domingo, 10 de junho de 2018

Momentos

O cansaço do meu corpo hoje é uma coisa que não pode ser mensurada. Estou simplesmente acabado, com a dor de 7 atletas depois de correr uma mega maratona, como se tivesse atravessado a pé todo o deserto do Saara ou desmatado a Amazônia na base do tapa, acho que deu pra entender. 

Me deitei por alguns instantes depois da Missa da manhã, e simplesmente apaguei, acordando horas depois, completamente perdido no espaço, e triste por saber que ainda tenho outra Missa mais tarde, pois só queria poder ficar quietinho na cama até o mundo acabar... Será que demora? Espero que sim, pois do contrário vou ter de cometer a indelicadeza de dormir enquanto os novatos são levados no passeio de apresentação do céu, logo depois do Juízo Final... Brincadeirinha, eu não vou pro céu!

Não estou compreendendo a ressaca, porque nem bebi muito ontem na reunião de família que rolou aqui em casa, mas pelo menos já sei que vodka com chiclete mata sem anunciar... Ensinamento pra vida!

Acho que abusei um pouquinho da minha habilidade social ontem. Passar o dia sendo simpático, conversando com pessoas de verdade é bem mais complicado do que parece, e pensar que tem gente que faz isso parecer tão fácil... Não é um ensinamento pra vida porque nem de longe que pretendo fazer isso o resto da vida, eu vou ficar rico e morar na cobertura de um prédio em algum lugar onde ninguém me encontre e só comer e fazer compras pela internet, porque eu mereço.

Bom, minha consciência ta me acusando de escrever os últimos parágrafos numa tentativa, patética, de esconder a alegria que senti ontem a noite, ao ser chamado pra sair por um velho amigo. Mas a minha consciência quer que eu escreva sobre o quanto eu fiquei olhando pra ele com a mesma carinha sonhadora que uma criança olha uma máquina de algodão doce, e eu não vou falar disso, mesmo que eu tenha passado a noite olhando pra ele com a mesma carinha sonhadora de uma criança que olha pra uma máquina de algodão doce. A verdade as vezes faz a gente parecer um idiota, é complicado. 

Na verdade não é complicado, eu só digo isso pra me convencer de que a situação é mais difícil do que é e por isso me confortar com o fato de quase nunca saber como lidar com ela. No entanto dessa vez eu to feliz, sério, não me sinto completamente afetado, como sempre ficava, mas fiquei apenas feliz, pelo convite, pela noite e pelos sorrisos. Não preciso me preocupar com isso, preciso? 

Acho que é bom ter uma história simples de vez em quando, pra dar uma aliviada na pressão que é ta sempre ligado no 220 da frequência emocional. É bom ser só mais um carinha sorridente na multidão, sem necessariamente ter uma grande história de amor por detrás daquele sorriso. Alguns momentos não precisam ser grandes coisas, apenas são bons momentos. 

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