quinta-feira, 30 de abril de 2015

Administrando distúrbios...

Alguns dias sem escrever. Tempo e preguiça. Juro. 

Indo pro estágio nessas últimas semanas e fiquei com um pouco de sono acumulado. Quase não estou indo dormir mais cedo, mas em compensação, estou acordando bem mais cedo, resultado? Um Gabriel bem mais lerdo que o normal. kkk. Então a noite, quando eu comeceu a escrever, estou morgado demais pra escrever qualquer coisa além de meio parágrafo.

De qualquer forma, vamos lá: comecei com os preparativos pra Festa em Honra à Nossa Senhora de Fátima aqui na Paróquia, 13 dias de muita batalha, mas que no final, nos faz sentir completamente satisfeitos. Um pouco estressante demais, mas ainda assim, vale a pena. Além da festa aqui na Matriz, essa semana acontece também a Festa em Honra a São José Operário, em uma de nossas capelas aqui perto. Ontem, foi a abertura, com a presença de Dom Waldemar Passini, Bispo Coadjutor da Diocese de Luziânia. Primeira vez aqui na Paróquia. Foi perfeito... Missa linda, e ele se mostrou muito simpático. Hoje foi o segundo dia, Pe. Jorge mesmo celebrou, mas nem por isso foi menos bonito... Amanhã começa a trezena aqui na Matriz e se encerra o tríduo na capela, muita correria. 

Ontem na missa eu tive uma impressão muito forte que eu preciso registrar. Como foi concelebrada pelo Pe. Jorge, eu fiquei ao lado dele e do bispo durante toda a missa. Mas no altar, que é um pouco grande demais para o presbitério, eu não me sentia ao lado de 2 pessoas. Me sentia apertado, por uma 3° pessoa, e não conseguia compreender quem era. Então, na hora da comunhão, eu finalmente percebi quem era, o mais obvio que eu ignorava: Jesus, O Sacrário fica atras do altar, logo, ele estava bem ali, do meu lado, o tempo todo. Acho que foi a primeira vez que sinto essa presença assim, de forma fisica e completa. Isso me deixou assustado, mas eu gostei. Sentir ele ali, do meu lado, foi perfeito. 

Continuando... 

Estou meio apreensivo com a festa daqui, principalmente no tocante a Liturgia dos dias de festa. Os coroinhas e os leitores não costumam ser muito organizados e, como um liturgista, me sinto incomodado com isso. Vamos ver no que vai dar...

Ontem fui me confessar novamente também, já estava a alguns dias sem comungar. E isso me incomoda muito. Minha última confissão foi a pouco mais de 1 mês, na 2° Semana da Quaresma. E na verdade, ao contrário das vezes anteriores, minha parada na comunhão foi acompanhada tambpem de um afastamento da Santa Missa, algo que pretendo combater veementemente e foi movida pela minha inclicação exagerada ao erostismo. Principalmente com meu vizinho pois, nas minhas falhas e débeis tentativas de conquistá-lo de alguma forma eu acabo exagerando um pouco nas conversas do WhatssApp. O mesmo para com um colega da Paróquia São Francisco. Sempre movido pelo mesmo desejo. Isso acaba comigo. As vezes fico com nojo de mim mesmo, mas no segundo seguinte, lá estou eu, usando todas as minhas forças para conseguir alguma coisa com pessoas que estão completamente fora das minhas chances. 

Eu juro que tinha a intenção de escrever umas 5 páginas, como as primeiras 3 ou 4 postagens, mas o sono já vem chegando com a chuvinha que bate na telha lá fora, e a criatividade vai tomando o caminho contrário... 

Essa semana especialmente eu estou com uma música na cabeça: "Simplesmente José" do Eugênio Jorge, que eu ouvi pela 1° vez á algumas semanas na Missa de São José, o Esposo de Maria na Capela do Pacaembu, e lá, ela ficou muito mais bonita na voz de uma jovem que participa lá. E fiquei encantado, E como não poderia deixar de ser, eu me apaixonei por ela.

"Eu tão simples, tão pequeno, um carpinteiro e nada mais.
Mas meu Deus olhou pra mim e me escolheu pra ser pai do Filho Seu.
Eis-me aqui, faça-se em mim o Teu querer,
Sou Teu José, simples José e nada mais.

Eu tão simples, tão pequeno, um carpinteiro e nada mais.
Mas meu Deus olhou pra mim e me escolheu pra ser pai do Filho Seu.
Eis-me aqui, faça-se em mim o Teu querer,
Sou Teu José, simples José e nada mais.

Eu sou escravo de Tua promessa, feito pra amar até o fim.
Eu sou escravo de Tua promessa e sou feliz vivendo assim.
Eu tão simples, tão pequeno, um carpinteiro e nada mais.

Pois sou escravo de Tua promessa, feito pra amar até o fim.
Eu sou escravo de Tua promessa e sou feliz vivendo assim."

(Eugênio Jorge)

Imagine só... um homem simples, um homem não diferente de muitos outros, ser encarregado de criar o Filho de Deus. Imagine só... um homem ser escolhido por Deus para uma grande tarefa. Não são todos os que podem dizer terem sido escolhidos pra isso. 

Dizer "Eu sou escravo, de Tua promessa..." tem tantos signifcados pra mim... Imagina, ser escravo, consagrado pela promessa da Igreja, de anunciar a Jesus aos confins da terra. Que grande honra seria, ser digno de anunciar a Jesus, de distribuir os sinais visíveis de sua graça entre os homens. "Feito pra amar até o fim." alguém que se doa a si mesmo totalmente, sem reservas, a obra de Deus, só pode ser alguém com uma grande capacidade de amar.  

"E sou feliz, vivendo assim...!" Ó quanta doçura aguarda aqueles que se entregam ao Senhor. Doçura espiritual, daquelas que vale a pena viver e sofrer. Aqui me lembrei das palavras de Santa Teresinha do Menino Jesus, a pequena gigante, que disse que "Eu seu que viver é amar, e que amar é sofrer." ó quanta coisa que consigo aprender com esses que se entregaram completamente a Deus, sem temer o que ele preparou pra eles. Gostaria de ser assim, conseguir dar um passo tão definitivo, que uma mudança profunda e radical consiga me converter e me arrancar dessa vida nojenta que levo. 

Acredito que meu T.O,C esteja voltando. Nos últimos dias tenho observado uma pequena, não tão pequena assim, obsessão com a organização da casa, beirando a minha sociopatia de alguns anos atrás. Não é algo que me incomode de fato, o Transtorno não, já a bagunça sim, me incomoda e muito, mas acho que é irritante pros outros. Digo, não deve ser legal observar alguém levar quase 1 hora inteira para organizar uma prateleira de livros com pouco menos de 100 títulos...  Enfim, administro também esse distúbio, além de claro, os muitos de que tratei nos posts anteriores. E é a vida que segue. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Amor é fogo que arde sem se ver


O poema O amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões, faz parte da lírica clássica do autor, a medida nova. 

Neste poema, Camões procurou conceituar a natureza contraditória do amor. Não é um tema novo. Já na Antigüidade, o amor era visto como uma espécie de cegueira, uma doença da razão, uma enfermidade de conseqüências às vezes devastadoras. Nas cantigas de amor medievais, os trovadores exprimiam seu sofrimento, a coita, provocada pela desorientação das reações do artista diante de sua Senhora, de sua Dona.

Petrarca e os poetas do dolce stil nuovo privilegiaram, na Renascença italiana, o tema do desencontro amoroso, das contradições entre o amar e o querer e do sofrimento dos amantes e apaixonados.

O poeta buscou analisar o sentimento amoroso racionalmente, por meio de uma operação de fundo intelectual, racional, valendo-se de raciocínios próximos da lógica formal. Mas como o amor é um sentimento vago, imensurável, Camões acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, desembocando no paradoxo do último verso. O sentir e o pensar são movimentos antagônicos: o sentir deseja e o pensar limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava, o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos. Essa feição contraditória e o jogo de oposições aproximam Camões do Maneirismo e, no limite, do Barroco.

Os versos têm estrutura bimembre e contêm afirmativas que se repartem em enunciados contrários (antitéticos). Essas oposições simetricamente dispostas nos versos, acumulam-se em forma de gradação (clímax), para desembocar na desconcertante interrogação/conclusão do último verso sobre os efeitos do amor. As contradições, por vezes, são aparentes porque o segundo membro do verso funciona como complemento do primeiro, especificando-o e tornando-o ainda mais expressivo, quando confronta duas realidades diversas: uma sensível ("ferida que dói") e uma espiritual, que transcende a primeira ("e não se sente").

