![]() |
“Sra. Marie Krøyer no jardim em Skagen”, Peder Severin Krøyer |
Mais uma vez recorro aquele movimento circular entre a forma da mente e o mundo exterior. Mas acho que também não daria certo. Observo certa relutância das pessoas daqui em manterem uma organização que favoreça uma comunicação mais efetiva entre quem somos e onde estamos. Parece que só eu observo isso.
Amanheceu bonito, a despeito dos 10° graus de amplitude térmica dessa noite e dos próximos 10° a menos previstos para amanhã. Estava meio nublado, mas alguns raios claros de sol conseguiam transpor a grossa camada cinza. A persistência dessa luz, no entanto, venceu, revelando um céu claro, de um azul belo, vívido, ao mesmo tempo, calmo e delicado. Visão bela.
Me perdi por entre as conversas, uma tentativa bem ortodoxa de uma protestante de me corrigir, enquanto tentava ouvir a Vorspiel un Liebestod de Tristão e Isolda, de Richard Wagner, e a Sinfonia N° 3 do Mahler. Em vão. Sem possibilidade de concentração. Por isso continuo preferindo as madrugadas,
Mas, além disso, me entupi de remédios, além dos tradicionais Rivotril, Diazepam e Miosan acrescentei também um Dramin. Bom, só espero sono mesmo. Queria mesmo era ter voltado a dormir no momento infeliz em que acordei. Pelo menos já sinto o sono chegar, e não devo resistir a ele.
"Existo à base de algo que não conheço. Apesar de toda a incerteza, sinto a solidez do que existe e a continuidade do meu ser, tal como sou. [...] Achar que a vida tem ou não sentido é uma questão de temperamento. Como em toda questão metafísica, as duas alternativas são provavelmente verdadeiras: a vida tem e não tem sentido, ou então possui e não possui significado. Espero ansiosamente que o sentido prevaleça e ganhe a batalha." (Carl G. Jung)
Nenhum comentário:
Postar um comentário