quarta-feira, 28 de outubro de 2015

De volta a ativa (!?)

Hey... isso ai, muito tempo sem postar... E admito, pura lerdeza é apenas o que me impede de postar regularmente. Mas, como era de se esperar, quando a situação aperta, aqui eu volto para me distrair e escrever um pouco sobre o que não posso partilhar com os irmãos. Bem que poderia, mas prefiro não faze-lo.

Bom, quanta coisa aconteceu desde o último post, na verdade eu nem poderia falar sobre tudo pois de fato não me recordo da metade, de qualquer forma, vamos tentar...

Estou aqui em meu quarto, o de número 30 do Instituto, agora sozinho, pois o meu colega de quarto, de fato uma das pessoas maus desagradáveis que já tive o desprazer de conviver finalmente foi embora no,  último sábado, pra ser maus exato. De qualquer, cá estava eu, aproveitando as últimas horas de minha folga ordinária para ainda descansar das intensas atividades da festa em honra a São João Paulo II da última semana. Como logo depois da festa fui pra pastoral e depois voltei ao estágio, não me sobrou tempo para descansar, e infelizmente ainda, as mais do que inúteis aulas tem me consumido boa parte da minha já precária disposição.

Tive então o insight de baixar o App do Blogger e postar por aqui, assim, como estou sempre com o celular, posso me desligar dos barulhos constantes dessa casa. Não que eu não esteja feliz por estar aqui, muito pelo contrário.

Inclusive isso me recordou um fato acontecido durante a festa: enquanto eu conversava com um rapaz, um amigo de um irmão, muito bonitinho, mas com muitas dúvidas, ele me perguntou se sou feliz aqui. Cheguei a conclusão que sim, eu o sou. Não que fosse infeliz antes, ou talvez fosse e não tinha me atentado a isso, mas agora sinto estar no caminho certo para a felicidade. Digo dessa forma pois tenho consciência de que a verdadeira felicidade não se encontra aqui, não nessa casa e nem em outras, mas além. Além do céu azul, além de onde o homem pode chegar com seus próprios esforços, além de onde podemos enxergar. Portanto, sou feliz, mais aqui do que em qualquer outro lugar.

Agora que toquei nesse assunto, sinto que devo me demorar um tanto mais em descrever como me sinto. Culpo a Santa Teresinha do Menino Jesus por isso, pois desde que terminei de ler a "História de uma alma" sinto a necessidade de registrar as expansões que minha tem sentido desde que cheguei aqui. Não me estenderei muito no entanto, pous como disse, meu corpo ainda precisa melhor se recuperar para que eu volte a rotina normalmente, sem ficar rastejando pelos cantos como nos últimos dias.

Infelizmente meu corpo é muito frágil para alguém da minha idade. Qualque esforço já provoca em mim crises respiratórias, palpitações e cansaço prolongado, não é de se estranhar portanto que não raramente eu dou a impressão de uma pessoa doente, permanentemente convalescente. Essa debilidade muito me prejudica aqui em casa, pois todos são muito proativos e ágeis, enquanto eu constantemente sou advertido a ter mais atenção para com minhas obrigações. Costumo ouvir pacientemente a essas advertências, mas admito ser difícil, eu que era tão respeitado na paróquia, aqui mal ser levado a sério.

Acredito que isso seja necessário para imprimir na minha alma a humildade. É fácil perceber que, tão logo alcanço algum progresso, seja ele espiritual ou temporal, não me demoro a dele me vangloriar, de modo a tentar me igualar a meus irmãos que, mesmo tendo seus muito defeitos, são todos incomparavelmente mais avançados na caminhada espiritual do que eu.

Fui encaminhado para fazer pastoral em uma paróquia fora de Brasília. Estou numa paróquia da Arquidiocese de Brasília. Fiquei contente em trabalhar na paróquia cujo santo padroeiro é o mesmo da paróquia de minha conversão e Crisma. Tenho um carinho especial a São Francisco por isso. São um povo bom, mas muito parados, engessados, e encontro muita resistência a mudanças por onde passo. Principalmente na questão litúrgica, pela qual sou responsável e que, como já era de se esperar, não encontro apoio a um aprofundamento da formação e nem na espiritualidade que a celebração exige.

O altar é o centro de minha vida, muito embora eu tenha dificuldade em me manter acordado durante as missas de 6:30h da manhã todos os dias. Mas sendo esse centro, é nele que deposito todos os meus esforços, para despertar nos outros, o amor pela liturgia que me fez apaixonar-me pela igreja. Certamente não será uma batalha fácil, pois a beleza que favorece a virtude de uns é a mesma que alimenta a superficialidade de outros,  variando apenas a disposição da alma a que ela é submetida, infelizmente não descobriram ainda o quanto a beleza de uma liturgia bem celebrada pode favorecer uma alma na busca pela santidade. Há, se conhecessem o valor da Santa Missa... o mundo certamente não estaria tão perdido.

Mas perdido também estou. Ao passo que há algumas semanas tive um envolvimento quase amoroso com um de meus irmãos, algo de luxurioso despertou dentro de mim, e me encontro agora constantemente pensando em um rapaz que conheci na internet e que vem me provocando com mensagens bem significativas. A cada passo na escada rumo ao céu que dou, parece que volto outros dois rumo ao chão. Me sinto então frustrado, mas além disso, sozinho. Novamente.

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