É o caso do 1º, 2º, 4º e 5º versos. No 1º verso, por exemplo, o segundo membro ("sem se ver" significa interiormente;) no 2º verso, o Amor "é ferida que dói (exteriormente) e não se sente" (interiormente); no 4º verso, o Amor "é dor que desatina (exteriormente) "sem doer" (interiormente) e, no 5º verso, a noção é a de que não é possível querer mais, de tanto que se quer, de tanto que se ama. Mesmo que se tome o referencial fogo como elemento de contraste entre os dois membros desses versos, este mesmo fogo, contraditoriamente, "arde sem se ver".

A reiteração do verbo ser ("É") no início dos versos, do 2º ao 11º, configura uma sucessão de anáforas, uma cadeia anafórica. O soneto inicia-se e termina com a mesma palavra - Amor -, sentimento contraditório, que é o tema da composição. 

Quanto à métrica, os versos são decassílabos (dez sílabas poéticas), com predomínio dos decassílabos heróicos, nos quais a sexta e a décima sílabas são sempre tônicas.


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

(Lúiz Vaz de Camões)

Acessado em: 27 de abril de 2015.

Período de Convalescença...!?

Parece que é seguro afirmar que nem todo sofrimento dura para sempre. E me parece também fazer certo sentido dizer que a tristeza é apenas o período entre duas delicidades. Bom, deixando a sabedoria popular de lado, vejo sentido nessas expressões por sentir um pequeno progresso na reuperação afetiva dos últimos dias. Considerando como eu estava ans últimas semanas, diria que a melhora beira os 50%. Isso mesmo, tudo isso. 

Claro, não vou dizer que já estou dormindo tranquilamente (na verdade estou, nada afeta meu sono, 3 bjos) mas não estou me desabando pelos cantos como 3 dias atrás. O que ocasionou isso eu não faço idéia. O fato é que posso dizer que hoje estou quase curado. Sim, curado, pois considero a carência uma doença. E uma das piores, pois corroe por dentro e só aumenta, como o Alzheimer, e só tira cada vez mais, podendo as vezes estar sob controle, mas sabendo que um dia seu grau será tal que nem sequer se poderá esperar pela cura. Um mal sem volta. 

Mas eis que aparece uma luz no fim do túnel. Não sei se pode ser um trem em minha direção ou a saída. Vamos esperar, seguir em frente, se for um trem, ele me esmaga, se for a saída, uma hora eu chego lá. Mas decidi não parar de caminhar. Diminuir o ritmo talvez, parar não. 

E isso escrevo aqui, numa noite de segunda, quando o sono jé me vem, ouvindo g.o.d e as baladas de inverno da BoA e trocando experiência de desiluzões amorosas com meu amigo visitante e uma colega da igreja. Meio mórbido, porém bem útil, na verdade. 

A medida que a noite cai o clima se torna mais pesado, não pra mim. Meus amigos passam por dificuldades, todos sofrem. Acho mais fácil guardar a minha dor e ajuda-los com as deles, mesmo que isso signifque que eu tenha de carregar a minha sozinho mais tarde. 

Bom, como dói, ver alguém que vc ama, dizer o quanto sofre pelo amor de outra pessoa. Vontade de gritar, pra todo mundo ouvir, pra ele ouvir... Argh. Sensação de fraqueza, impotência, de ser inútil se secar as lágrimas de uma unica pessoa. Mas isso já era de se esperar, quando não consigo secar nem mesmo as minhas.

Porque o coração é tão complicado? Porque? Porque não podemos simplesmente amar quem nos faz bem? Perguntas sem respostas.

sábado, 25 de abril de 2015

Contando até 10...

Não sei bem por onde começar, por isso sentei aqui já a alguns minutos, botei algumas baladas do Kyuhyun pra tocar e estou esperando a inspiração chegar. Não é que eu não tenha nada oara escrever, pelo contrário, o problema aqui é justamente conseguir organizar o turbilhão de forma a conseguir botar tudo pra fora. Respirando fundo. Contando até 10...

Hoje eu levantei cedo, antes do celular despertar, de forma inesperada até, depois de ficar rodando na cama, após o pequeno trauma de ontem. Tinha um encontro vocacional no em Brasilia, mas como terminou mais cedo do que de costume, eu cheguei por volta de 13h e deitei um pouco. Não deu muito certo. Os pensamentos de aflição voltaram. Todos ao mesmo tempo. Tenho vontade de gritar, mas não tenho força, e não sei também em que isso poderia ajudar. 

Não sei porque fiquei assim, não foi o primeiro fora que levei, nem o último certamente também. Mas isso me derrubou, e como. Eu me senti como se o chão que estava sobre mim despencasse, e eu junto com ele, e caisse, sem parar, descontrolodamante ao fundo de um abismo, uma abismo escuro e frio. Um abismo onde eu vou ter de lutar muito para conseguir então sair de lá. Mas não sei se vou conseguir subir o suficiente para sair, talves só consiga chegar um pouco mais encima, mas permaneça lá para sempre. Estou com sono, o antialérgico que tomei antes de sair de manhã ainda faz efeito, me deixa nervoso e cansado. Mas o meu nervosismo tem mais de um motivo. O primeiro deles é a TPM compartilhada de uma amiga. Depois, a medicação, e por fim, o nosso ocorrido de ontem. Acho que vou explodir, e talvez leve metade do mundo junto. Ta, vou diminuir o drama. Minha vontade é de apenas me explodir. 

Me pergunto agora o motivo de algumas pessoas se aproximarem de mim. Não sei se posso afirmar ser interesse. Não tenho nada a oferecer. E se fosse também, é normal, tudo no homem é movido por interesse. Mas a dúvida permanece, porque se aproximam de mim? E pior, porque se aproximam somente pra me afastarem depois?

Me questiono o que tem de errado comigo. Possessivo demais? Grudento demais? Feio demais? É isso, causo repulsa nas pessoas? Por isso fogem de mim? É melhor ficarem sozinhas do que comigo? O que tem em mim que causa tanta repugnância? Mas porque isso tem de ser importante? Porque preciso de alguém comigo? 

Hoje acho que o Instituto realmente quis nos perguntar se queremos ou não de fato entrar lá. O outro rapaz que estava comigo está indeciso. Eu não tenho disso. Entro no dia que me chamarem. Ao menos lá dentro não terei que me preocupar com isso. Será um fardo a menos. Um problema a menos. Sei o que muitos dirão: entrar no seminário pra fugir da vida é sinal de fracasso. Mas será mesmo? Assim como todos tem de abandonar alguma coisa para entrar, é isso que eu abandonarei. Essa vida de carência e desafetos. Essa vida de desejos e mais desejos.

Era mais feliz quando me obrigava a não me apaixonar, quando me obrigava a viver sob um voto de castidade, mesmo sem nunca ter feito um oficial. Era mais fácil, podia me entregar com mais facilidade a Deus. E não me preocupava com quem em queria ou não. Seria bom voltar a ser assim... Sem querer depender do carinho daqueles que não podem me dar...

"Deixe que eu chore, pela minha sorte, e que eu suspire, pela liberdade...!"


Acabei de encontrar um novo álibi, pois o meu novo remédio pode provocar instabilidade emocional e surtos psicóticos, segundo a bula. Já tenho alguém a quem por a culpa caso surte por ai...

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Em uma noite escura...

Acredito que um choque de realidade seja necessário a todo mundo de vez em quando. Todos precisam de um empurraõzinho para entender isso ou aquilo e perceber o que deve ser feito para tomar um rumo na vida. Mas algumas pessoas abusam da boa vontade do destino e querem que o mesmo o faça com uma regularidade brutal. Se é masoquismo ou burrice não sei dizer, mas que algumas pessoas parecem gostar de sofrer isso é fato. Na verdade, parece até que o sofrimento auto-infligido é algo para se orgulhar, visto que os mesmos "superam" os obstáculos que eles mesmos e propõe afim de se mostrarem fortes e capazes de superar e vencer muitos problemas. Ora, somente eles mesmos sabem que seu sofrimento parte deles mesmos, logo, os outros não tem conhecimento disso e acreditam verdadeiramente que tais pessoas são fortes, vencedoras, batalhadoras. Lamentável.

