sábado, 25 de abril de 2015

Contando até 10...

Não sei bem por onde começar, por isso sentei aqui já a alguns minutos, botei algumas baladas do Kyuhyun pra tocar e estou esperando a inspiração chegar. Não é que eu não tenha nada oara escrever, pelo contrário, o problema aqui é justamente conseguir organizar o turbilhão de forma a conseguir botar tudo pra fora. Respirando fundo. Contando até 10...

Hoje eu levantei cedo, antes do celular despertar, de forma inesperada até, depois de ficar rodando na cama, após o pequeno trauma de ontem. Tinha um encontro vocacional no em Brasilia, mas como terminou mais cedo do que de costume, eu cheguei por volta de 13h e deitei um pouco. Não deu muito certo. Os pensamentos de aflição voltaram. Todos ao mesmo tempo. Tenho vontade de gritar, mas não tenho força, e não sei também em que isso poderia ajudar. 

Não sei porque fiquei assim, não foi o primeiro fora que levei, nem o último certamente também. Mas isso me derrubou, e como. Eu me senti como se o chão que estava sobre mim despencasse, e eu junto com ele, e caisse, sem parar, descontrolodamante ao fundo de um abismo, uma abismo escuro e frio. Um abismo onde eu vou ter de lutar muito para conseguir então sair de lá. Mas não sei se vou conseguir subir o suficiente para sair, talves só consiga chegar um pouco mais encima, mas permaneça lá para sempre. Estou com sono, o antialérgico que tomei antes de sair de manhã ainda faz efeito, me deixa nervoso e cansado. Mas o meu nervosismo tem mais de um motivo. O primeiro deles é a TPM compartilhada de uma amiga. Depois, a medicação, e por fim, o nosso ocorrido de ontem. Acho que vou explodir, e talvez leve metade do mundo junto. Ta, vou diminuir o drama. Minha vontade é de apenas me explodir. 

Me pergunto agora o motivo de algumas pessoas se aproximarem de mim. Não sei se posso afirmar ser interesse. Não tenho nada a oferecer. E se fosse também, é normal, tudo no homem é movido por interesse. Mas a dúvida permanece, porque se aproximam de mim? E pior, porque se aproximam somente pra me afastarem depois?

Me questiono o que tem de errado comigo. Possessivo demais? Grudento demais? Feio demais? É isso, causo repulsa nas pessoas? Por isso fogem de mim? É melhor ficarem sozinhas do que comigo? O que tem em mim que causa tanta repugnância? Mas porque isso tem de ser importante? Porque preciso de alguém comigo? 

Hoje acho que o Instituto realmente quis nos perguntar se queremos ou não de fato entrar lá. O outro rapaz que estava comigo está indeciso. Eu não tenho disso. Entro no dia que me chamarem. Ao menos lá dentro não terei que me preocupar com isso. Será um fardo a menos. Um problema a menos. Sei o que muitos dirão: entrar no seminário pra fugir da vida é sinal de fracasso. Mas será mesmo? Assim como todos tem de abandonar alguma coisa para entrar, é isso que eu abandonarei. Essa vida de carência e desafetos. Essa vida de desejos e mais desejos.

Era mais feliz quando me obrigava a não me apaixonar, quando me obrigava a viver sob um voto de castidade, mesmo sem nunca ter feito um oficial. Era mais fácil, podia me entregar com mais facilidade a Deus. E não me preocupava com quem em queria ou não. Seria bom voltar a ser assim... Sem querer depender do carinho daqueles que não podem me dar...

"Deixe que eu chore, pela minha sorte, e que eu suspire, pela liberdade...!"


Acabei de encontrar um novo álibi, pois o meu novo remédio pode provocar instabilidade emocional e surtos psicóticos, segundo a bula. Já tenho alguém a quem por a culpa caso surte por ai...

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