Fiquei em dúvida se o abraçava, se o socava ou se chorava ajoelhado aos seus pés. Como foi difícil!
Eu o abracei, talvez porque esse fosse meu instinto mais primitivo, e revelasse o desejo mais íntimo e latente do meu ser.
Eu o abracei de forma doce, e o perfume do seu cabelo não me inebriou, mas acalmou o meu coração que batia forte desde que o vi andando em minha direção. Eu quis correr, me esconder.
Olhar para você pode me fazer chorar a qualquer instante. E eu não quero chorar mais, não há em mim mais dignidade a ser derramada em lágrimas pois os últimos dias se resumiram a choros intermináveis e momentos de desespero, até em meus sonhos as lágrimas se fizeram presentes.
Não aguento mais chorar!
Não aguento mais o sentimento de de estar completamente e absolutamente desnorteado por não ter o que fazer para evitar que se vá, segurando a mão dela. Tudo isso acontece pelo medo que tenho de ela o tirar de mim, e não posso suportar a ideia de dividir você com alguém desprezível assim.
Enquanto os últimos dias foram marcados pelo mais absoluto horror, hoje foi marcado pela insegurança. A necessidade de ter você você por perto, segurando minha mão ou me abraçando, gritou mais alto em alguns momentos. Em duas oportunidades encostou a sua cabeça na minha, e em duas oportunidades em em concentrei com todas as minhas forças para não dizer a você o quanto temo que se vá, o que desejo que fique, e que nunca saia de perto de mim, que nunca deixe de me abraçar.
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