São João da Cruz disse, alguns séculos atrás no seu celebérrimo poema "Noite Escura" que á uma ditosa ventura em sair de casa sem ser notado, já que a mesma se encontra em paz e nossa alma está movida pelo amor, o amor de Deus então guia a alma dos seus filhos a uma série de provações sem igual para que a mesma alcance um grau de união a Deus superior ao de outra almas. Essas pessoas existem ainda hoje, caminham com nós, convivem com nós e lutam diariamente com suas noites escuras, a fim de guiados pelo amor, consigam subir a secrete escada disfarçada, purificar os sentidos e o espírito e se unir a Deus de tal forma que a elevação espiritual seja superior a qualquer outra coisa. Um ponto muito interessante da obra de São João é que a alma deve buscar sempre, acima de todas as coisas, o Consolador, e não as consolações. Pode parecer estranho, mas faz muito sentido. Buscar a Deus, e não as graças de Deus. A diferença? Quem busca a Deus não se desanima nem mesmo em meio a noite escura, ao sofrimento, pois sua confiança está em Deus, não nas graças que Deus nos dá. Logo, quando essas graças cessam (durante a noite escura, de forma dolorosa na noite escura dos sentidos e ainda mais difícil de suportar durante a noite escura do espirito) a alma ainda se mantém firme, mesmo em meio ao árido deserto espiritual em que se encontra, e sentindo-se longe de Deus, pois lhe faltam suas consolações, se encontra na verdade, nas mãos do próprio Deus, ainda mais próxima do que se sentiria se as mesmas não lhe tivessem sido tiradas. O amor que une Deus a Alma então não é movido por interesse, mas pelo próprio Espírito, o mesmo responsável pela união do Pai ao Filho e o mesmo que permite que a alma se encontre tão próxima de Deus que sua elevação espiritual supere a de todos ao seu redor. 


Algumas vezes, penso no perído em que estou vivendo como uma noite escura. Não muito longa ainda, diria que estou nela a 1 ou 2 anos. Santa Teresa D'Ávila passou 15 anos em meio a noite escura da alma. E não caiu, vecilou, desanimou, mas não caiu, sendo a gigante que era, claro, Deus não permitiria. Isso é um outro ponto da noite escura, a força para a superação desse fenômeno espiritual não provém da vontade da alma, mas sim da graça de Deus. 

Vejo muitos e muitos amigos se desviarem, fugirem de Deus e da Igreja por não mais suportarem os sofrimentos de suas noites escuras. Penso como Deus se entristeça com essas almas. Dá a elas a oportunidade de se unirem a ele de forma tão íntima que pode-se dizer que virtualmente se encontram em uma só, antecipando assim a própria eternidade. Mas elas fogem, se escondem e Deus, fica sozinho, esquecido e relegado ao silêncio ruidoso dos corações daqueles que querem preencher os próprios vazios de Deus com outras pessoas. E dai vem as decepções, daí partem as tristezas e desolações, daí vem toda a sorte da miséria do homem. Como disse o sábio Pe. Zezinho, "Os homens fogem do amor, e depois que se esvaziam, no vazio se angustiam e duvidam de você. Você chega perto deles, mesmo assim ninguém tem Fé."

Será essa então a minha noite escura? Sinto-me distante de Deus, mas na verdade isso tudo serve apenas para me mostrar que, confiando em pessoas falhas e tão decaidas quanto eu posso apenas me decepcionar, ao passo que aqueles que pacientemente esperam no Senhor correm sem cansar e caminham sem nem mesmo se fatigar?

Acredito então que um dia ess sofrimento terá fim. Sofrimento esse que eu causei em mim mesmo. Masoquista como sou.  Mas que Deus permite sua continuidade a fim de que eu possa um dia me unir a ele de forma íntima, como amada no amado, como foi com Santa Teresa, São João, e tantos outros...

Tenho vergonha desse dia, vergonha de mim mesmo, mas também sou covarde demais para reagir da forma que a situação exige. Me desculpo pelo incômodo que causei, mas não sou sequer capaz de me irritar com o sofrimento que me causam. Fraco. Fraquinho. Fracote. Ontem sentira meu amigo visitante distante até frio por assim dizer. Mesmo próximos os nossos corações, distantes nossos pensamentos, é como se, a proximidade de estar na mesma cama fosse balanceada por quilômetros de pensamentos. Perguntei o que estava acontecendo e a resposta veio rápido: Dificuldades em esqucer o ex. Hmm. Comecei então com minha já costumeira dose diária de masoquismo e disse que poderia ser seu namorado de mentirinha. Quando ele disse disse que não seria capaz disso, disse eu que nem mesmo de mentirinha seria seu namorado. E foi ai que recebi um golpe tão fatal que até mesmo o grande Genryūsai Shigekuni Yamamoto ficaria invejado. Ele disse: 

"Você está fora dos meus planos. kkkk
Falo mesmo pra não ter esperança. Ou seja...
Não se apaixone... se apaixonou... desapaixone."

Hitotsume: Nadegiri. 

You Lose.

Strike. 

Finish him.

Fatality. 

Hadouken.

Shouryuken.

Kaaa - Me - Ra - Me - Raaaa...!!!

"É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte...(8)"

Duro não?

Bom, quero acreditar que agora isso funcione como um ponto final. Um marco zero que possa me permitir um recomeço. Acho que na verdade eu precisava ter ouvido isso. Com toda a dureza das palavras, pra finalmente aprender, a duras penas, a não buscar minha esperança em uma pessoa. 

O sentimento dentro de mim nesse momento é engraçado. Uma mescla de dor e horror, de alívio e desespero... Não sei ao certo qual deles está gritando mais alto, mas acho ser a confusão... ah, a confusão, essa vadia sem coração. Essa moça delicada que se desperta ao mínimo estímulo externo e que para se acalmar cobra uma taxa das suas vítimas. Um momento em que o cansaço e a fadiga já se tornam difíceis de mais de se suportar e então ela se sente na liberdade de se apossar da minha cabeça e fazer dela o que bem entender. Dizem que os homens são mais racionais, será? Acho que esse é apenas mais um ponto em que não concordo com o resto dos homens. Mas é irônico, justamente me diferencio dos homens por gostar de outros homens, mas o homem a quem entreguei o meu amor o devolveu pra mim, pois não o queria. E o fez de forma violenta e brutal.

Estou em silêncio. E o silêncio machuca. Pois ele abafa as palavras que eu gostaria de dizer. Como álguém que necessita de dizer constantemente "Eu te amo", saber que esse sentimento é desprezado pela outra pessoa chega a ser fisicamente doloroso. Uma cornucópia de palavras fluem e um vórtice infinito de sentimentos explodem.

O que fazer? Que decisões tomar? Quem tem essas respostas?

Em algum luga eu li certa vez dizendo que "Os homens tem dentro de si um vazio. Um vazio do tamanho de Deus." Essa frase me incomodou em vários sentidos, primeiro porque me intrigou muito ter um vazio do tamanho do infinito, do tamanho do tudo. E segundo, porque eu vi que eu era daqueles que tentava preencher esse vazio com o afeto de outras pessoas. Nem preciso dizer como o resultado foi trágico. Não estaria escrevendo aqui pra começo de conversa. Mas foi exatemente isso que aconteceu, e como se já não fosse suficiente, eu mesmo dizia muitas vezes para que as pessoas fizessem justamente o contrário. Como dizem os mais velhos: "Santo de casa não faz milagre."


Em uma noite escura
De amor em vivas ânsias inflamada

Oh! Ditosa aventura!

Saí sem ser notada,

Estando já minha casa sossegada.
Na escuridão, segura,
Pela secreta escada, disfarçada,

Oh! Ditosa aventura!

