domingo, 31 de maio de 2015

6 days later... Um ensaio sobre a vocação...

Sim, eu sei.

Morri?

Nop...

Passei a semana no Retiro de Convivência com os membros de um instituto em Brasília. Uma experiência única. Simplesmente incrível. Mas antes de falar sobre ela, falarei um pouquinho da minha cominhada vocacional, que começou a pouco tempo atrás mas já renderia uma daqueles livros de pseudo formação espiritual vendidos na Canção Nova a R$10,00. Vamos? 

Na playlist, B1A4, e pra me acompanhar, uma caixinha de dell Valle Laranja Caseira. 

Há alguns anos atrás, em meados de 2012 se não me engano, quando me tornei catequista na Paróquia São Francisco de Assis, eu dizia a todos que queria me formar em História ou Filosofia, me tornar professor, depois, fazer Teologia e continuar a carreira como Catequista. Como em apenas meio ano eu consegui ums alto considerável na hierarquia da catequese, isso meio que me subiu a cabeça. Em poucos meses eu passei de um auxiliar de catequista a um Catequista Titular de 3 turmas, membro ativo da Liturgia, do Teatro da Catequese e conhecido por uma parcela consideravelmente influente da comunidade. Não tinha motivos pra me preocupar com vocação sacerdotal, estava muito bem assim.

Mas como eu devia prever, isso não duraria muito, e se eu subi com facilidade, com mais facilidade ainda eu caí. Lá pro fim do ano, uma amiga minha resolveu me ajudar com uma das minhas turmas, até que era divertido... Quando a catequese terminou, ela se aproximou muito de uma de minha catequisandas. Bom, eu sabia de tudo e sinceramente, fiz o que achava certo, se a jovem tinha cuiriosidade, porque não dar moral as investidas de minha amiga? A essa altura eu era muito próximo de ambas e como confidente, agi como uma espécia de ponte entre elas. Bom, elas ficaram algumas vezes e estavam praticamente namorando. Tudo ia bem até que os pais da jovem descobriram, contaram ao Pároco, espalharam a história e foi aquele pandemônio. Fui expulso de tudo o que fazia parte e proibido de me aproximar de qualquer coroinha e/ou afins, inclusive de um menino por quem eu era apaixonado.

Aquilo foi um golpe cruel demais pra mim. Me destruiu, meus pais acharam que eu iria entrar em depressão. Ouvia boatos de um possível processo e entrei em pânico. Como fui praticamente expulso, procurei outra paróquia para trabalhar, visto que já não era mais bem vindo por aquelas bandas. Resolvi permanecer apenas na Pastoral do Dízimo, as quartas feiras, em consideração a uma amiga;

Pois daí vim para essa paróquia, até então, Quase Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Aqui, fui muito bem acolhido pelo pároco e pela maioria da comundade. Aqui, me tornei catequista novamente, membro da Pastoral da Juventude, Servo da Renovação, Acólito e mais tarde Cerimoniário, suplente da Liturgia e do Batismo, mais tarde Secretário Paroquial. A essa altura, um Seminarista que aqui fazia pastoral, vinha me questionando sobre um possível discernimento vocacional no Instituto a que ele pertencia. Sem muita eficiência, diga-se de passagem. Vale ressaltar ainda que eu fugia com muia frquência dos comentários do tipo "você quer ser padre?", e sempre com a mesma desculpa, de que queria ser apenas professor.



O então pároco daqui também tentava sem maiores sucessos, me convencer a fazer os encontros, até que um dia um amigo meu resolveu fazer, e pela proximidade que ele tinha com o pároco, estava com a entrada praticamente arranjada. Héteros tem preferência e não precisam passar pelos 3 a 5 anos de observação antes de receber um sonoro 'não' como eu.

De qualquer forma, fui então convencido a fazer os encontros. E fui brutalmente desarmado. Me vi numa situação deseperadora. Ora, não tinha mais perspectiva, meus planos tinham sido arruinados e eu só conseguia pensar em entrar para o seminário. Na verdade, ainda penso muito, muito mesmo nisso. Mas claro, a situação no Seminário Diocesano não era tão simples assim. Por ter sido franco e me assumido para o então reitor, fui para os escrutinios, onde sou observado por um grupo de pessoas que no fim das contas decidiram se posso ou não ser aceito lá. A levar em consideração as muitas confusões que me envolvi depois disso, a maioria delas incluindo acusações de assédio e má administração de sacerdotes da diocese, essa opção é praticamente nula.

Restou-me então recorrer ao Instituto, do seminarista que citei anteriormente, que mais tarde se desligou da instituição e hoje namora com uma moça da Paróquia. Esse seminário não tem uma das melhores reputações entre os seminários brasileiros, mas ainda consegue que seus candidatos sejam ordenados. Então para mim, é mais do que suficiente. E ainda me identifiquei com o carisma da casa, o estudo das Sagradas Escrituras e das Linguas Bíblicas, algo fascinante.

Durante o ano de 2014 eu fiz os encontros em ambas as instiuições. Fui negado no diocesano e ninguém foi admito ao religioso. Nesse ano, não consegui ir a nenhum diocesano, mas fui em todos do religioso, e sinceramente, me sinto otimista dessa vez. Fui muito bem tratado pela maioria. A dinãnica é muito boa e particularmente, acho que me identifiquei com todos no geral. Quem sabe então isso não signifique que eu possa ter uma chance, não é?

De volta a realidade paroquial, estamos nos preparando para a Solenidade de Corpus Christi. Com direito aos tapetes para a procissão eucarística e tudo. Estou ansioso, mas ando meio cansado. Mesmo que, como a procissão só será daqui a 3 dias, estou na verdade sendo cauteloso. Mas acho que tudo dará certo no fim. Com fé em Deus. 

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