domingo, 28 de abril de 2024

Ridículos

É impressionante como eles se julgam melhores. Se dizem preocupados, vamos nos cuidar, diminuir o ritmo. Ridículos, são todos ridículos porque no dia seguinte me exigem o impossível como se fosse algo simples. E AINDA TÊM A AUDÁCIA DE DIZER QUE ELE FOI ERRADO EM FAZER O QUE FEZ. Não passam de lixo, piores que a escória. Partir foi a melhor coisa que ele poderia ter feito, só o culpo por fazer antes de mim, e me deixado com essas pessoas que preferem que elas mesmas me matem ao invés de me darem autoridade, que é minha de direito, sobre minha própria vida. E ainda dizem que não tinha nenhum sinal. No meu caso, vão dizer o mesmo quando há mais do que sinais e rumores, mas a declaração explícita de que não estou bem e a culpa é deles por exigir de mim o que não se exigiria de cinco pessoas altamente produtivas? Se atreverão a chorar também? Hipócritas, não já não vou mais querer consolação, já não mais existirei. 

Você me ama? Desculpa a pergunta repentina, eu sei que você já me respondeu isso, mas hoje tem sido um dia infernal, e acho que estou um pouco carente, só queria um abraço, ou ficar deitado no seu peito um instante, ou se pudesse, desaparecer…  

Não estou bem, ultrapassei todos os limites do meu corpo e da minha mente. Já não funciono mais. Foi preciso tomar uma atitude rápida, urgente, como um último grito antes da morte. O dia claro, bonito até, me soa tedioso e eu só consigo pensar em quando poderei voltar a dormir, em mais ou menos nove horas. Estou quase a ponto de tomar novamente aquela resolução, calma e serena, daquele dia em que, retornando da Missa, tomei todas as cartelas de remédio que podia e, por uma infeliz resistência do meu corpo, apenas me fizeram dormir direto por dias, mas que não foram capazes de me matar. 

Como eu sou ridículo, mesmo agora, em que já não aguento mais nada, ainda penso e me preocupo com ele, mais do que comigo mesmo. Mas, ao menos, ele ainda vive, ao contrário de mim. 

Parece que estava certo, realmente querem, de algum modo, me sacrificar. Eu realmente valho tão pouco assim? 

Não tenho vontade de mais nada, nada, e não consigo parar de escrever porque, ao mesmo tempo, algo pulsa dentro em mim e precisa demonstrar. Há algo ainda que quero dizer, mas não há encontro palavras, é uma experiência que me comove, que me incomoda de tal modo que não consigo exprimir senão por balbucios. Há ainda algo vivo dentro de mim? 

Ontem duas amigas me perguntaram das minhas perspectivas para o futuro. Não as tenho, minha única perspectiva são os episódios dessa semana, nada além disso. 

Hoje tem a prévia do novo trabalho do Inn Sarin, um de meus atores favoritos, e eu só queria estar mais animado com isso, mas parece que até o sorriso doce dele perdeu o brilho para mim. Vou tomar meu costumeiro coquetel de remédios de todo fim de semana, dormir por algumas horas, e acordar para, quem sabe, me deixar levar pela fofura de Moo e Kang em Only Boo, que tem sido a minha única dose de fofura nesses dias escuros.

Talvez se pudesse ser fofo assim também...

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