado da sala, o que significava que eu teria de andar muito até chegar lá, com os olhares curiosos a minha volta. Ao menos não houveram apresentações.
- Certo, er, tudo bem.
- Ah, quase ia me esquecendo, volte aqui. - Droga, eu já estava a meio caminho - Essa é a senhorita Luna, que acaba ser tranferida para nossa escola. Sejam todos gentis com ela - agora é oficial todos estão olhando para mim. Alguns com expressões de curiosidade, outros com a já conhecida cara de deboche, como quem iria me pregar uma boa peça em um ou dois dias.

Não me demorei e logo fui ao meu lugar, tropeçando uma vez antes de conseguir finalmene me sentar e fixar o olhar num ponto fixo do quadro até que a vergonha passasse. Essa seria uma semana difícil. Me sentei na 4 cadeira da última fileira, encostada na janela, que agora escorria da violenta chuva que parara a poucos minutos. Eu estava certa, a aula já começara a tempos, demorei mais do que percebi em cruzar as torres, e o quadro já estava repleto de uma matéria que identifiquei como sendo correção de um exercicio anterior. Mais um problema em se mudar quando o ano letivo já começara. As atividades já estariam todas em desenvolvimento, e eu levaria semanas para conseguir acompanhar. Depois se seguiu mais uma breve explicação de uma matéria que eu já estudara e mais exercícios. Pelo menos eu podia me concentar apenas no livro sem ter de olhar a minha volta. 

Depois de vários minutos, pois as aulas eram geminadas, a professora gordinha finalmente foi embora, entrando em seu lugar um homem alto, de bigodes grossos e terno cinza, que logo começou a explicar a matéria de lingua portuguesa. Sua explicaçãoe era simples, e como não houve muita coisa complexa eu pude acompanhar sem muitas dificuldades. Após essa, que seria a 3° aula, ouve o intervalo. Claro que eu não sai da sala, me aariscando a me perder novamente e me atrasar para o 4° horário. Fechei o livro e o caderno, os arrumei embaixo da carteira e encostei a cabeça no braço, assim, podia ouvir a chuva que recomeçara e batia lentamente na janela eo meu lado e ainda ignorar os outros alunos. 

Não ficaram muitos alunos. Dois rapazes bonitos que conversavam sobre uma partida de futebol que estavam planejando pra dali a dois dias. Uma moça que estava claramente dormind desde a 2° aula e um rapaz muito bonito também de cabelo preto que ouvia música. Ótimo. Não precisaria me esforçar em manter nenhuma aparencia. 

O intervalo passou lentamente. Ora alguns alunos entravam e saiam da sala, mas quando foi dado o sinal para o 4° tempo, todos já estavam de volta e bem acomodados, Mas pelo que entendi, por que o professor de biologia, que entraria ali agora costumava reclamar demasiadamente com os alunos a ponto de todos se acostumarem a voltar mais cedo do intervalo na segunda feira. Ele era realmente rígido em sua sala, não houveram conversas e nem piadinhas. Mas fora isso não vi nele nada que o caracterizasse como um ditador, como ouvi mais cedo. 

As duas últimas aulas também seriam geminadas, história. A professora pediu então que nos dividíssemos em grupos. Droga. Socialização forçada. Os grupos deveriam discutir entre si aspectos de Roma e Grécia entiga e a atividade se desenvolveria em 5 aulas, sendo essas 2 primeiras, dedicadas a discussão interna do grupo. Por sorte, os participantes já tinha sido previamente sorteados pela professora que como sabia que eu chegaria naquela semana já me incluira num grupo.

Erámos então eu, mais 2 meninas e um menino. Uma delas era loura e bonita, simpática e de personalidade forte pelo que pude observar, e se apresentou como Anna. A outra, tinha o cabelo castanho e cacheado, que combinava com sua pele morena e se apresentou como Cybelle. O rapaz, Eric, era meio desligado, mas muito bonito, de pele bem clara, corpo definido e o cabelo escuro bem arrumadinho num topete. Perdi tanto tempo fazendo essas observações que nem notei quando me perguntaram meu nome. Então a loura repetiu com uma expressão de quem desconfiava de minha capacidade intelectual em estar ali.

