Já disse uma porção de vezes que gosto daquela atmosfera calorosa de algumas imagens, especialmente dos dramas japoneses que acompanho. Isso porque eles passam essa ideia de acolhimento, de um abraço quentinho e confortável.
Como não sentir um renascer da esperança ao ver um novo casal descobrir a vida a dois. O apartamento no tamanho certo para duas pessoas, sem ser grande demais a ponto de parecer solitário, mas apenas o bastante para que ambos tenham seu espaço e o de ambos ao centro, como um eixo onde a vida deles vai girando.
Acordam com um abraço de ternura, cabelos bagunçados, um beijo nas costas, o café da manhã partilhado. Ao retornarem, o cheiro da comida quentinha que o outro preparou ou que pediram, o cansaço do dia se desfaz no sorriso do outro, na troca de momentos, o peso se transmuta em leves plumas. Os prédios cinza dão lugar as camisetas coloridas, canecas de chocolate quente no inverno e latas de cerveja no verão.
Ali dentro os tons mais naturais, como a madeira dos móveis, alguns pôsteres na parede e enfeites na prateleira dão sinal de um vida pulsante em meio aquela selva incansável de Tóquio. A imagem de duas canecas de café fumegantes e um sorriso pela manhã, iluminado pelo sol que passa pela janela com uma brisa fresca, agitando o fino tecido da cortina clara, é uma imagem simples, é verdade, mas que contém um amor incondicional.
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