Estava tudo muito bem, as coisas não aparentavam estar ruins. Não que de fato não estivessem, pois estavam, estão, mas eu me iludi e passei a crer que estava tudo bem! Coloquei por sobre os olhos uma máscara onde o mundo era cor de rosa e branco, e não consegui ver o mundo que despencava bem diante de mim...
Num momento de descuido as lentes caíram, meus olhos se abriram, e a verdade fria e cruel estendeu-se a minha frente. Não tive sequer o tempo de entender o que se passava a minha frente e uma lâmina entrou em meu coração. O aço frio fez a minha carne quente gritar em desespero, e retorcida pelas mãos firmes do meu algoz aquela faca bebeu o meu sangue.
Eu não morri naquele momento. E a chuva começou a cair. De joelhos no chão enlameado eu me entreguei a visão etérea de contemplar o meu assassino a partir lentamente, de costas para mim a olhar a lua de seus desejos, na noite de chuva, enquanto todo o mundo se desfaz em ruínas.
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