- Ei, e você, como se chama? - Disse ela num tom quase impaciente.
- Ah, eu me chamo Luna, acebei de vir da Capital... - disse envergonhada, abaixando a cabeça.
- Por que sairam da Capital? Veio sozinha? - Perguntou a morena.
- Minha mãe foi tranferida para a filial daqui. Não. Viemos eu, ela e meu irmão mais novo.
- Ela trabalha com o que? - tornou a perguntar Cybelle.
- Não sei bem. Ela cuida da contabilidade de uma loja de computadores...
- E por que mandaram ela pra cá?
- Muito bem, depois que terminarmos ela responde o que a gente quiser pode ser? - Interrompeu Anna com uma piscadela, já que a professora vinha em nossa direção - Ei, acorda! - Ela cutucou o ombro do rapaz que tombara sobre os próprios braços e acordou num sobressalto.

A professora passou então por nós e foi chamar a atenção do grupo que estava a nosso lado, e fazia piadinhas acerca da sexualidade dos soldados romanos. No entanto, sua advertencia não surtiu o efeito desejado, pois os alunos passaram a rir ainda mais alto, e ela os deixou, com uma expressão divertida no rosto.

Começamos então a discutir sobre o assunto. Na verdade, eles começaram, e de tempos em tempos tantavam me incluir na história. Percebi que eles não costumavam fazer aquilo também. Anna e Eric conversavam tranquilamente, mas Cybelle, embora enérgica, nã estava a vontade com os dois, e eu menos ainda. Ma de rest foi tranquilo. Pouco mais de 1 hora depois já tinhamos exaurido todo o tema e voltamos ao papo de minha mudança, depois, consegui levar a conversa para outro rumo e perguntar sobre eles também. Eric se mudara para cá com o pai no ano passado, então sabia como eu me sentira em relação a escola nova. As outras duas semmpre moraram aqui, com exceção de Anna que morou 2 anos com uma tia em uma cidade próxima, mas voltou quando ela morreu. Fim da aula.

Meu irmão já fora embora mais cedo (o 6° tempo é apenas para o Ensino Médio) então eu estava certa de que seguiria sozinha para casa. Mas descobri que Eric morava perto, então seguimos andando em silêncio, depois de nos despedirmos de Cybelle e Anna que seguiram cada uma por uma rua diferente. 

Não andara muito desde que cheguei aqui, na sexta passada. Mas sabia como chegar em casa. Era só seguir pela estrada de Ypês e dpois virar em 2 esquinas que já chegava em nosso condomínio. Eric, ficou uma rua atrás. 

Moro no 2° andar. Entrei em silêncio e notei que estava sozinha em casa. Meu irmão teria ido para o escritório de minha mãe e então eu ficaria sozinha até a noite. Resolvi me deitar e descansar da manhã longa, e acabei pegando no sono. Como nenhum dos professores passou atividade para casa, estava livre aquela noite. Terminei de arrumar algumas coisas que ainda não tinha ajeitado e fiquei deitada, navegando na internet por algumas horas, esperando minha mãe chegar para fazer o jantar, não estava disposta a fazer isso eu mesma. Me surpreendi com um convite de amizade de Anna no Facebook e depois de aceitar o dela, o de Eric e Cybelle também. Simpáticos. 

Minha mãe chegou pouco depois das 20h, saíra mais cedo do escritório e passara no mercado comprando algumas pizzas congeladas para a noite. Pelo visto não era a única a estar indisposta. Mas ela se adptara bem melhor do que eu no escritório. Tinha autoridade e fora transferida a pedido da própria presidente da corporação.