Na escuridão, velada,

Estando já minha casa sossegada.
Em noite tão ditosa,
E num segredo em que ninguém me via,

Nem eu olhava coisa alguma,

Sem outra luz nem guia

Além da que no coração me ardia.
Essa luz me guiava,
Com mais clareza que a do meio-dia

Aonde me esperava

Quem eu bem conhecia,

Em lugar onde ninguém aparecia.
Oh! noite, que me guiaste,
Oh! noite, amável mais do que a alvorada

Oh! noite, que juntaste

Amado com amada,

Amada, já no amado transformada!
Em meu peito florido
Que, inteiro, para ele só guardava,

Quedou-se adormecido,

E eu, terna o regalava,

E dos cedros o leque o refrescava.
Da ameia a brisa amena,
Quando eu os seus cabelos afagava,

Com sua mão serena

Em meu colo soprava,

E meus sentidos todos transportava.
Esquecida, quedei-me,
O rosto reclinado sobre o Amado;

Tudo cessou. Deixei-me,

Largando meu cuidado,

Por entre as açucenas olvidado.
(São João da Cruz)
São João da Cruz, seu lindo...!!! 
Por isso amo tanto esse poema, pois ao mesno tempo em que ele fala com a ternura de um amante, sinto também como se falasse com a firmeza de São Paulo acerca da necessidade de mudar de vida. Tudo nele é perfeito. E apesar da noite escura ser complexa, fria, desesperadora, é nela que o amado nos encontra, e é confiando no amado que a alma nele repousa e ai, finalmente então, ela alcança a elevação necessária para, viver plenamente confiando em Deus, E enfim, nele reclinar o rosto em seu colo quente, sem mais mendigar o amor de mais ninguém. Sem mais depender de ninguém além dele. E ali ficar, permancer eternamente, sob seus cuidados, onde a tristeza tem sim seu poder, mas onde ela também encontra sua impotência. Onde Deus mostra sua misericórida em sua plenitude, onde as consolações não são finitas, mas também nãos são importantes, pois, maior do que as consolações é aquele que as dá. Aquele que não cessa de santificar e distribuir as suas graças entre nós.
E então a noite escura, outrora fria e vazia, se mostra quante e afável, se mostra a mais misericórdiaosa das noites, pois é graaças a ela que a união da alma ao amado é possível. Pois é através dela que alcançamos a Deus em sua plenitude. Nesse silêncio, nesse vazio. Vazio humanom repleto de Deus. Vazio que completa o vazio da minha alma. 
E assim vou aos poucos percebendo o que também Santo Agostinho levou anos para perceber: 
"Tarde te amei; 
ó beleza antiga e tão nova, tarde te amei!... 

Estavas dentro de mim, e eu, voltado para fora, procurava as formas belas das tuas criaturas. 



Estavas comigo, mas eu não estava contigo. 


Assim, longe de ti me detinham as criaturas que nada seriam, se em ti não existissem. 

Tu me chamaste, e teu grito foi maior que minha surdez; tu brilhaste, e tua luz venceu minha cegueira; espalhaste teu perfume, 
que eu senti, e agora te desejo; provei do teu sabor, agora tenho fome e sede de ti; tu me tocaste, agora em mim arde o desejo da tua paz. " 

(Santo Agostinho)

Por anos, por décadas, ele procurou preencher seu vazio com o conhecimento e buscou respostas, quando suas respostas estavam dentro de si o tempo todo, era Deus. Deus é a resposta para tudo. Não é um rapaz oud ez que poderão me ensinar o que é o amor, é Deus. É aquele que se entregou a morte na Cruz que pode me ensinar o que é o amor. 

Ah, o amor...! 



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Irônico não?

Levantar cedo é tão difícil que deveria ser proibido. Com acusação de abuso de poder por parte do empregador. Ao menos uma coisa boa resultou no meu levantar em maio a madrugada de ontem e hoje, (ta, dizer madrugada é exagero, levanto depois das 6h) já que eu puder ver meu confuso vizinho em ambos os dias. Tão bonitinho. Maior que eu a criança.

Enfim, os boys do colégio também tem dedicado um pouquinho mais de atenção no jovem professor aqui. Acho que estão começando a se acostumar comigo. Passam na tua, cumprimentam e tal. Legal isso. Claro, não é legal a parte de ter em média mais 15 pares de olhos me vigiando por aí. Como se eu já não fosse bastante vigiado não é? kkk Mas acho que posso me acostumar com isso, é bom. Hoje ou vi alguns comentários engraçados inclusive, pois uma mocinha do 1° ano também é coroinha numa das capelas da Paróquia aqui e então participa de muitas coisas comigo. Ela disse que eu fui motivo de desespero no último encontro da Pastoral da Juventude, já que geral pensou que eu estivesse namorando com meu amigo visitante... Irônico não? Se estívessemos de fato namorando, aposto que não iria parecer. De alguma forma então, esses comentários chegaram a escola e as alunas agora discutem se eu sou de fato gay... coitadas...

Finalmente consegui terminar de baixar todos os episódios de Neon Genesis Evangelion em alta definição, haha <3 e claro, na dublagem boa do bom e velho Stúdio Álamo, dono das vozes que mais marcaram minha infância... Vou explodir minha cabeça mais uma vez com a Instrumentalidade Humana, e chorar de novo com os dilemas psicológicos de Shinji, Rey e cia.

Hoje a noite tem cineminha marcado, com meu amiguinho visitante e um primo, vamos ver Vingadores 2 - A Era de Ultron. Mega ansioso, mais pela companhia do que pelo filme em si. 

Nçao tive grandes dilemas e discussões de pensamento filosófico hoje, até porque de manhã estava bugado e com sono na escola e agora a tarde eu simplesmente dormi. Mergulhando num mar de torpor e cores que são os meus sonhos. Talvez escreva mais alguma coisa quando voltar do filme, ou não, pois aposto que vou estar caindo de sono...

Sábado tem encontro vocacional no Instituto Divino Mestre em Brasília. O reitor me ligou pessoalmente em nome do bispo fundador, to ficando importante. Mas, como o instituto anda sob supervição apostólica por causa da abertura do Processo de Reconhecimento Diocesano, creio eu que não seja mais do que um encontro comum. Um dos outros vocacioandos discorda, mas como ele anda com bastante medo, não acho que seja mais do que apenas isso mesmo.

E cá estou eu, no escuro do meu quarto, com o Notebook no colo e ouvindo Baby V.O.X, o girlgroup mega foda que eu só conheci 9 anos depois de terem se separado. E sinceramente não acho que vá render um post muito grande hoje, pois como já disse, dormi a maior parte do dia, e não vou ficar dizendo o que rolou na escola cedo, até porque o sono que eu tava sentindo lá não vai me deixar lembrar.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Parte de mim

Depois de uma mega feriado (em vista da memória do martírio de Tiradentes, o "herói" da Inconfidência Mineira) é hora de voltar a rotina. E parece que o universo leva a palavra "rotina" com uma franqueza brutal. Levantar cedo não foi fácil, pelo contrário, foi necessário reunir todas as forças que eu tinha e até algumas que eu não tinha pra conseguir sair dos braços da minha amada (cama). Por sorte meu estágio está no fim, mais uma semana e me verei livre dele. Por um lado ficarei triste, não terei o deleite de passar a manhã com 10 ou 12 meninos lindos todos os dias. Triste. Mas ainda por outro lado, é também um problema. Preciso de um emprego, não posso exigir que meus pais me sustentem pra sempre, e minha faculdade já está no fim. Terei de conseguir ao menos um contrato temporário no município, pois assim não dá.

Bom, dentre as coisas que mais querem ser escritas aqui agora está uma frequente obsessão pelo meu ex que se recusa insistentemente em se curar, provocando em mim uma convalescência leve e demente em ficar ouvindo músicas que sugerem um contexto de problemas mentais e um quadro de psicose generalizada. O nome científico pra isso? carencias agudas ou melhor dizendo, e aqui pafraseando o meu pai, frescurite de aborrecente. (Só a nivel de esclarecimento, o aborrecente aqui é ele ok? não eu. Eu acho) Enfim, o fato é que eu praticamente já o esqueci, até o exato segundo em que vejo uma publicação sua na minha timeline ou lembro que ele nao respondeu a minha mensagem de "Tenha um boa semana" que enviei a 3 dias atras. Daí, hahaha, a coisa é completamente diferente. O estômago embrulha, eu perco o apetite, começo a tremer e a lembrar, com uma riqueza de detalhes que daria inveja a qualquer atleta da mente ou memorizador eidético, dos momentos que passamos juntos e dos fatos que cuminaram no nosso afastamento. 

De qualquer forma, era um relacionamento fadado ao fracasso desde o começo: Primeiramente, eu devia ter me concentrado só em fazer as atividades da faculdade, nunca devia ter me apegado a ele e muito menos ter aceitado ir no cinema com ele no dia em que ficamos pela primeira vez. Nunca devia ter ficado no pé dele depois que ficamos a primeira vez. Não devia ter dado tanta importância quando ele começou a me ignorar e nem ter surtado quando eu vi que ele também tinha surtado. Eu nunca deveria ter lutado como lutei, desperdicei minhas forças lutando uma guerra para proteger quem eu amava, quando quem eu amava não queria ser protegido, queria apenas que eu morresse na guerra, pra não ter de passar pelo incômodo de me dispensar, ou simplesmente pra evitar o incômodo maior ainda de enfrentar a si mesmo numa jornada de autodescobrimento e encarar quem ele é de verdade. 

