Pode não parecer um início muito promissor, mas a minha postagem será um texto que encontrei navegando pelo Facebook essa semana. Como sou um defensor fiél do Estado Confessional e Católico, não pude deuxar de admirar cada vírgula que esse jovem escreveu.
Criei esse blog no intuito de funcionar como um diário pessoal, provavelmente não vou publicar com frequencia, mas sempre que tiver com vontade de desabafar, vou vir por aqui... De qualque forma, não espero visualizações, até por que nem vou divulgar isso, apenas será algo pessoal. Por que não escrevo no word mesmo? Não quero ficar dependente do computador fisico, e aqui posso acessar de qualquer lugar...!
Bom, por fim, vamos lá:
"O estado laico é uma farsa. Prová-lo, é empresa simples. O fundamento essencial do laicismo é a ideia que o estado não pode professar uma religião específica e nem tampouco confundir-se, de algum modo, com alguma. Esse princípio existe porque o estado laico encara todas as religiões como ideologias. Por quê? Porque ele não reconhece nenhuma como verdadeira, por isso não se associa com nenhuma.
Criei esse blog no intuito de funcionar como um diário pessoal, provavelmente não vou publicar com frequencia, mas sempre que tiver com vontade de desabafar, vou vir por aqui... De qualque forma, não espero visualizações, até por que nem vou divulgar isso, apenas será algo pessoal. Por que não escrevo no word mesmo? Não quero ficar dependente do computador fisico, e aqui posso acessar de qualquer lugar...!
Bom, por fim, vamos lá:
O Estado Laico é uma Farsa!
"O estado laico é uma farsa. Prová-lo, é empresa simples. O fundamento essencial do laicismo é a ideia que o estado não pode professar uma religião específica e nem tampouco confundir-se, de algum modo, com alguma. Esse princípio existe porque o estado laico encara todas as religiões como ideologias. Por quê? Porque ele não reconhece nenhuma como verdadeira, por isso não se associa com nenhuma.
Se o estado laico encarasse alguma religião como verdadeira,
obviamente ele teria que se associar a ela, e, logo, deixaria de ser laico,
caso contrário o próprio estado teria de reconhecer se alicerçar na mentira e no
erro, o que tornaria a sua existência e a legitimidade das suas ações todas
elas questionáveis. Qual a consequência disto? Esta: o estado laico trata as
religiões como ideologias, para que nenhuma pareça verdadeira; e, tratando
certas ideologias como religiões, encontra motivo para não se associar a
nenhuma e tampouco permitir que alguma seja promovida pelas leis e instituições
públicas.
No entanto, ideologias que não se baseiam nalguma realidade
metafísica podem tranquilamente se misturar com o estado e permear as suas leis
e instituições. Ou seja: o estado laico, observando, de cima, as várias
ideologias que existem na sociedade civil, aceita ser diretamente influenciado
por aquelas que não professam um caráter religioso, enquanto que afasta as que
professam, sendo que, TODAS, exercem influência na vida de todos os cidadãos,
independentemente de compactuarem com elas ou não.
A própria ideia de que estado e religião não podem se
misturar já é, por si mesma, uma auto-refutação do laicismo. O estado não pode
se misturar com supostas ideologias religiosas, mas pode se misturar com outras
ideologias que não possuem uma pretensão metafísica e litúrgica. Por que o
estado pode se misturar com ideologias, mas não pode se misturar com religião
(que, para o estado laico, são ideologias como outras quaisquer)? Se quando o
estado se mistura com uma religião específica todos os outros cidadãos que não
compactuam com esta religião se sentem desfavorecidos, a mesma coisa se dá
quando o estado abre espaço para que inúmeras ideologias, que inúmeros cidadãos
não compactuam e até mesmo repudiam veementemente, influenciem as leis, as
instituições, a administração civil e as ações do governo.
Vou dar um único exemplo para fortalecer a compreensão. O
laicismo proíbe que o catolicismo seja ensinado nas escolas, com a
justificativa de que quem não é católico vai ser prejudicado. Todavia, não
existe nenhum laicismo que impeça que a ideologia social-democrata exista e
utilize os recursos de uma parte dos cidadãos para financiar saúde, transporte
e educação ''gratuitas'' para outros cidadãos, sem se importar com o fato de
que existem muitos cidadãos que não compactuam com a social-democracia e
portanto se sentem prejudicados em ceder o seu dinheiro para financiar serviços
para os outros. Alguém poderia perguntar: ''Mas se acabarmos com a
social-democracia, não afastaremos o problema?'' Respondo: Não.