- Como foi o primeiro dia? - perguntou colocando um grande pedaço de pizza  para mim enquanto meu irmão atacava um enorme prato ao seu lado.
- Melhor do que eu esperava. Sem mortes. Vamos ver como termina a semana. - disse desanimada.
- Bom, se ninguém morreu já é um bom sinal. 
- Acho que sim. E no escritório? 
- Tudo tranquilo. Não estavam muito confiantes com uma mulher no comando, como eu esperava, mas depois de uma semana, já parecem acostumados comigo... - disse com uma expressão de deleite, e eu sabia que ela estava fazendo todos trabalharam  três vezes mais do que o chefe anterior, demitido por roubo,
- Não vá fazer inimigos.
- Não faço inimigos, mas também só faço o que eu quero - disse rindo - Fellipe, não coma tudo de uma vez, ai...
- Desculpa... - disse ele de boca cheia.

Meu irmão se dera bem na nova escola, já tinha amigos e até uma menina com quem estava quase tendo um romance, como ele mesmo disse. Mas eu sabia que romance não seria a palavra certa. Ele não era romântico, e iria largar a pobre moça assim que encontrasse outra mais interessante.

Depois de comer, subi e tomei um banho bem quente, antes de me deitar. Minha mãe também dormir e Fellipe estava na sala vendo séries e comendo chocolate. Eu me deitei e fui verificar as mensagens no celular. Alguns amigos da antiga escola me desejando boa sorte. Um grupo do WhatssApp de título e conteúdos duvidosos que logo saí sem dar muitas explicações. 

Tive mais sorte no Facebook, Uma mensagem de boa noite de Cybelle, com carinhas e beijinhos e uma de Anna:

"Temos aula de artes de amanhã. Leve tela e aquarelas. Boa Noite"

Isso estava na longa lista de materiais que pediram quando me matriculei na São Tiago, mas sem seu aviso eu muito provavelmete deixiaria ali no fundo do armário. Agradeci e fui me deitar, ovundo a chuva que batia gentilemente na janela do meu quarto. 

Levantei mais cedo do que era necessário, assustada com o sol que entrava pela janela e que  eu não via desde que chegara, Mas até onde sei, o período das chuvas estava no fim, então não deveria me surpreender. Fiquei sentada então, olhando o bordado delicado da colcha que minha mãe comprara antes de vir para cá. Eu tinha dito que só me mudaria se pudesse escolher a decoração e assim ela concordou. Meu novo quarto era menor que o de minha antiga casa, com uma cama grande no canto e móves cor de tabaco que eu mesma escolhi antes de vir. Meu irmão ficara com os móveis brancos de minha antiga casa. Nas paredes, prateleiras com dezenas de ursinhos que eu não brincava mais, mas que eu gosto de usar para decoração, O resto da casa tem uma decoração mais sóbria. Móveis escuros ou de cores neutras que, na minha opinião, copiam a decoração dos escritórios em que minha mãe trabalha. 

Como não estava chovendo, fui andando para a escola, por um outro caminho longo que o que tomei no dia anterior para voltar, reconheci o rapaz que ficara ouvindo música na sala ontem saindo de uma igreja grande e bonita já de uniforme e mochila, mas com uma batina nos braços, e como algumas senhoras também saiam dali, imagino que a Missa terminara a pouco. Acho que ele não me reconheceu, pois passou por mim indiferente, mas o admirei por levantar-se tão cedo para ir a igreja. 

Cheguei ainda com tempo na sala, a segunda a entra na verdade, depois apenas do rapaz da igreja. Como ele chegou tão rápido?

Algum tempo depois começaram a chegar outros alunos, e aos poucos o barulho foi aumentanto a medida que se aproximava o ínicio da aula. Alguns me cumprimentaram, outros não. Alguns se apresentaram. Um rapaz chamado Matheus, uma mocinha baixinha chamada Rita e um cara grandão, de pele escura, que se apresentou como Bill. Ao menos as pessoas que se sentavam ao meu redor eu já sabia o nome. 

A aula logo começou. 1° tempo: Geografia, 2° e 3°: Biologia. 