Embora eu tenha fortes motivo pra acreditar que ele já encontrou outro, eu bem sei que ele não me esqueceu. Os lapsos de boa educação que lhe restaram denunciam isso, mesmo não sendo muitos. As declarações eram verdadeiras, mas as dúvidas, ah, essas também eram, e foram essas que prevaleceram. Deram a nota final a derradeira sinfonia da morte do nosso amor, que eu nem sei se era amor mesmo ou apenas um sentimento qualquer movido aos hormônios da idade. Ainda sim, deveria ter deixado as coisas se resolverem por si só. Minhas intervenções foram todas infantis e tolas, dignas de pena, e só trouxeram mais rapidamente os resultados que já se mostaravm inevitáveis. 

Mas ele continua lindo, seu rosto redondinho, seu sorriso permanente que esconde os muitos fantasmas das suas dúvidas e até os trejeitos forçados que obrigam a se auto afirmar a cada 5 minutos. Isso ainda faz dele uma criança cativante, uma criança que me conquistou antes mesmo de me olhar. E uma criança que, mesmo já não me olhando mais, ainda tem todo controloe sobre mim e sobre o meu coraçao. Ninguém disse que seria fácil. Mas também não me avisaram que seria tão difícil. Claro, agora me parece muito mais confortável ficar aqui e me lamentar ao nada da internet do que levantar, erguer a cabeça e tentar começar de novo. Talvez eu seja covarde demais, ou talves seja apenas um masoquista que prefere ficar e lamber as próprias feridas do que tentar ferir quem as provocou. 

Sinto falta, do seu rosto vermelho de vergonha quando eu o intimidava. Da sua mãozinha quente na minha naquela sala de cinema fria e vazia. Dos lábios contra os meus. Do seu corpo pequeno assustado. Da sua voz delicada cantando em áudios do WhatsApp. De nós. Se é que um dia existiu um nós. Se é que esse relacionamento não foi apenas uma miragem da minha própria cabeça para impedir que o meu hipotálamo se afogasse num mar de testosterona e resiliência.


Mudando de assunto, mas não de novela, hoje meu amiguinho me visitou. Quando cheguei do estágio, me perguntou se eu estaria em casa, disse que sim e alguns minutos depois estava aqui. Ficou apenas por umas poucas horas. Mas foi mais do que suficente. Não pra matar a saudade, pra aumenta-la na verdade, mas pra me dar uma tarde especial. É sempre boa a companhia dele. Posso ser eu mesmo. E sentir o seu coração, seu hálito, seu cheiro perto de mim, é como seu eu não precisasse mais do meu ex. Como se ele fosse uma realidade antiga já desbotada pelo tempo e que nem sequer desperta nenhum tipo de sentimento além de pena. Mesmo quando ele me fala dos rapazes com quem ficou. Dos problemas que seu ex provocou em sua vida, ou das besteiras que ele ainda pretende fazer, eu me sinto bem, em paz. Desejando apenas que o Chronos parasse e que eu pudesse ficar ali deitado com ele por 10 ou 20 anos, ou tantos quantos fossem possíveis. Um sonho de fato. Mas que as vezes por 1 segundo eu penso ser possível. Não é raro eu me perguntar por que, alguém tão popular, com tantos amigos tão mais interessantes do que eu ficaria vindo me visitar com a frequecia que el faz? Se eu tivesse algo a oferecer (dinheiro, influência, ou qualquer outra coisa) eu até desconfiaria, mas como não tenho, risquei essa hipótese. O que o fez se apegar a mim? Outro ponto é que as vezes, alguns olhares me passam mensagens erradas. Hoje mesmo foi um desses dias. Enquanto o abraça e beijava seu pescoço, parecia que ele queria algo a mais. O complicado tá em arriscar tentar alguma coisa e botar toda essa amizade a perder. E eu não sou conhecido por arriscar, Pelo contrário, é minha linha de ações displicente e discretas definem quem eu sou. 

Bom, quem sabe um dia eu arrisque. Um dia pare de ter medo de lutar, e quem sabe com isso desperte os poderes que tanto espero. E se a energia espiritual necessária para convocar um Kidou precisse apenas da minha própria confiança para aparecer e me dar a chance de realizar aquilo que  eu tanto sonhei? Se for assi, as expectativas não são boas. Não vejo esperanças para alguém como eu. O medo de arriscar, o medo de perder, o medo de ganhar. Tudo isso faz parte de mim. Tudo isso parece formar a minha essência, e se é a nossa essência que define quem nós somos, bom, a única lógica é que o medo me define. 



As vezes penso em tudo isso como uma grande noite escura, uma aridez sentimental, mas as vezes também penso como uma condição permanente, um quadro inalterável. Algo que não pode ser mudado nem mesmo com a aplicação da Lei da Troca Equivalente, por que o medo não vale nada, logo, nada pode ser trocado por ele. Nada bom pode vir dele, exceto a insegurança e as dúvidas. Dúvidas do que poderia ter acontecido se eu tivesse tomado essa ou aquela decisão. Se eu tivesse tido coragem de ter esse ou aquela atitude. Se eu simplemsnte o empurrase na parede com um meus lábios contra os dele ou se eu enterrase esses sentimentos de uma vez por todas e me obrigasse a esquecer e viver uma amizade pura, como ela deve ser vivida, sem exageros e nem tendências carentes. Fica ai o questionamento no ar... No entanto, mais uma vez afirmo: Esse questionamento também faz parte de mim. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

"Os fins justificam os meios" (ou quase isso...!)

Aeeh, terça-feira, feriadão... Dia de Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira, mais mártir do que herói, mas ok, quem sou eu pra julgar a piedade popular neh?

Clima ameno, até agradável na verdade, mas só aqui dentro de casa... kkkk e resolvi escrever enquanto espero o 25° episódio de Neon Genesis Evangelion baixar, pra ver se a dublagem está do jeito que eu gosto e assim poder baixar os outros 25... Sim, pois sou exigente com a dublagem. Francamente, prefiro a 1° em questão de harmonia vocal, mas os 2 últimos episódios ficam sem sentido nela... então, Studio Álamo ai voi eu...!! Espero que a qualidade da imagem esteja decente também, não sou obrigado...!

Meu amigo visitante não veio pq tinha uma social cheia de meninos bonitos pra ir, claro que eu não iria ficar no caminho não é? Enquanto isso eu aqui converso com minha Best, que passa por problemas na família. Um outro colega, com quem eu flertei um tempo mas to desencanando e ainda ouvindo aquela Live das Girls' Generation que eu comentei no outro post. 

Ah, sobre meu amigo visitante (sim, vou usar esses apelidos pois não sei quem pode ler isso neh?), ontem houve um episódio engraçado: Ele tinha saido pra beber com uns amigos, então lá pras 22h dois caras começam a comentar todas as fotos em que nós dois apareciamos juntos. Ou seja, muitas. Daí começaram a brincar, dizendo que eu não devia chegar perto dele, e nem olhar pra ele, mostrando ao mundo o que todos pensam mas não tem coragem de falar: Eu e ele fazemos um belo casal. Ele é o único que não percebeu isso. Pois é, é a vida que segue. Depois ele chegou bêbado já de madrugada, mandou todos irem para aquele bonito lugar e disse que somos só amigos. É, doeu, eu sei, mas niguém precisava saber, então guardei minha dor no bolso e segui em frente. (Frase de Facebook de menina mal comida de 16 anos, porque sim).

Continuando, a noite de ontem pode ser definida em estranha e molhada. Péra, vou explicar: Primeiramente eu continuo investindo naquele meu vizinho que não é vizinho de verdade. Por que raios eu ainda faço isso? Ora, são 7 anos de paixão velada e não correspondida, não dá pra jogar isso fora por causa de um "não". E quem diria que isso poderia gerar uma cosia boa ao fim das contas. Parece que estou quase lá, claro, não posso dizer que vou chegar lá, mas estou quase. Ontem eu não recebi um "Sim", mas eu recebi um "Sim". Oi? Calma. O jovem anda tão desesperado como eu que perguntous e poderiamos ter uma espécie de amizade colorida, sabem o que sifgnifica neh? lógico que concordei, uma amizade colorida é melhor do que amizade nenhuma. Combinamos para algum dia desse semana. Parece coisa de gente desesperada? É porque de fato é! 

De qualquer forma, acho que a pergunta "Mais se você está apaixonado por ele, por que concordou em um relacionamento caracterizado justamente pela falta de compromisso?" Bom, acho que a resposta para esse se encontra bem aqui, numa caracteristica muito comum entre os jovens de hoje: Carência. Claro, quero proximidade, carinho, confiança, e com tudo isso a parte erótica está ligada, mas de forma menos latente do que en nosso pequeno acordo fechado entre duas mãos cheias de hormônios. É complicado, mas pra dizer a verdade, relacionamento sem compromisso talves seja melhor que relacionamento nenhum. Tá, aposto que não, não é melhor não. O melhor seria um relacionamento conquistado depois de se ter alcançado a paz comigo mesmo. Mas eu disse isso no post anterior, ainda nçao cheguei lá, e pelo que estou vendo, tá um pouquinho longe ainda. 

