sábado, 2 de junho de 2018

O Herói e o Pesadelo

Não consigo verbalizar precisamente o que sinto em meu coração neste momento, mas desde cedo sinto uma vontade incompreensível de vir aqui e escrever, mesmo sem saber o que dizer eu sentia que precisava dizer, de alguma maneira, por mais truncada e confusa que fosse...

Os meus últimos dias tem sido marcados pela imagem do meu Herói, que perdeu sua máscara e se tornou o Pesadelo mais aterrorizante. 

Meu Herói era aquele cuja presença era capaz de salvar a minha pobre alma condenada. Aquele cuja voz grave me fazia acalmar os anseios mais desesperados, e cujo toque fazia meu corpo parar de tremer no exato instante em que se encontrava com minha pele. 

Esse Herói, está marcado em mim como uma figura dourada, bronzeada pelo sol e no entanto mais luminoso do que este. O calor que vem de sua existência fez aquecer meu peito frio, e despertou em minha mente as fantasias mais luxuriosas que poderiam habitar em minha lúgubre vida. Já não sei mais quantas vezes me vi desejando seu corpo sobre o meu, ou quanto sonhei com sua voz sussurrando meu nome entre gemidos de prazer. 

Não preciso dizer o quanto me doeu quando a figura do Herói se desfez em meios as sombras da figura do Pesadelo. Um Pesadelo frio, distante, cujo sol brilha para todos exceto para mim. Um Pesadelo que me lançou nos abismos da solidão, rodeado pelas paredes duras como aço que abafam os meus gritos desesperados pelo seu retorno. 

Mas até mesmo o Pesadelo mais assustador se torna uma lembrança distante quando acordamos. E me sinto agora retornando brevemente ao estado de vigília, já me distanciando dos horrores que presenciei, e contemplando aos poucos os traços da luz do sol que estavam perdidos entre a escuridão do meu coração...

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