No intervalo, Anna e Cybelle vieram em minha direção e me chamaram a andar com elas. Fui, pois acompanhada não poderia me perder. Ao descermos um lance de escadas, no refeitório que ficava no 3° andar, encontramos Eric com alguns amigos, que se sentaram com a gente, numa mesa vazia bem no meio do salão. Como era de se esperar, o colégio era tão grande, que minha aparencia desconhecida nems equer foi notada. Exceto pelos amigos de Eric, todos atletas, alguns do time de Basquete e outros como ele, do time de Futebol, que me perguntaram meu nome umas três vezes e ficaram sorrindo como bobos, deixando ele meio sem graça, mas eu gostei, estavam fazendo eu me sentir acolhida. Estavam todos numa conversa animada sobre a feira de ciências que ia acontecr na outra semana. Como eu não fazia ideia de como iria me inserir nesse assunto, me contentei em concordar com algums posições e prestar atenção no que todos estavam fazendo.

Não estava com fome, e mesmo ouvindo que a comida hoje estava estranhamente boa, resolvi ficar quieta, a me deslocar ao outro lado do salão para pegar alguma coisa. Eric e um outro amigo, que pelo me lembrava se chamava João, foram pegar mais um prato, Cybelle foi com eles. E foi Anna que quebrou o silêncio:

- Não sabe o que fazer não é? 
- Na verdade nem sabia disso. Mudar de escola é uma droga.
- Não é complicado.
- Não acho que seja, só não me animei muito, todos já tem seus projetos, e em uma semana eu não vou conseguir muito - suspirei - vale muita coisa?
- Na verdade, 30% da nota de todas as disciplinas - disse ela eficiente.
- Argh, eu to perdida.
- Pode fazer comigo, estou desenvolvendo um projeto sobre o cultivo de plantas com adubo natural. - ela disse isso comos e fosse algo muito emocionante,
- Bom, acho que vai ser o jeito - disse, sem muita convicção.
- Não precisa se não quiser - disse ela orgulhosa. Os meninos voltaram e se sentaram em nossa volta de novo.
- Não, não, quero sim - me desculpei.

A conversa então correu para outro assunto, que os meninos trouxeram junto com as bandejas de comida, e eu liguei o automático novamente pelo resto da manhã. Anna apenas me disse para ir a sua casa naquela tarde e me passou o endereço num papel cor de rosa escrito com uma caligrafia fina e elegante. 

Bilhetinho sem vergonha

Ta, eu sei, fiquei de escrever uma história e copiei uma FanFic do Exo, nem pergunte o motivo, não faço ideía. Mas como eu gostei muito dessa, eu resolvi que queria manter ela aqui... Talvez faça o mesmo com algumas outras que tenho no computador, é bom que vou liberando espaço. E tambpem não posso esquecer de editar aquele artigo sobre a Instrumentalidade Humana de Neon Genesis Evangelion que eu achei por essa internet réa sem portera.

Me divirto com essas coisas sem noção. Me lembro dos manuais de alquimia que eu escrevia, copiando textos de diálogos de Fullmetal Alchemist Brotherhood. 

Pensando bem, eu não era uma criança muito ocupada. 

Acho que isso aqui não va passar de um bilhetinho sem vergonha, porque eu realmente renho a intenção de começar a escrever o que prometi. Mas antes preciso arrumar vergonha na cara, sentar e organizar essas ideías e finalmene botar pra digitar aqui. E pensar que eu comecei a fazer isso e parei tipo, uns 4 anos atrás... absurdo.

Engraçado notar como me interesso por coisas que, na maioria das vezes, não desperta mais do que desprezo nas outras pessoas.

O resto desse post se perdeu pois a minha net está de sacanagem com minha face. Mas eu comecei a escrever como havia prometido a mim mesmo. E nem em sonho vou escrever toda semana pois ficou muito grande e eu quando me empolgo vou longe...

quarta-feira, 13 de maio de 2015

"Uma previsão que se mostrará falsa!"