#Oremos

Olha como é a vida, já baixei 2x o episódio 25 mas nenhuma vez veio a dublagem que eu gosto. Geralmente nem tenho tantas opções assim, mas acho que dessa vez é por que se trata de um anime famoso, um clássico. E por falar em Neon Genesis Evangelion eu meio que me apaixonei pela delicadeza e brutalidade com que a história é tratada. Paradoxo. Os personagems são todos fracos, delicados, mas as experiencias que eles são obrigados a passar são incivelmente brutais... Destaque para a destruição do 4° EVA e para claro, a morte do 17° Anjo, brutais. Agora, qual o motivo explica o fato de eu ter gostado tanto? Acho que a fraqueza brutal dos personagens fez com que eu me identificasse. Assim como eu tenho o controle de todos os pontos da minha vida exceto um, Shinji, Rey e Asuka também são invencíveis dentro de seus robôs gigantes de 15 metros de altura, mas nenhum tem o controle de sua vida afetiva, de fato, todos são incrivelmente deprimidos e problemáticos, como disse o próprio autor: "Fracos, fraquinhos e fracotes."




Acho que por isso, me identifiquei com ele. Olha, enquanto digitava, consegui finalmente encontrar numa boa dublagem. <3

#AmorEterno

E já que o assunto hoje foi Neon Genesis Evangelion, vou colocar aqui também um pensamento da Rey Ayanami, do 25° ou 26° episódio, não lembro qual, mas que reflete também  meus últimos dias: confusão!



"Montanhas. 
Pesadas são as montanhas. 
Mas tudo muda com o tempo.
Céu. 
Céu azul. 

Algo que os olhos não vêm. 
Algo que se pode ver.

O Sol. 
Algo que é único.

Água. 
Algo que é agradável. 

Comandante Ikari ?

Flores. 
Tantas iguais, tantas sem razão de ser.

Céu. 
Vermelho, céu vermelho. 
A cor vermelha. A cor que eu odeio.

O líquido flui. 
Sangue. 
O cheiro de Sangue. 
Uma mulher que não sangra. 

Da terra vermelha vêm os humanos. 
Humanos feitos por homem e mulher. 

Cidade. 
Uma criação humana. 
EVA. 
Uma criação humana. 

O que são os humanos? 
São criações de Deus? 

Humanos são aqueles criados por humanos. 
Isto é, o que é meu, minha vida meu coração. 

Sou o vaso de meus pensamentos. 
A escotilha de entrada. O trono da alma. 

Quem é essa ? 
Essa sou eu. 

Quem sou eu ? 

O que sou eu ? O que sou eu ?
O que sou eu ? O que sou eu ?

Eu sou eu. 

Este objeto sou eu, isto que forma sou eu. 
Este é o ser que pode ser visto, e ainda assim sente que não sou eu. 

Uma sensação estranha. 
Parece que meu corpo se derrete. 
Não posso mais me ver. 
Minha forma desaparece de vista. 
Aparece alguém que não sou eu. 

Quem está aí ? 
Shinji ? 
Essa pessoa eu conheço. 
Major Katsuragi. 
Doutora Akagi. 
Meus colegas de classe. 
A piloto da unidade 2. 
Comandante Ikari... 

Quem é você ? Quem é você ? Quem é você ?" 

(Rei Ayanami)

Acho que é só isso, por hoje. Exceto dizer que meu ex está online no Facebook e se recusa a responder as 2 mensagens que eu mandei. Bom, mamãe me deu educação, mas acho que ela foi a única. De qualquer forma, quando tiver sentindo falta ele volta, sempre volta. 

Estava preocupado com o nome do post, não deve ter ficado muito claro. Ou deve, não sei. Mas ele faz referência somente ao fato de que, em busca de justificar o fim de se ter uma companhia, alguém pra chamar de meu, não me importei de usar de um meio baixo pra isso. Não sou admirador de Maquiavel (ou talves passe a ser se eu parar para ler a obra do cara), mas gosto dessa frase mesmo assim. 

Algumas horas depois...


Haha..! Devia ter apostado na loteria hoje, sabia que isso iria acontecer.

Bom, estou conversando com meu simpático vizinho nesse momento, e as primeiras mensagens que eu recebi foram: 

"Precisamos conversar sério.
Acho melhor não rolar.
Oq ia rolar.
Pq tipo, se algo der errado, a gente vai parar de conversar.
E eu me apeguei a você.
E vou sentir sua falta."

Verdade ou desculpa esfarrapada? Sexta-feira no Globo Repórter!

Então, voltei agora a noite pra complementar o post só pra acrescentar isso. Engraçado não? Bom, de qualquer forma, já esperava por esse resultado, seria quase um milagre que o final dessa história fosse diferente. É sempre assim, a espada cai, e a roda do destino começa a girar novamente. E o ciclo recomeça.

Na verdade, estou mentindo para mim mesmo, não, eu não esperava por esse resultado. Esperava que ele levasse a sério, que nós ficássemos e que com o tempo ele começasse a gostar de mim, pelo menos com 1 décimo do sentimento que eu alimento por ele. Mais uma decepção. Mais uma para ser registrada nesse grande livro de auto ajuda adolescente que é a minha juventude. Profundo não? Sim, pro fundo do lixo.

E foi isso. Acebei de chegar em casa. Fui ao Shopping comprar ingressos pro cinema mas já estavam esgotados, vou tentar comprar amanhã pra quinta. Deus sabe o quanto eu preciso me distrair. E no momento, ainda estou terminando a conversinha citada ali em cima e falando ainda com uma jovenzinha muito simpática que estuda com uns amigos muuito bonitinhos. 

A carência vem batendo forte, e as idéias de desespero do Concerto pra Piano N° 12 do W.A. Mozart que eu to ouvindo estão me invadindo. Queria alguém aqui comigo. Só pra eu poder abraçar, e fazer carinho. Geralmente meu amigo visitante é essa pessoa. Mesmo não nutrindo nenhum sentimento de amor por mim, ele costuma ser passivo ao meu carinho, e eu gosto disso. Gosto de ficar deitado mexendo no cabelo dele, de ficar com a mão no seu braço ou ainda levantando a sua camisa e passando a mão pela barriga lisa e macia que ele tem, ou ainda por fim, de dormir de mãos dadas ou de conxinha. Isso é bom. Ouvir a respiração dele. Ouvir o coração. Faz eu me sentir menos sozinho, menos eu mesmo e mais a possível futura existência de um "nós". Não um "nós" formado poe ele e eu, mas um "nós" formado por alguém que goste de mim e eu. É, quem sabe um dia. Não hoje. Não essa semana, e provavelmente ainda não esse ano. Mas algum dia.

É, já vi que hoje não vai render muita coisa... o post só ficou grande pelo pensamento de anime que eu coloqueia ali em cima. Mas, ideias eu tenho aos montes, só não sei como as colocar aqui. Acho que já me vou... Bye Bye...!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Manifesto ao Partido Solteirista

E olha eu aqui novamente...!!! Mega estressado pela correria do meu estágio esse semestre, mais trabalhos do que eu consigo fazer. E a cada vez que eu leio o Manual de Estágio, brota algum trabalho que ainda não tinha visto, e o relatório já contempla mais de 40 páginas. Parabéns pra mim!

O mais surpreendente nisso tudo nem é a quantidade absurda de trabalho que a UNOPAR tem me obrigado a fazer, e sim que, mesmo em meio a isso tudo, eu ainda encontro tempo pra me chatear. Isso sim é um absurdo. 

Então vamos lá, ao som do Concerto pra Flauta, Harpa e Orquestra C-dur KV 299 e dos primeiros CDs de uma coletânea de Concertos pra Piano do W.A. Mozart, eu começo meu pequeno Manifesto ao Partido Solteirista (Inspirado claro, no Manifesto ao Partido Comunista, obra que eu desprezo profundamente, mas cujo nome não me sai da cabeça desde que eu a estudei no 1° semestre da faculdade) e detalhe, acredito piamente que a última palavra do nome que eu levei quase 5 minutos pra inventar nem sequer existe, e se existe, muito provavelmte também não com o significado expressado aqui. Enfim, acho que tenho licença poética, ou algo do tipo...

