quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Com toda minha alma

Minha mente é minha maior inimiga. Quando eu mais devia me alegrar por perceber que infundadas eram minhas paranoias, por perceber que ao meu redor tem pessoas que me amam e que zelam por mim eu simplesmente fico atônito. 

Atônito por não conseguir crer que eu sou merecedor dessa amizade, de todo esse carinho e atenção quando carinho e atenção eram justamente aquilo que eu queria. E como eu queria! Eram, literalmente, tudo o que mais almejava com toda minha força de alma carente. Tudo o que eu queria era suprir essa patológica necessidade de atenção e, quando isso acontece, me sinto indigno de tudo isso. 

É como se fosse errado aceitar isso, como se estivesse roubando o que era para ser de outra pessoa e não para mim. 

Sabotagem. 

Há algo em mim que não crer ser capaz de nada, que não acredita merecer nada. Há algo em mim que gosta de sentir-se derrotado, no chão lamacento da derrota, chafurdando na imundície da mediocridade. 

Não sei dizer o que é isso, mas é como um demônio, que cresce se alimentando de mim, de minha dor muitas vezes autoinfligida. 

Mas eu não quero esse demônio, eu quero me sentir feliz!

Feliz porque percebi que tenho amigos que me amam de verdade a ponto de discutirem como me ajudar, amigos que se importam, que me querem por perto, que me querem ver como vencedor, amigos que amam e que demonstram esse amor. Eu quero ser feliz porque já tenho tudo aquilo que queria, que almejava com toda a minha alma!

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