“O que realmente sinto falta é de ter clareza mental do que devo fazer o segredo é encontrar uma verdade que seja verdadeira para mim, encontrar a ideia segundo a qual eu possa viver e morrer” (Søren Kierkegaard)
Não venho conseguindo escrever, nos últimos dias adoeci de tal modo que tenho apenas ficado na cama, excessivamente consciente de cada dor. Uma infecção tomou conta das minhas vias respiratórias e logo atingiu a garganta, resultando em amigdalite. O resultado: dores por todo o corpo, febre, enjoos, calafrios. Faltei a semana inteira de trabalho, e não estou muito melhor agora. Desconfio de dengue desde o princípio, mas não vou contrariar os médicos. Só têm sido dias ruins, doloridos, cansados.
Mas, de que adianta ficar em casa para me recuperar se aqui é tão ruim quanto a outra opção? É tudo inferno, aqui e lá. Pessoas me perturbando o tempo todo, choro de criança, entra e sai de gente, impossível descansar assim. Eu preciso logo dar um jeito de sair daqui. Não aguento mais ficar vivendo entre dois infernos nessa vida desgraçada.
Hoje foi o primeiro dia em que me vi com menos dores. Ainda estou com um pouco de incômodo na garganta e alguns pontos doloridos, mas nada comparado com os últimos dias.
Estou feliz porque hoje tem a estreia de ThamePo na Netflix, e domingo episódio novo de Your Sky. Só me incomoda que tenha sido necessário ficar doente pra conseguir aproveitar isso. Mas, paciência... Espero poder mudar isso em breve. Ao menos tenho, nessa sexta, um breve lampejo de vontade.
Posso não ter dinheiro para pedir comida, ou amigos com quem possa partilhar esses momentos, mas ainda tenho esse brilho, os sorrisos de William e Est, de Thomas e Kong... Algo que ainda me faça querer viver, mais um único dia que seja...
Porque em todos os outros só o que vejo é uma sucessiva apresentação de desgraças, e mais uma vez a vida parece querer triturar todos os sonhos, reduzir as ilusões a pó. Não se deve sonhar, não se deve amar, não posso comer, sair ou me divertir, sempre cansado demais. E ainda dizem que a culpa é minha. Malditos!
Mas essas coisas são apenas coisas que interessam a mim. Eu fico querendo falar sobre eles, ou comentar como fazia, depois de cada episódio, mas não tenho mais disposição, e as pessoas com quem eu converso não querem ouvir sobre isso. Sinto, mais uma vez, que tudo que amei, amei sozinho. E então é melhor que eu venha aqui, e dizer que o Est está absurdamente lindo, e que eu achei que só o William ia sustentar o drama da série, mas com uma boa direção ele também conseguiu sustentar bem, e eu chorei no primeiro episódio. Fui dormir feliz.
Ao menos os sorrisos,
os tímidos
os safados
os intencionados
um moço tímido e o outro de saco de cheio de tudo
mas com um sonho no peito
e então ambos vão atrás dos velhos conhecidos
Uma história de amor
que começou na simplicidade de uma mentira
e que agora já ocupa boa parte dos corações daqueles novos amantes
que vão descobrir que o amor real é bem mais profundo que o fingimento.
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