Minha segundona começo mega animada (SQN). Acordei com 104 mensagens de um único amigo que tentava, inutilmente, arrumar sua documentação no site do SISFies as 4h da madrugada e queria minha companhia. Não conseguiu, eu acordei somente as 7h, meio zonzo, e sem ter entendido uma palavra sequer do que ele disse. Depois me veio uma pequena pontada de arrependimento por uma conversa exageradamente erótica que tive com um paquera ainda na noite de ontem. E por "exageradamente erótica" qeuro exageradamente pra mim, não para os outros, os quais teria sio apenas mais uma conversa erótica. De qualquer forma, considero dois rapazes trocando fotos deles usando peças intimas algi absurdamente abominável, coisa que o meu "Eu da Meia Noite" não concorda. Acho que aqui se aplica aquela máxima: "Na madrugada, um homem só tem duas opções, ou fica carente, ou fica tarado.", no meu caso, a carência se reflete na perversão, e vice-versa. Trágico. Mas o ponto culminante do tal arrependimento (sim, ainda acredito nisso, e não, não tenho intenção de deixar de acreditar) foi uma reportagem bem idiota de um Blog para solteironas com uma publicação chamada "É bonitinho mas tem uma grande Anaconda.", bom, já sabemos onde isso foi parar. Foi apenas uma foto, e a dita cuja da Anaconda nem tava tão a vista assim, mas o pecado está na curiosidade que eu tive em abrir a droga da página, e ainda clicar na imagem pra ver sem a tarja que delimitava os limites da censura obrigatória do Marco Civil da Internet. Resultado? Marcando confissão pra essa semana. Não esquecer de dizer ainda que mandei o link pra outros dois amigos.

Continuando o enterro, no post passado falei sobre o jovem por quem me daclerei num rompante de carência e desespero neh? Lembra? Claro que não! Com quem eu estou falando? Minha mania de escrever como se estivesse conversando com álguém está me deixando preocupado. Curiosamente, ainda mais preocupado depois de finalmente ter assistido a toda a série de Neon Genesis Evangelion  alguns dias atrás (Mas Gabriel, esse anime não foi lançado em 1995? Pois é) e de ter entendido os tão polêmicos episódios 25 e 26 do anime, sobre a tão complexa "Instrumentabilidade Humana" que eu admito, só fui entender depois de ler 2 ou 3 textos explicando do que se tratava.

Enfim, voltando ao jovem, ele também passa por um momento complicado na vida dele. Terminou recentemente um relacionamento bem conturbado com um rapaz mais perturbado ainda. E o coitado aparenta estar tão carente ou mais do que eu? Por que ele não aceitou ficar comigo? Aparentemente eu superestimei as minhas carateristicas fisicas e sou mais feio do imaginava. De qualque forma, meu tão simpático pretendente que me dispensou com a mais antiga das desculpas, insiste em falar comigo sobre rapazes. Não coincidentemente aquele meu outro amigo (lembra? por quem adquiri intimidade, xonei, e ele pegou um outro colega na minha frente, na minha casa, na minha cama?) também tem a mesma atitude. Por que não dou um basta? A culpa não é deles, Eu confundi as coisas e agora tenho de arcar com as consequencias da minha imaturidade emocional.

Por outro lado, refletindo sobre a necessidade se me conformar com essa vida solitária em meio as multidões, eu acredito que seguir os conselhos daquele meu amigo que disse "Só podemos ser felizes num relacionamento quando formos felizes com nós mesmos", é mais complicado do que parece! Como já disse também, esse é de fato o único ponto em que eu encontro problemas que eu de verdade não faço a mínima de como resolver. O ciclo é eterno e vicioso: Eu conheço álguem, faço amizade, me apaixono e quando essa pessoa encontra alguém, sofro. Daí o ciclo recomeça. 

"Isso é masoquismo, sabia?" (Sakura Haruno)

Por isso, o título do post, se é realmente possível ser feliz consigo mesmo a ponto de parar de exalar esse cheiro de desespero que assusta os homi, como isso é possível? Devo trabalhar a auto-estima? Tentar superar o Complexo de Napoleão e o Complexo de Porco Espinho??  E essas pessoas que vivem felizes, sozinhas e satisfeitas, sem procurar por ninguém, onde vivem? E como raios elas conseguem fazer isso??? Por isso lanço aqui meu pedido de ajuda.  E não, não escrevi uma mega obra para orientar os solteiristas, somente me manifestei procurando por seu auxílio. Então, se alguém veio ler isso aqui (não vai, vou mudar as configurações do Blog pra que só eu tenha acesso) achando que eu expus minha situação pra dizer que cheguei a alguma conclusão milagrosa capaz de dar esperanças até a  mais injustiçada das almas abandonadas, Pare! Quando conseguir resolver minha vida, eu juro que compartilho. Ou não.

Vamos falar de expectativas? Melhor não! Mas vou escrever assim mesmo. 

Acho que aquele meu amigo vem me visitar hoje ou amanhã. isso se nenhum outro amigo o convidar para uma social cheia de caras gatos e fáceis antes. Pois é, a vida é assim.

Meu vizinho (que não é meu vizinho, mora no fim da rua, e eu no começo) por quem alimento um crush a 7 anos também não está por aqui. Mas meus WhastsApp não para de tocar com ele me pedindo informações sobre o meio gay em que ele acaba de entrar mas não tem noção de nada.

Meu Pai chegou (as 16:30h, depois de sair as 08h, não trabalha mais, tá ViDa lOka depois que deu entrada no processo de aposentadoria), meus primos chegaram, com as filhas, meu padrinho ainda me visita e suspeito que outro primo foi expulso de casa pela esposa, pois a dias ele não sai daqui. Ou seja, PRECISO DE SOSSEGO!!!!

Ao menos tive a boa notícia de que meus pais planejam viajar. Ao menos um fim de semana de paz, onde vou poder dormir ouvindo música e passar o dia contemplando o doce silêncio da solidão. 

#Esperança


domingo, 19 de abril de 2015

Beirando os limites da sociopatia...!?

Bem, nunca tive muita paciência pra escrever sobre nada, muito menos sobre mim. Ironicamente falando sempre fui ótimo em redações, posso escrever páginas inteiras sobre qualquer coisa. Hmm. Talvesse eu devesse investir nisso, mas acho que não dou muito valor a essa habilidade, valorizo mais minha habilidade de aprender rápido sobre qualqur coisa... Enfim... devaneando, e essa é epanas a segunda postagem (kkk). De qualque forma, já comecei vários diários, a mão, mas sempre os larguei depois de um ou dois meses, por fim ficava meses escrevendo aleatoriamente e quase sempre sem nada de útil pra dizer. Não que essa postagem seja útil, ora, ninguém vai ler, espero, (kkkk).

Sem mais delongas, acho que resolvi fazer esse blog somente pra eu me desacarregar, escrever sobre qualquer coisa que eu ache importante/interessante sem nenhum compromisso. Então, é bem provável que escreva aqui somente quando eu estiver cheio. Cheio do mundo. Não, do mundo não. Dos meninos. Francamente esse é o único ponto em que eu tenho problemas. Sério! Não passo por dificuldades financeiras, graças a Deus, tenho uma família ótima, que me ama e me apoia em tudo, consigo ter uma boa caminhada na igreja, já que ultimamente participo de vários movimentos e pastorais e sem querer me gabar, ou massagear o meu ego já superinflamado, sou inteligente o suficiente pra ser bem sucedido em quase qualquer área. Vejo isso pela faculdade. Não sou o número um da turma, mas se me esforçasse, seria até o número um da universidade. Ok ok, talves eu esteja exagerando, mas com certeza me destacaria, isso é fato. Como professor, ainda estou só nos estágios iniciais da minha formação, mas os mais experientes na área já preveem minha eficiência. Ou estão me enganando, não sei dizer.

Por isso digo que o meu único problema fica aqui, no plano afetivo. Nunca tive muito jeito pra relacionamentos. Sejamos sinceros, não sou nem de longe o cara mais bonito nem da minha rua, talves não seja de todo feio, ou talves seja sim, mas bonito, disso eu tenho certeza.

Como não sei como continuar a partir daqui sem me demorar por 25 páginas em cada quase relacionamento que eu já tive, vou só colocar aqui uma mensagem que mandei pra uma amiga a algumas semanas. Tava passando por um momento complicado, como estou agora, e escrevi isso num rompante de desabafo com ela. Não costumo fazer isso, desabafar. Reclamar sim, e muito, mas desabafar desse jeito não...

"Pode até ler, mas ignora, não tem importância.


