quarta-feira, 7 de julho de 2021

Resenha - Y-Destiny

Contem SPOILERS, e muitos, então prossiga por sua conta e risco!

Uma série concebida com o único intuito de tirar suspiros e te fazer sorrir com um monte de casais aleatórios com a franca possibilidade de eles repetirem os shipps dada a popularidade. Assim se resume essa obra, no mínimo peculiar, colaboração entre a COPY A BANGKOK e a AIS PLAY que traz 7 histórias de amor diferentes, apresentadas em cada dia da semana. 

Y-Destiny conta a história de um grupo de amigos, cada um nascido num dia da semana e com uma personalidade diferente, e então cada conto é apresentado de forma mais ou menos independente, trazendo vários tipos de casais em diversas situações, o que faz da série uma boa pedida pra todo mundo, já que tem casais pra todos os gostos. A única coisa em comum é que todos os episódios trazem muitos momentos fofos e românticos, além de uma comédia leve, às vezes meio boba, que dá um ótimo equilíbrio pra cada história que é contada em dois episódios cada. 

O primeiro casal, já que a ordem de lançamento não segue a ordem da semana, é Sun e Nuea, interpretados por Max Saran e Nat Natasitt, ambos já foram um casal em WHY RU e Close Friend, além da ponta em You Never Eat Alone. repetindo a fórmula que combina tão bem com eles do veterano e do novinho. Sun é um veterano que, com problemas financeiros, acaba aceitando dar aulas particulares para Nuea que ele considera um garoto mimado e arrogante. O que ele não esperava é que nessas aulas quem vai mandar é o aluno e o professor que lute pra lidar com o fato de o garoto deixa bem claro que está interessado nele e que vai fazer de tudo para provocá-lo até que ele ceda. É de longe um dos casais mais comédia porque o Nuea é completamente descarado e o Sun fica sem reação em cada investida do guri, que não são poucas. 

Na segunda temos Mon (Korn Kornnarat) e Team (Gung Kunpong). Mon é tímido e quieto, e vai ajudar o amigo numa peça da faculdade onde ele conhece Team, um bad boy que vai fazer o Príncipe na peça e que acaba conquistando o pequeno. A princípio Team só quer pegar Mon, já que ele e seus amigos tem o costume de apostar quem consegue levar mais caras para cama, mas ele logo vai mudando e percebendo que, na verdade, o garotinho o conquistou pra valer. Os atores são melhores amigos desde a faculdade e moram juntos, o que explica a química desse casal, além de que Korn é a coisinha mais fofa do mundo e faz mil caras e bocas durante o episódio todo. 

Terça-feira tem Tue (Chap Suppacheep, de Lovely Writer), um veterano boxeador que decide se tornar treinador no clube de luta da faculdade. Tudo seria muito bom se ele não tivesse encontrado um calouro recém transferido que faz de tudo para irritá-lo. É Ake (Tae Chayapat), o único que não respeita o novo  treinador do time e, justamente por isso, é colocado com no mesmo quarto que ele num acampamento de treino, para que os dois acabem se entendendo. Acontece que, uma vez juntos, eles começam a baixar a guarda e um sentimento vai surgindo. Tue vai percebendo que não precisa ser tão mandão para que o outro o escute e que é melhor ser gentil enquanto Ake perde a pose e para de perturbar o outro. Chap é um ator que chegou com tudo no meio BL, com duas séries de cara e mais duas à caminho (ele será protagonista em The Tuxedo e vai participar do elenco de apoio de Don't Say No, spin-off de TharnType)

Quarta é o casal pega fogo cabaré. Puth (Takizawa Toru) é colega de quarto de Mon e um verdadeiro pegador. Ele é um daqueles caras que pega e não se apega. Numa dessas ele acaba ficando com Kaeng (First Piyangkul) amigo de Team e Nuea que tem o mesmo princípio: nunca se apaixonar. Acontece que, como era de se esperar, ele acaba se afeiçoando a Puth, enquanto esta acaba se apaixonando por seu novo colega de trabalho, um professor bonitinho que o conquistou sendo fofo e educado. Kaeng então abandona a marra e começar um plano para fazer Puth perceber que ele também é um bom namorado. De longe o melhor casal da série, na minha opinião, pois conseguiu ir de um extremo a outro da personalidade dos personagens, desde as ótimas cenas hot até um drama bem construído que terminou como o casal mais boiola de todos. 

