sábado, 23 de maio de 2020

Resenha - 2gether: The Series

Tine é um estudante e líder de torcida muito bonito e popular, enquanto Sarawat é um discreto membro do clube de música que fica famoso depois de substituir o guitarrista de uma banda numa apresentação no campus da faculdade. Quando as aulas começaram Green resolveu se declarar para Tine e começou a segui-lo em todos os lugares. Com isso Tine resolve pedir para Sarawat fingir ser seu namorado para afastar Green. É aí que as coisas começam a fluir, e eles começam a se perguntar: pode uma armação evoluir para algo mais? Existe amor a primeira vista? 

2gether foi a aposta BL da GMM TV pra esse primeiro semestre de 2020 e a série disparou na frente de várias produções, despertando críticas positivas e negativas e, claro, muitos comentários. O elenco principal contava com várias carinhas conhecidas mas os dois protagonistas surpreenderam por serem desconhecidos. 

Win Metawin interpreta Tine, o mulherengo que entrou pro clube dos líderes de torcida para ficar mais popular entre as meninas. Com uma baita autoestima ele tem que fugir o tempo todo das investidas do Green (Gun Korawit, de SOTUS S e TOMGAY), até que decide fingir um namoro, e o namoro de mentirinha vai ficando cada vez mais verdadeiro. Ja Bright Vachirawit acha uma encheção aquele calouro vir atrás dele pedindo pra fingir um namoro, mas acaba aceitando e, com o tempo, vamos entendendo que ele tem uma razão para agir como namorado do Tine, agindo como se tudo fosse verdade. 

Outros personagens são o P'Mil (Drake Laedeke, de My Tee) que começa a gostar do Tine também. Phukong (Frank Thanatsaran, também de My Tee) que é irmão de Sarawat e que se interessa pelo Mil. Type (Toptap Jirakit, de Waterboyy The Series e 3 Will Be Free), irmão de Tine e Man (Mike Chinnarat, de Theory of Love) que se apaixona pelo Type e passa metade da série correndo atrás dele. Os amigos deles também são todos carinhas conhecidas, tem o Pluem Pongpisal (de Kiss Me Again e Dark Blue Kiss), Gun Chanagun (de SOTUS e SOTUS S) e JJ Chayakorn (The Gifted e He's Coming to Me) e Khaotung Thanawat (My Tee e Blacklist). 
Depois que Tine e Sarawat começam a namorar, Green desconfia de que seja mentira e começa a ficar de olho nos meninos, o que os obriga a ficarem cada vez mais próximos, e a descobrirem que talvez nada seja por acaso ali, e que algo mais forte pode estar crescendo. 

Tine é, com todo o respeito, um dos personagens mais lentos dos BLs, ele leva séculos para entender que está gostando de Sarawat e que na verdade o músico faz de tudo para cuidar dele. Sarawat, por outro lado, é um exemplo de homem que ama e cuida. Ele não se envergonha de tomar conta de Tine e de demonstrar o quanto ele é importante, mesmo que ele sempre reclame de ter que cuidar do Tine. 

A química entre Bright e Win é incrível, dentro e fora das telinhas, tanto que o fanservice deles tem sido muito bem feito desde que a série começou. As cenas fofinhas dos dois arrancam suspiros e a gente fica querendo proteger eles de qualquer coisa! Os dois são, se dúvidas, um dos casais mais vistos do ano. 
A série tem uma construção de personagens excelente até os últimos 3 episódios, quando a coisa desanda um pouco, e que causou as muitas críticas. A série tomou um rumo um pouco diferente da novel, que tem mais cenas de sexo e beijo e isso desagradou muita gente. Eu, por outro lado, só acrescentaria um pouco mais de intimidade pro casal principal. O último episódio só faltou uma cena pra ser perfeito! A polêmica foi a seguinte: qual o problema de demonstrar afeto em publico? Casais gays também se beijam (acreditem se quiser!), também andam de mãos dadas. Mas parece que o diretor, ou roteiristas, não foi corajoso o suficiente pra mostrar isso. 

A trilha sonora é simplesmente incrível. Como muito da ação gira em torno do clube de música que Tine se junta e do qual Sarawat é veterano, temos muitas músicas lindas o tempo todo, especialmente da banda Scrubb, a favorita do protagonista. 

A fotografia pode não chamar muito a atenção, mas segue bem o padrão da GMM TV e ainda consegue ser muito bem feita. 

2gether é uma boa pedida pra quem curte um romance açucarado, e pra quem gosta de ver amor em pequenas demonstrações de afeto. Particularmente uma série muito boa, que poderia ser excelente, se trabalhasse um relacionamento gay com um pouquinho mais de veracidade e coragem. Acho que, atualmente, já é hora de aceitarem que casais gays se tocam e trocam carinho em público, e que tudo bem beijar, beijar é normal, afinal são namorados e não amigos (se bem que alguns amigos também se beijam mas isso é outro assunto). 

Enfim, colocando tudo na balança, super recomendo a série pela construção mas infelizmente não pela finalização. 

07/10

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