- Tem algo a dizer?
- Um golpe. Beija a lona!
- Uma previsão que se mostrará falsa.

É isso ai, começando a postagem com um diálogo entre Kitana e Cassie Cage no novo Mortal Kombat X, que eu estou viciado mesmo sem ter jogado sequer uma única vez. Vai entender. 


Na playlist, hoje tem Yui a japonezinha de voz poderosa metida a rockeira. Adoro. 

Sem grandes novidades e sem grandes sentimentos pra partilhar também. Ando dormindo demais pra isso. Mas pensando bem, talvez esse seja exatamente um mal sinal. Já li em alguns lugares que quando algo vai mal em nosso corpo, dormimos mais pois o mesmo está tentando se curar. Fato ou mito, ando dormindo pra caramba, e a cada decepção ou problema, meu sono aumenta. No momento me recordei de que alguns dias atrás eu me revoltei quando cheguei na igreja para servir e recebi a notícia de que um seminarista viria servir, e por cordialidade cerimonial eu deveria ceder a ele meu lugar de Primeiro Cerimoniário da Santa Missa, e por apenas isso minha asma atacou de tal forma que eu podia caminhar, foi desesperador. Mas mostra o quanto do meu psicológico anda afetando o meu físico e bom, isso pode ser um grande problema.  Não quero ficar a mercê de uma fraqueza tão boba, e eu odeio me sentir fraco, ou impotente, ou inútil. 

Pode ser a anemia que não tem melhorado, mesmo eu tomando a medicação corretamente. Juro. Mas de certo não tem sido suficiente. 

Uma amiga veio dormir aqui ontem, fomos a Santa Missa e depois voltamos, assistimos ao Auto da Compadecida e depois fomos dormir. A Santa Missa de ontem foi esplêndida. Cantei. Celebrada pelo Revmo. Frei Flávio, OFM Conv. do Jardim da Imaculada e sinceramente, uma das mais tocantes de que já participei (e olha que eu participo de Missa pra caramba). Ele fala sobre Nossa Senhora de forma tão tocante, tão profunda, só alguém com um relacionamento extremamente íntimo com a mãezinha do céu poderia falar dela com tanta ternura assim. Momento em que, mais do que nunca, notei o próprio Cristo falando de sua doce mãe. Magnífico. 

Mudando de assunto de forma absurda, é eu sei. Bem, só compartilhando mesmo.

De qualquer forma, lá vai outro aleatório. Sobre isso garanto que nunca falei com ninguém:

Tenho a terrivel mania de encenar privadamente lutas em que sou algum personagem de anime/mangá que eu mesmo tenha inventado ou me inserido em determinada história. Copio tudo, desde falas a golpes e ainda me dedico a decorar tudo que seja importante a encenação, desde selos de mãos até encantamentos (o que explica o kidou que usei pra começar o post anterior). Enfim, e as onomatopéias, ah, essas sim são as verdadeira estrelas de meu show particular, os efeitos sonoros improvisados por mim mesmo garantem a rdicularidade máxima. Essa é minha válvula de escape, faço isso uando estou estressado ou quando simplesmente quero me distrair. Uma mania que tenho desde, sei lá, meus 8 ou 9 anos e que guardo com o maior carinho até hoje. É bom, acho que todos deveriam tentar. Ou, simplesmente signifique alguma psicopatologia severa que ainda não foi diagnosticada porque só faço isso quando não tem ninguém por perto. Enfim, muito divertido... E junto com isso eu invento mil e uma histórias, gostaria de escrever sobre elas, mas não se se conseguiria... Talves eu tente... 

Vou tentar, se não conseguir, desisto kkk simples assim não? 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Hiryugekizoku Shintenraihou

Começando com um poema:

"Ossos de bestas espalhados por toda parte.
 Cristal de Campanari vermelho. 
Rodas de aço. 
Vento em ação e o céu em repouso. 
O som de flechas voando. 
Hadou 63: Raikouhou...!!!"

