O sol brilha forte, mas a temperatura continua baixa. O bebê sorri com toda sua fofura, e eu me derreto todo, é claro. Encontrei uma playlist de um cantor japonês que não conheço com uma excelente seleção de músicas indie. Comprei uma caneca fofa ontem. É isso, algumas alegrias pequenas, porém ainda são alegrias não é?
O grande Vox Patris se aproxima de sua casa, muitas cidades se encantam com o colossal tamanho do maior sino a ser colocado no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade - GO. Gosto da iniciativa para lá de ousada de colocar um sino gigante no centro de uma cidade. Num Brasil que adora perder as tradições e inventar modas toscas, a retomada dessa beleza é algo realmente notável. Independente de todas as contradições financeiras e legais, eu ainda apoiaria a causa. Vox Patrix soará retumbante anunciando as horas canônicas e a presença do Cristo na Eucaristia, e o povo de Deus, nação santa que caminha nas estradas do mundo rumo ao céu, ouvirão e entoarão louvores ao Senhor.
O sino é sinal de convocação. Sempre chamou os fiéis para as celebrações ou outras reuniões públicas, anunciava falecimentos, vitórias, a chegada de visitantes ilustres e, claro, a alegria do Natal e da Páscoa, centro e ápice da fé cristã de onde viam todos os seus simbolismos. E então eu rogo a Deus, que esse sino a ser abençoado por gestos tão belos e simbólicos, ele é lavado ou aspergido, ungido várias vezes, recebe um nome, possa ser um sinal de convocação a cristandade para um retorno, retorno para o seio da Santa Mãe Igreja, obediente ao ensinamento de séculos, sem os achismos de nossa fraca natureza pecadora, mas fortalecidos pelo Espírito que sopra em nós a Verdade que é o próprio Cristo, e que os sinos convocam a ouvir com solicitude e firmeza.
Assim como as águas do Batismo nos matam para o pecado e ressuscitam para uma vida nova, que seu som nos recorde essa realidade de tamanha gravidade e nos ajude a ter a firmeza, e a beleza, de seu som: que nosso, sim, seja firme e alegre.
Assim como crismados recebemos a Confirmação do Batismo e o Espírito Santo nos desce de modo a nos tornar defensores da fé, que suas badaladas possam ser uma recordação da força de espírito que precisamos para enfrentar tantos inimigos, incluindo dentro da própria Igreja, que deram ouvidos ao inimigo, "pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais dos males espalhadas pelos ares." (Ef 6, 12).
Também assim como na hora da dor e da aflição recebemos da Santa Mãe Igreja o remédio salutar do corpo, mas principalmente da alma na Unção dos Enfermos, que o som da Voz do Pai nos dê força nessa, que a saúde, não apenas do corpo, se difunda sobre a terra.
Não é um símbolo de ostentação, é a reafirmação da maior coisa já criada: a Igreja prefigurada por Deus desde toda a Eternidade para salvação dos homens. Assim como vimos nas últimas semanas, com os sinos tocando fúnebres, o falecimento do Papa Francisco, mas dias depois cantando alegres a eleição de Leão XIV. Naqueles dias, o mundo todo se voltou para uma pequena chaminé, esperou ansioso por uma fumaça branca e o anúncio de um nome desconhecido por todos que, a partir daquele instante, se tornava pontífice entre o céu e a terra. Por isso toda grandiosidade em nome da Igreja ainda é pouca, pois querida por Cristo desde toda a eternidade e, sendo seu corpo visível, deve refletir ao máximo a glória divina para conquistar o coração duro de nós homens para que um dia a alcancemos lá no céu.
"A Ele toda honra, glória e louvor pelos séculos dos séculos, amém!"
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