terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Resenha - Bai Mai Tee Plid Plew (The Fallen Leaf)


Continuo me aventurando pelo mundo da teledramaturgia tailandesa e, devo dizer, cada vez me aprofundando mais. A minha última série eu já havia começando tempos atrás, vários meses na verdade, e parei por falta de incentivo. Tinha achado a trama interessante mas via a sinopse mais como uma forma de chamar a atenção do público para algo que a série não é, do que uma boa história. Não podia estar mais enganado. 

Bai Mai Tee Plid Plew (The Fallen Leaf) foi uma série que eu conheci navegando nas redes sociais e, quando vi do que se tratava, logo fui atrás de assistir. Acontece que a sinopse foi uma das que mais me atraiu até hoje. Quando vi que contava com a participação do Saint (de Love By Chance  e RemiderS) e que ele seria um tipo de par romântico com o Push (que eu conhecia de Happy Birthday) fiquei maluco pra começar a ver o quanto antes. 

Ela conta a história de Nira (Baifern Pimchanok), uma moça que esconde um passado doloroso. Nira era, antigamente, Wat (Saint Suppapong), um menino que nasceu numa família rica, sendo filho de uma atriz aposentada e de um poderoso dono de construtora. Wat sempre foi um menino delicado, e por isso sofreu severas repreensões de seu pai e de sua tia, ambos violentos e bastante abusivos, encontrando consolo apenas nos braços de sua mãe, que ainda lidava com um casamento aos pedaços, e em seu tio, Chat (Push Kasetsin), com quem passava bons momentos. Dado como morto num acidente de carro, Wat volta como Nira para seu país e acaba se envolvendo novamente nos problemas da família, que não sabem quem ela é de verdade. Seu pai continua sendo um homem abusivo. Sua tia, vingativa e possessiva. Seu tio, por outro lado, continua sendo um homem gentil, por quem ela se apaixona perdidamente. 

Os primeiros episódios tentam estabelecer uma Nira forte, que havia abandonado totalmente o passado, mas isso não me convenceu. Os constantes desmaios e crises de choro mostravam o quanto ela havia se tornado uma pessoa desequilibrada, graças aos abusos do pai e da tia. Ela se torna uma maquiadora e, mais tarde, modelo e atriz, despertando assim o ódio da tia e de uma atriz, Manaow, que é chata para um caramba. 

Acho que eu esperava uma participação maior do Saint, ou um contato maior dele com o Push, afinal comecei a ver por isso não foi? Essa foi minha primeira decepção. Saint não faz mais do que uma ponta, aparecendo em alguma coisa como 10 minutos em todos os 21 episódios, de mais de uma hora cada. Essa é, inclusive, a segunda vez que me prometem um romance do Push com outro boy e não me entregam. A primeira foi em Happy Birthday, onde toda hora ficavam empurrando ele pro Tongmai (personagem vivido pelo fofo do Pluen, era tudo o que eu mais queria!) e também não rolou. 


#Chateado

Fica claro, logo nos primeiros episódios, que Nira vai se envolver romanticamente com seu tio Chat, o que é bem estranho de início mas, se pensar bem, como ele é casado com a tia dela e não tem nenhum laço de sangue com a moça o negócio fica menos tenso. O lance é que a gente compra esse romance, e de fato eu comecei a torcer rapidinho pelos dois. 

Esquisito mesmo é o fato de o pai dela ficar dando em cima toda hora. O homem, além de ser um sujeitinho sem vergonha, consegue ser o personagem mais nojento da série. 

A chatinha da Manow não é mais do que isso, uma chata que ajuda a Tia Rong a infernizar a pobre coitada que já tinha passado o inferno na mão da mulher quando era criança e agora voltou pra sofrer mais um pouco. 

As características dos personagens são bem interessantes... Nira é sempre séria e desconfiada, enquanto no passado ela é mostrada como um menino doce e sonhador. Chat está sempre desconfortável com esposa, e eu o achei condescendente com o cunhado, mas se mostra bem impetuoso quando se vê apaixonado. Rong é histérica e os ataques dela são, no mínimo, cômicos. A dupla Yot e Thong, que ajuda Nira a se tornar uma celebridade, é bem engraçada mas muito profissional, foi uma bela família pra ela assim como o Dr. Mor e Mae Orn, que cuidam dela desde o começo. 

Eu gostei muito do tom da série, que consegue ser mega dramática, no melhor estilo tailandês. Aliás, é um povo que gosta de drama viu? Admito que me emocionei várias vezes... A série não fica pesada, no entanto, pois tem alguns alívios cômicos aqui e ali, afinal a vida não é só tristeza, tem coisa boa também. 

A trilha sonora é um pouco repetitiva, mas eu gostei bastante, especialmente da música que a Nira escuta no disco de vinil. Dá um tom ainda mais lamentoso pra obra toda. A fotografia é muito bonita e a série deslumbra pelas casas belíssimas das locações, já que todo mundo ali era podre de rico e morava nas melhores casas da cidade. 

Um detalhe que me chamou a atenção foi para a atuação: como estou acostumado com séries de atores geralmente mais jovens eu esperava uma coisa mais madura, afinal reúne no elenco alguns dos nomes mais importantes da televisão tailandesa. Mas nenhuma delas me impressionou de verdade, com a única exceção da Baifern, que me fez vibrar de emoção muitas e muitas vezes. O Push consegue ser muito bom nas cenas dramáticas mas me incomoda muito o fato de ele não conseguir sorrir. Apasiri, que faz a mãe de Nira, podia ter tido uma carga mais dramática também, se limitando a passar a mão na cabeça do pequeno Wat e dizer o quanto ela o amava. 

De qualquer forma a série sabe prender a atenção do espectador. Eu tinha parado por vários meses mas fiquei tão intrigado que não resisti e vi todos os 17 episódios restantes em dois dias. A gente acaba ficando naquela angústia de se perguntar se eles vão descobrir ou não e, se descobrirem, o que vão fazer? Será que ela vai ser massacrada? Será a família vai aceitar ela de volta, de algum modo? Vai conseguir ficar com o Chat? 

Ainda não me conformo com apenas duas cenas do Saint com o Push e se limitando a mostrar os dois de braços dados. Só não vou dar nota 10 por isso. 

09/10

 #AindaChateadoMasValeAPena

4 comentários:

  1. estou vendo agora. me viciei, confesso. amooooo, muitoooooo.
    tbm queria mais saint, mas agradeço por ter encontrado esta novela diferente enquanto estava procurando as novelas dele. tenhotanto o q assistir. no começo achei q realmente era ele vestido de mulher, tão parecidos.

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    1. Ele arrasa até com uma participação pequena né? Saint é uma lenda!

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  2. Aaaaa amei mt a resenha vou assistir agr

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  3. eu queria saber que tratamento ela fez no banheiro com aquelas três coisas

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