O casal de quinta é um acontecimento. Thurs (Pee Peerawich, de YYY) é amigo de Mon e Puth e, sendo membro do Clube de Mistérios (?) e apaixonado por histórias sobrenaturais ele tem um esquema de charlatanismo e chantagem espiritual para adolescentes em que ele finge incorporar entidades para aconselhar as pessoas em troca de boas quantias em dinheiro. Depois de invocar o espírito de um garoto que foi encontrado morto numa piscina ele é visitado por Pao (Au Nititorn), o fantasminha camarada que é a coisinha mais fofa do mundo. O fantasma não tem memória do que aconteceu e com o tempo vai descobrindo suas habilidades, como entrar nos sonhos de Thurs para ficar com ele, e um monge (dessa vez um de verdade) garantiu que há uma boa razão para eles terem se encontrado, e que há uma ligação mais forte que a morte entre ambos. 

Na sexta temos choro e ranger de dentes. Masuk (Lay Talay, de My Engineer e YYY) é um jovem que anda desiludido com a vida depois da morte trágica de seu namorado, Tir (Perth Nakhun, de My Engineer), em um incêndio num encontro em que ele chegou atrasado. Por isso ele se culpa e não consegue de modo algum abrir seu coração e seguir em frente. Ele trabalha com Jia (Yoon Phusanu, de YYY) que, sendo um rapaz atencioso, tem sentimentos especiais por Masuk, e gosta de cuidar dele, mesmo quando o próprio já parece ter desistido de si. Ele vai ajudar o mais novo a seguir em frente e aceitar que, embora o destino tenha sido cruel com ele, não significa que ele deva se fechar para o amor. O espírito de Tir também vai apoiar Jia e ajudar Masuk. 

Por fim, sábado, tem a história dos amigos de infância Sat (Jaab Phumisit) e Choke (Ton Saran) que acabaram se separando porque um deles queria ser parte do grupinho de meninos populares do colégio e o outro era gordinho demais e, por isso mesmo, inadequado. Sat acaba sofrendo um acidente e acorda com 18 anos, percebendo que tem tudo o que ele queria mas sentindo falta do amigo, que ele procura e descobre que virou um homão. Os dois se reaproximam e, eventualmente, resolvem as arestas do passado enquanto percebem que um sentimento mais forte vai surgindo. A história de vai e vem no passado não faz muito sentido mas no final tudo dá certo e é isso que importa.

Por fim, a série tem uma fotografia muito bonita e, sendo claramente feita para vender roupas, os personagens tem cada um sua própria cor, o que torna tudo mais bonito e simbólico. Por exemplo, Tue, tem a cor rosa, mesmo sendo um boxeador, mostrando que, embora seja um homem forte e sério, ele ainda tem pouca experiência no amor, sendo delicado por trás de tudo aquilo. Isso faz da série uma ótima pedida já que cada história pode se acompanhada de forma independente ou todos juntos, contando ainda com um episódio final onde todos se encontram e comemoram as conquistas e os novos namoros, num resort chique com direito a muitas cenas fofas.


Outro detalhe é que possivelmente alguns casais vão aparecer juntos novamente, já que a popularidade de alguns shipps foi bem grande, especialmente o casal de quarta, já que rumores apareceram dizendo que eles podem ganhar uma série completa e também PerthTalay, que já foram confirmados em My Engineer 2. Claro que que há que se observar que em dois episódios é impossível mostrar tanta coisa como numa série de 12 ou 13 mas ainda assim eles fizeram um ótimo trabalho, bem como a forma singela que cada história se liga a outra... 

Nota: 10/10

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