sábado, 22 de fevereiro de 2025

Distrações

"Há sempre algo de ausente que me atormenta." (Camille Claudel)

Nada muito que dizer sobre meu aniversário, um dia que considero chato e dispensável, ainda mais do que todos os outros. Felizmente passou rápido e despercebido, tanto melhor assim do que qualquer atenção boba. Aliás, das convenções humanas essa é uma das que considero mais idiotas. Há tantas outras coisas mais dignas de celebração. 

Por exemplo, os novos anúncios da DMD pra esse e próximo ano, eu poderia fazer uma conferência inteira sobre isso, sobre como eles têm explorado ainda mais que os outros o ideal de beleza perfeita, desses amores que nascem de aparentes confusões, mas que, ao fim, tudo se torna perfeito. Gosto disso, é como uma pausa desse mundo real, onde as confusões são e a nada termina bem.

Uma pena, seria bom poder falar disso. Mas também nem sei se teria disposição, muito embora tenha ficado bem mais animado depois de ver tudo que anunciaram. Não sei. Espero recuperar, nos próximos dias, alguma disposição.

Gostava quando o Zolpidem me fazia escrever mais e mais páginas de cada vez. Tenho ficado cada vez mais lacônico. Ou talvez a depressão tenha me tirado isso também.

Bem, é assim que as coisas são. Um ou dois amigos perguntaram se eu estava bem. Uma amiga me visitou e saímos pra tomar uma caipirinha de Pitaya, amo caipirinha. 

Bem, já que os remédios já não me apagam mais depois de uma dopada inspiração, eu mesmo vou deitar pensando em Kong, Namping e Ohm vestidos de bruxinhos, a coisa mais fofa, em Keng e Namping numa trama xamânica lutando pela vida, e pelo amor, em Por e TeeTee esbanjando fofura e no Nunew saindo do estilo estrela e assumindo o papel do aldeão com sonhos, fofo, ingênuo e lindo. 

Espero que possa sonhar com isso. São minhas distrações.

"Quando você compreende que vai morrer qualquer dia desses e não vai restar nada, tudo se torna insignificante! Eu considero muito importantes as minhas ideias, mas, ainda que se concretizassem, elas me parecem tão insignificantes... Assim, a gente vai passando a vida, se distrai com a caça, com o trabalho, só para não pensar na morte." (Liev Tolstói)

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