Independentemente da existência ou inexistência de um viés social, o estado
sempre tem que estar vinculado a alguma ideologia, caso não esteja vinculado a
alguma religião. Não é possível torná-lo impermeável às ideologias, como
veremos.
O que acontece é que o estado laico escolhe a possibilidade
de ser influenciado por valores e interesses meramente temporais, ao passo que
rejeita e afasta a possibilidade de ser influenciado por valores e interesses
temporais e atemporais, quando, AMBOS, influenciam a existência concreta da
comunidade, inclusive na mesma medida. Logo, todo e qualquer estado laico é
promotor do ateísmo, da mesma forma que é um promotor da ideologia secular e
liberal e de outras ideologias que não tenham nenhuma pretensão metafísica.
Muito imparcial, não é mesmo? Estado laico significa um estado no qual a
religião não tem vez, mas as ideologias, sim. Ora, por que um religioso deveria
aceitar essa palhaçada? Ter as suas crenças e valores expelidos do estado,
enquanto outras crenças e valores podem perfeitamente encontrar lugar nele e se
misturar com ele?
Se o estado pode se misturar com ideologias, não temos por
que aceitar o pressuposto de que as religiões devam ser excluídas da festa.
Isso chega a ser um insulto contra a inteligência. Se existe algo que não
deveria se misturar com o estado, são as ideologias. Qualquer imbecil sabe
muito bem que religião e civilização foram, e são, conceitos impossíveis de
serem separados. Logo, não seria nenhuma insanidade vincular a religião ao
estado. Da mesma forma, qualquer imbecil sabe que as maiores catástrofes da
história da humanidade aconteceram não quando o estado se misturou com religião,
mas quando se misturou com ideologia.
Sendo assim, não é de maneira alguma aceitável que o estado
se misture e legitime ideologias enquanto repele todas as religiões. Ou o
estado aceita ambas, ideologia e religião, ou não aceita nenhuma. Mas, como eu
disse, é impossível que o estado (qualquer um) exista sem se misturar de alguma
forma com ideologia ou com religião. E, também, é impossível que o estado laico
exista professando uma religião, pois não seria mais laico. Por isso ele é uma
farsa. Ele tem que se misturar com ideologias e interesses diversos. Mas se
acha na obrigação de não se misturar com religião. Faz sentido, na cabeça do
Tiririca.
Percebam que a questão não envolve o problema da religião,
em si mesma, tomada como uma cosmovisão espiritual ou algo que valha. O
fundamento do estado laico, para afastar a religião, não tem nada que ver com
ausência ou existência de divagações metafísicas ou liturgias, mas sim com o
fato de que uma religião específica, quando promovida pelo estado, desfavorece
e desagrada quem não a segue, gerando consequências práticas, reais, para os
indivíduos. Mas, como eu disse, a mesmíssima coisa acontece com todas as
ideologias: a partir do momento em que o estado promove e é influenciado por
alguma, essa relação gera consequências para a vida de todos os indivíduos,
inclusive para aqueles que não seguem esta ideologia. Ou o estado laico
reconhece que o motivo que o impele a se afastar da religião é este, que acabo
de provar ser uma farsa, ou então tem de admitir que é ABERTAMENTE HOSTIL À
RELIGIÃO, e por isso a repele. Das duas, uma. Não tem escapatória. Se
lembrarmos que a ideologia laicista se espalhou como uma peste com a Revolução
Francesa, uma das catástrofes mais violentamente hostis à religião que o mundo
já viu, não fica muito difícil ligar os pontos.
É irrelevante a existência ou inexistência de
espiritualidade, para a análise. Sendo assim, não existe razão para que o
estado promova ideologias e se misture com elas, mas não promova religiões e
nem se confunda de algum modo com elas. Ambas, ideologias e religiões possuem
os seus defensores, seus apoiadores, e sempre existirão pessoas que se sentirão
prejudicadas quando o estado promover o que elas não seguem e reprovam. Por que
com a religião o tratamento é um, e com as ideologias é outro?
