sábado, 18 de julho de 2015

Dynamis

Ta, não preciso nem esperar eu terminar de escrever pra saber que hoje não vai render muita coisa. Na verdade, só to escrevendo aqui pois seria piegas demais pra eu dizer qualquer coisa pra alguém, mas no atual momento, sinto um grande e norme vazio dentro de mim, e não, tenho certeza de que não é fome.

Penso em muitas pessoas, penso em querer ficar só, penso que devia pensar em outra coisa, mas não sai nada. Por isso aposto no vazio. Um grande 'NADA', uma grande buraco.


To refletindo acho o desespero da Sinfonia N° 1 do Penderecki que eu to ouvindo agora. Musiquinha pertubadora moço... Sabe aquele sentimento de estar numa floresta a noite, ouvindo o uivo dos lobos se aproximando, com as folhas quebrando debaixo dos pés e a aura de um suicído mal explicado no ar, como se alguém estivesse prester a te derrubar e pisar no seu pescoço, lhe impedindo de respirar. Você corre arfando, desesperado, mas sente que está andando em círculos. Os animaizinhos, outrora engraçados e dóceis, aparentam surpreendente disposição a violência, a presença deles mais aumenta o desepero do que conforta realmente. De repente você encontra uma cabana, mal ela não aparenta ser nada aconchegante, pelo contrário, o som dos ruídos de passos aumentam, mas não é possível identificar de onde vem, quando de repente algo duro te acerta na cabeça. E assim termina a história.

O sangue escorre pela cabeça, quente, a visão falha, e por ser noite a visibilidade se reduz a quase zero ao passo que uma aura de maldade se estende a sua volta como os tentáculos frios de uma mente perturbada.

A inspiração se reduziu a zero, e a irritação só aumenta com o barulho da minha irmã atrás de mim, talvez seja melhor eu ir dormir. Sair daqui.

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