Tá, eu sei. Não é um poema. É um encantamento de um anime mal traduzido e sem o menor sentido. Mas eu gosto de repetir isso, sabe-se lá o porque. No momento estou tentando conciliar isso aqui com 2 conversas no Facebook e outras 3 no WhatssApp. Não foi um dia fácil. Bem estranho na verdade. Quando eu terminar, o "poeminha" vai até fazer sentido.


Acordei umas 10:30h da manhã com um telefonema desesperado da mãe de um amigo meu, dizendo que um outro amigo (aquele que pegou meu amigo visitante aqui em casa) tinha desaparecido desde a tarde de ontem. Então começou uma busca por alguém que tivesse notícias do dito cujo. Algumas horas e dezenas de posts e chats do Facebook depois, acharam o moço na casa de uma amiga contando uma história sobre sequestro relâmpago com muitas, muitas brechas. Verdade ou não? Não sei. Mas nada me tira da cabeça que ele foi ficar com algum cara por aí, o celular descarregou e ele não teve coragem de contar pros pais ainda. (minha opinião)

O resto dia passei dormindo. E com alergia. Até chegar a noite e eu ficar absorto em 30 conversas diferentes. Minha vida é chata.

Tá. Parei.

Ouvindo músicas de abertura de Bleach e tentando com muita preguiça continuar algumas dessas conversas extremamente desnecessárias aqui. 

Pronto. Disse pra geral que ira dormir. Não que eu não goste deles, pelo contráriom são meus amigos mais próximos, mas não to em condição de ficar de papo. Chateado com a vida hoje... nem sei bem o motivo. Na verdade, sei sim, mas nçao quero falar disso nem aqui... O de sempre.

"Nobody knows who I really am
I've never felt this empty before
And if I ever need someone to come along
Who's gonna comfort me and keep me strong?

We are all rowing the boat of fate
The waves keep on coming and we can't escape
But if we ever get lost on our way
The waves will guide you through another day"

(Life is like a boat - Rie Fu)

A música é meio melosa demais, mas meio que reflete a confusão da minha cabeça; Vontade de ficar ouvindo eternamente, mas sei que tem outras piores ainda nessa playlist. Inclusive ontem também foi assim, fui de Distiny's Child a Amado Batista numa tarde. Fossa nível master. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Depois da tempestade... Ou não!

Não vou surtar hoje. Prometo.

Mas também não vou mentir e dizer que estou bem, não estou, nada bem, principalmente agora a noite. Mais uma vez vejo ser verdadeira a máxima que diz que a noite tem dois efeitos sobre um homem: ou o deixa safado ou carente. No meu caso, como já disse antes, a carência se reflete na outra. É, pois é, não é legal.

Nem preciso comentar o que me levou ao surto psicótico foi uma súbita saudade do meu ex não é? Pois é. Ainda no outro dia comentei que ele me chamou na rua para falar comigo... Isso me abalou. É sempre assim, ao menor sinal de seintimento eu piro... talvez seja por isso que estou sozinho, eu sou intenso demais... Assusta as pessoas. Talvez minha sina seja ficar sozinho mesmo ora. Não fui feito para relacionamentos. 

Então, a decisão mais racional seria desistir de vez, não vejo sinal de possível melhoria. Não tiro mais a razão daqueles que se fecham ao amor. Daqueles que para se protegerem, se negam ao direito de amar. Devia conseguir ser assim. A todos a quem já entreguei meu coração, o despedaçaram sem dó nem piedade, como se não fosse nada. Bom, de fato não era nada. Pra eles. Pra nenhum era. Pra mim, significava minha vida. Quando eu me dedico a alguma coisa, me dedico completamente, sem reservas, talvez esteja ai meu erro: Não devia me entregar a outro senão Jesus. Só a ele. A nenhum outro.