Lembrando que, da mesma forma que liberdades individuais
podem subsistir em um estado laico, também o podem em um estado que não o é.
Igualmente, da mesma forma que liberdades individuais podem ser violadas por um
estado que não é laico, também o podem por um estado que é. Aliás, o próprio
conceito de liberdade individual, para um estado laico, é indefinido. Pode ser
um tanto maior como um tanto menor.
Alguém poderia dizer, para justificar que o estado afaste as
religiões enquanto abraça as ideologias, que as religiões são falsas. Ora, e as
ideologias são verdadeiras? Outro poderia afirmar que o estado é laico porque
Deus não existe. Ora, prove que não. Outro poderia dizer que religião é coisa
de fé. Os adeptos das ideologias possuem tanta fé nelas quanto os mais
fervorosos religiosos. Ideologias possuem uma visão de mundo, as religiões
também. Ideologias professam alguma verdade, as religiões também. Ideologias
possuem os seus expoentes intelectuais, as religiões também. Ideologias pretendem
realizar alguma transformação na sociedade humana, as religiões também. Se as
religiões podem tornar o estado autoritário, as ideologias também podem.
Religiões promovem valores e costumes, as ideologias também. Religiões possuem
adeptos e opositores, as ideologias também. As pessoas podem matar em nome da
religião, assim como podem matar em nome da ideologia.
Sendo assim, o que justifica que o estado seja preenchido
por diversas ideologias, ao passo que afasta a religião? Eu sei o quê: UMA
IDEOLOGIA. Uma ideologia que um cristão não deve compactuar.
Comprovada a farsa do estado laico, podemos seguramente
dizer que não há razão para que religião e estado não se misturem. Conservar
essa separação é um interesse de uma ideologia específica, que surgiu em um
certo período da história, e que influenciou muito o nosso tempo. Nada mais que
isso. Não é um princípio verdadeiro ou amparado pela razão. Não é nem mesmo
coerente, como mostrei. E não se trata, como querem alguns cristãos, de
estabelecer diferenças entre um suposto estado laico e um estado laicista,
sendo que o primeiro seria o verdadeiro estado laico, que seria desejável, ao
passo que o segundo seria um estado farsante e ateu, hostil à religião. Não:
todo e qualquer estado laico é um engodo, sempre será um estado ateu (porque
aceita o ateísmo, enquanto ideologia que não possui pretensões metafísicas e
rituais, ao mesmo tempo em que rejeita as religiões, pelo motivo oposto) e
sempre será um estado hostil à religião e permissivo com ideologias ‘’não-religiosas’’.
Para um católico, portanto, não resta alternativa a não ser
se posicionar contra o estado laico. Mas, um problema essencial surge: como
católico, ninguém pode colocar as outras religiões ou as ideologias contrárias
ao catolicismo no mesmo patamar de importância política que o próprio
catolicismo. Por um motivo muito simples: quem o faz é o estado laico, porque é
ateu, não acredita em uma verdade universal e é relativista. Mas o católico
acredita numa verdade universal, e não é relativista. Logo, não poderia
defender um estado laico e tampouco um estado não-laico no qual todas as
religiões e ideologias tivessem parte na mesma medida. Sendo assim, um
católico, se quiser ser coerente, só pode apoiar um estado oficialmente
católico, não-laico e não-relativista.
Nem vou perder tempo para mostrar que a doutrina católica DE
SEMPRE nunca aceitou o estado laico, muito menos o liberalismo, que é o seu
pai. Qualquer católico que já leu duas Encíclicas papais na vida sabe disso. A
doutrina católica sempre defendeu um estado católico, porque todos os poderes e
todas as instituições da terra, principalmente as políticas, possuem a sua
origem em Deus. Se todos os poderes possuem a sua origem em Deus, o poder do
estado não poderia constituir uma exceção. A maior finalidade do estado deve
ser administrar a justiça, respeitar a Lei Natural, seguir os ensinamentos da
Igreja e auxiliá-la no projeto de conduzir os povos rumo à salvação. Só um
estado católico pode fazer isso."
(Felipe Lustosa)
Retirado de uma página do Facebook
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