Estava pensando sobre algumas coisas a alguns dias... Primeiramente já venho notado a alguns meses, sempre a noite, começo a conversar e ir por um caminho que não devia. Geralmente com o ***. Depois veio o ***, agora o ***. Oq todos tem em comum? São todos inexperientes, cheios de dúvidas e mal resolvidos. Parece uma patologia, uma queda por essas características. Não sei a origem disso, mas parece ser algo permanente. Mas o caso mais recorrente tem sido o do ***. Pq eu fico investindo numa coisa sem a mínima possibilidade de dar certo, ai invés de correr atrás de alguém que pode dar certo. Parece um pouco de psicopatia, demais até pra mim. Mas tem algo nesse medo, nessa insegurança que me atrai, e isso me assusta. Hj eu me enxergo como um doente, alguém louco por pessoas indefesas. Não sei se procede, mas tenho pensado assim. A verdade é, eu sou apaixonado por ele, pq mesmo com o ***, ainda flertava com o ***, e agora, ao invés de me importar com o ***, ainda ligo pra ele. A psicologia diz que só se pode ser apaixonado por alguém por até 8 meses. Ninguém agüenta  mais do que isso. Depois disso, a paixão vira amor ou obsessão. Qual será? Tenho medo da resposta. Repetindo, algo por ele eu sinto, agora, se é amor ou obsessão, não sei dizer, ou não quero descobrir. Mas eu vou ter de resolver isto antes de seguir em frente. Não posso ficar eternamente estacionado em algo que nunca vai evoluir... Só não sei ainda como proceder, mas eu vou descobrir...! 



Enviado pelo meu Windows Phone"

Acho melhor ter tirado os nomes por motivos de: vai que o Google enlouquece e algum deles acaba vendo isso neh? kkkk Então, acho que isso é mais um desabafo geral do que sobre o que eu estou sentindo agora. Precisava registarar isso dai em algum lugar, não sei ao certo o motivo.

Vamos então a atualidade: Estou me recuperando de um quase relacionamento. Como assim um quase relacionamento? Bom, para a grande maioria, quando se está ficando com uma pessoa ainda não se tem um relacionamento de fato. Justo. Mas na minha concepção retrógrada e mais apropriada a uma moça do século XVII do que pra um rapaz do século XXI me diz que nós tinhamos sim alguma coisa, um relacionamento de mão única (referência que eu tirei dos quadrinhos de uma revista feminina destinada a garotas de 12 a 15 que eu DEFINITIVAMENTE NUNCA DEVERIA TER LIDO). Ficamos apenas 2x, ou foram 3, não lembro bem, acho que foram 2 mesmo. Caso gravíssimo de memória reprimida. Bem, depois de ser dispensado brutalmente por ele uma vez e quase ter tido um acesso de desespero e num rompate ter batido na casa dele em busca de respostas eu posso dizer que tinha quase que superando (mentira), então ele voltou, e ficamos de novo, e quase fizemos uma coisa pela qual eu teria me arrependido pronfundamente. Obviamente eu nãoe stou pronto pra ter relações sexuais com ninguém, ou pelo menos não com alguém mais desequilibrado do que eu. De qualquer forma, dessa vez acho que foi mais fácil, talves tenha sido o trauma da rejeição anterior. Ele não estava pronto, e talves e talves eu também não estivesse. Foi embora dizendo que não poderia mais fazer isso, não poderiamos mais ficar, medo, medo de quem ele é de verdade. 

Fontes seguras no entanto, (leia-se aqui: redes sociais, especialmente o Facebook, ah, o Face...!) me dizem que ele está lidando com isso melhor do que eu, sinal de que interiormente, ele está lidando com isso de uma maneira bem pior do que eu. (Sim, eu não escrevi errado, conheço bem a peça). Mas provavelmente isso também significa que ele está com uma dúzia de caras bombados que com toda a certeza não tem um terço do respeito pelo corpo dele que eu tive. Enfim, é a vida que segue. Ainda nessa semana ele respondeu minha mensagem, umas das muitas que eu já mandei, todas sem resposta, todas visualizadas e ignoradas com sucesso (Parabéns pra mim. Fica aqui o questionamento pra outro dia: Quantas mensagens sem resposta pode-se enviar antes de se perder a dignidade? Algo entre 3 ou 5? talves eu devesse ter parado entre 9 e 32) e me pediu que voltasse a vê-lo, mas, como já era de se esperar, cortou a conversa na metade de novo. Louco.

Depois disso teve um amigo que veio me visitar, não que isso seja incomum, ele vem quase todos os fins de semana já a uns três meses. Bom, ele veio e não, não estou apaixonado por ele. Ou pelo menos coloquei na minha cabeça que não iria me apaixonar por ele. Em vão. Ledo engano o meu... Não se estou apaixonado, na verdade não sei se essa é a palavra certa. Enfim, já que eu comecei, lá vai a história: Eu não tinha problemas com ele até o dia em que passamos a dormir juntos (sim, só dormir), e ai eu, que sou uma pessoa exessivamente carinhosa, comecei a avançar na intimidade, hoje, por exemplo, não é raro dormirmos de mãos dadas ou abraçados. Mas desde o começo ele tinha deixado bem claro que eu não teria nenhuma, nem a mais remota das chances com ele, e inclusive me tornei seu confessor. Bom, então o circo já estava armado, apegado a um cara com quem eu tinha intimidade, mas uma intimidade amiga, não de outro tipo, até que num belo dia, numa reunião de amigos, uma resenha, se preferir, ele ficou com um outro colega na minha frente, e os dois ficaram se agarrando compulsivamente pelo resto da noite.

Sim. Eu sei.

Traumatizante.

Amigo traíra.

Ódio eterno por ele desde então.

Ele sabia que eu estava me apaixonando pelo outro, me conhecendo um pouco pelo menos, ele podia ter tido ao menos a consideração de não ter feito na minha frente. Mas não. Enfim, sou displicente demais pra fazer mais do que me lamentar por isso. 

Anyway...!




Desde então eu abalei um pouquinho. 

E esse fim de semana foi complicado justamente por isso. Ando carente. E ele veio me ver. Vamos as contas: 

Biel carente + amigo intimo que não gosta de mim = depressão e fossa pesada;


Depois que ele foi embora, eu comecei a conversar com um outro colega. Uma criatura das profundezas por quem me apaixonei perdidamente a 7/8 anos atrás e nunca consegui esquecer. Continuando nossa continha: 

Biel em depressão e fossa pesada + cara por quem ele foi xonado por 7 anos dando moral = Treta, e das grandes.

Claro que um momento de fraqueza como esse só podia terminar em coração partido. Resumindo minha situação numa música de Beyoncé: 

"I don't wanna be without you, babe

I don't want a broken heart

Don't wanna take a breath without you, babe

I don't wanna play that part
I know that I love you, but let me just say
I don't wanna love you in no kind of way, no no
I don't want a broken heart
I don't wanna play the broken-hearted girl
No, no, I'm no broken-hearted girl...(8)"


Voltando a realidade, eu me declarei pra ele, dizendo em resumo como gostei dele todo esse tempo e coisa e tal e o que ganho em troca? FRIENDZONE...!!! Disse que não seria justo ficar comigo pra esquecer o ex e etc e tal e mais um monte de desculpas daquelas do tipo "Não te acho bonito, não te pegaria mas também não sei como te despensar." e foi isso, resumo do meu fim de semana. Trágico.

Agora estou aqui, em frente ao computador, ignorando minha mãe que insiste que eu coma algo (sem apetite, obrigado!) meu pai que está com cheiro de cerveja, pq bebeu mais do que devia já que o meu Padrinho veio nos visitar e ele gosta da companhia do mesmo pra isso. 

Agora a tarde tive uma reuniãozinha das equipes de liturgia que siceramente não me acrescentou em nada, já que eu conheço o basicão da liturgia muito bem. Fui cantar (ou melhor, tentar) na Missa das 17h numa capela aqui perto e depois vim pra casa, onde estou no escuro ouvindo uma Live de 2011 das Girls' Generation, e nesse momento acabou de rolar um solo muito foda de guitarra com a melodia da Ode to Joy do 4° movimento da 9° Sinfonia do Beethoven. Épico.

Acho que pra uma segunda postagem ( a primeira de fato, se considerarmos que a anterior foi um textinho foda que eu achei numa página do Facebook) já está suficiente. Como disse lá em cima, provavelmente vou me cansar de escrever em poucos dias, Até lá, vamos ver se eu consigo tirar algum proveito daqui. 


De qualque forma, até a próxima...! (Se é que tem álguem lendo isso, francamente espero que não)