"Adeus amor, adeus raça, adeus ó estirpe divina..."
(Giácomo Puccini - Turandot, 2° ato, Cena I)

Me sinto assim nesse momento, como se o sentimento que tem dentro de mim transformasse o meu sangue num veneno poderoso, que me matasse de dentro pra fora, refletindo até mesmo no meu físico. Eu engordei nos últimos dias (sim, isso é péssimo) e umas manchas estranhas na minha pele voltaram, e meu sono tbm, tudo sinald e uma queda no sistema imunológico causado por isso. Não gosto de me sentir assim.  

Comentava há alguns minutos mesmo com um amigo aqui. Nesse momento, minha inteligência não serve pra absolutamente nada. Sério, mesmo eu sendo considerado uma pessoa mais inteligente do que a média, não consigo achar uma solução plausível. Digo, achar até consigo, não consigo é aplicar. Logo, o sentimento que me vem a mente é de impotência. 

Momento nostalgia aqui... Ouvindo algumas músicas da Folia de Reis, festa tradicional do interior de Minas. São legais, ótimas na verdade... Queria uma gravação dos foliões que eu ouvia quando era pequeno, mas essa aqui já serve... 

Tempos mais simples aqueles, quando eu viajava e minha maior preocupaçaõ era tentar descobrir o motivo de não poder ficar andando depois de tomar banho. Mais simples nada. Odiava aquela época, odiava ser criança. Odiava. Melhor agora. Mas a música era boa. 

Vou ficar um pouquinho aqui assim. Com os olhos fechados, só ouvindo a folia e imaginando a viajem dos 3 Reis Magos para encontarem o menino Jesus... 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Don't Panic? Panic!

Don't Panic? Panic!

Escrevendo para me distrair. A beira de fazer uma grande besteira. Meu ex online, com dezenas de posts de fossa... A playlist tocando tem o título de "Músicas para fossa" então já pode imaginar o nível onde se encontra meus pensamentos né?

Não consigo descrever a força que to fazendo pra não mandar alguma coisa. Nem que seja um "Oi". Não o faço pois sei que isso vai terminar num "Volta pra mim, por favor" ignorado com sucesso. 

Não posso.

Não quero.

Por que tem de ser tão difícil.

Socorro.

Eu o quero de volta.

Mais uma vez.

Pra sempre.

Pra sempre.

Sempre.

Olhar. 

Olhar frio. 

Frio que corta. 

Frio que mata.

 Frio que queima. 

Fogo que queima. 

Fogo que queima nas veias. 

Olhos que queimam. 

Olhos que faiscam. 

Olhos que molham. 

Lágrimas que escorrem.

 Coração que transborda.

 Força que se vai. 

Força que nunca esteve.

Sei que o drama tá exagerado. Mas o pânico é demais... Ta me consumindo nessa noite. Quero gritar. Explodir... 

"Don't try to look so wise
Don't cry, cause you're so right
Don't dry, with fakes or fears
'Cause you will hate yourself in the end..."

(Wind - Akeboshi)

Uma das músicas que mais me acompanhou em fossas anos atrás. Há anos não ouvia. Há anos não sentia essa dor. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Para sempre, talvez...!

Puxa... 5 dias... Muito, muito cansado. Literalmente não parei 1 segundo nos últimos dias.. Com os últimos detalhes do meu estágio e o início dos Festejos de Nossa Senhora de Fátima. Inclusive, passando uma reportagem sobre as Aparições de Fátima agora mesmo na TV Aparecida. <3 #AmorEterno

Já sinto saudades do povo da escola... me apego muito rápido as pessoas, e principalmente aos meninos bonitinhos e simpáticos. (O coração quer o que ele quer). Miiun. Sou muito bobo... Mas era legal, mesmo tendo de levantar cedo todo dia, sempre acho divertido aprender um pouqinho mais. Papo de Nerd, eu sei. Mas, fazer o que né?

Quanto a festa, começamos em grande estilo, só que não (SQN), vou explicar o motivo. Nos últimos meses, um monte de fofocas vem sido feitas na Paróquia com o nome do Padre e da secretária dele. mas agora eles atingiram um novo patamar, então o pároco decidiu intervir e trazer a situação a público. Resumo da ópera: Um mega barraco no meio da festa envolvendo eu, a secretaria, o padre, um pedreiro e as coordenadoras da Juventude e das Santa Missões. Trágico. Papo da semana.

Quanto ao assunto quase oficial desse blog, meu coração não anda encontrando tempo pra se chatear. Amém. Acho que pelos últimos posts, já estava beirando a loucura, mas nem tanto, ando passando por um momento de torpor bem longo. Na verdade me obriguei a entrar nele. Me consumindo em compromissos e obrigações e evitando ao máximo claro, pensar no que não devo. Mas ainda tem sim algumas coisinhas a serem ditas.

Meu "ex" (entre aspas pois nunca chegamos a namorar de verdade) as vezes dá sinal de querer voltar pra mim. Sei que o cara com quem ele estava o deixou. Não o julgo, não é fácil aguenta-lo. Mas por exemplo, já por duas vezes eles me chamou na rua, apenas para acenar pra mim. Se levar em consideração que a pessoa não queria nem sequer olhar na minha cara, isso é um grande progresso. Ou não, o futuro dirá kk

Claro, não preciso esconder de ninguém, (muito menos d eum diário que mesmo que fosse público não teria leitores) que eu ainda gosto dele. Mas não sei dizer o motivo. Antes mesmo de o conhecer, já sentia algo, já me atraia por ele, e nem sequer sabia quem ele era. Sérião!!!

Assim que eu cheguei no colégio pra fazer estágio, minha primeira aula foi na turma dele, mas ele tinha faltado. No período da tarde no mesmo dia eu participei de uma reunião com os professores da escola sobre os alunos com problemas psicológicos, e o nome dele surgiu quase que pela reunião toda. Pelo que entendi ele surtara (da mesma forma como faria comigo, dias depois) á alguns dias, Então, os primeiros dias que se seguiram, eu já me atraira por ele, sem entender o motivo, e sem nem mesmo conhecer o tal moço. Alguns dias depois, quando eu ja fizera uma certa amizade com o irmão gêmeo dele, eu conheci, e ai a treta já estava armada. No início ele me ignorou e foi mega grosso. Mas com o tempo fui ganhando a confiança do jovem. E ele se mostrou bem disposto aliás. Terminou com o rapaz com quem estava e veio pra cima, concidentemente com o período em que já terminara as minhas atividades oficiais na escola, embora eu ficasse enrolando por lá o resto do ano. Levei ele pro cinema, e lá ficamos pela primeira vez. 

Na semana seguinte, outro surto. O moleque enlouqueceu, me ignorava, fugia de mim e ainda me tratava super  mal. Nem o sentimento de abandono que eu sinto agora se compara ao que eu senti nesses dias. Pânico, desepero. Queria gritar aos quatro ventos e pedir perdão não sei pelo quê a ele. Não funcionou. Mas alguns dias depois ele voltou, como se nada tivesse acontecido. E assim seguiu nosso cortejo funébre nesse célebre ciclo até as primeiras semanas de janeiro desse ano. Quando, numa manhã ficamos mais uma vez e na tarde do mesmo dia, ele disse que não poderia mais ficar comigo. Engoli as lágrimas e disse a ele que tudo bem. 

Depois disso ele tentou ficar com uma menina. Não deu certo. E um outro rapaz. Também não deu certo. Voltaria pra ele? Sem sombra de dúvidas. Daria certo? Sem sombra de dúvidas. Não.


Certa vez eu li nas HQs de uma revista para meninas que um amor de mão única nunca poderia dar certo. É isso que era nosso relacionamento. Uma mão única. Para ele, eu era um cara com quem ele poderia se descobrir. Mas acabou se descobrindo demais e ficou com medo de si mesmo. Para mim, ele era o cara perfeito, novinho, lindo, meigo, tudo perfeito, mas eu não estava preparado para alguém tão problemático, e já que eu sou intenso demais, só assustei ele ainda mais e o perdi. Para sempre, talvez. 

E é a vida que segue.