sábado, 22 de dezembro de 2018

Alegria de Natal

São quase três da manhã, e as gotas esparsas da chuva escorrendo pelo telhado fazem um barulho engraçado na janela do meu quarto. Estou quentinho aqui dentro, mas o meu cabelo brilha com a umidade que me atacou quando fui abrir o portão agora a pouco. São quase três da manhã e eu acabo de fechar a porta depois de meus amigos terem ido embora, mas ele deixaram uma coisa comigo: seus corações.

Há muito, muito, não sentia esse calor no meu peito. Há muito não sentia essa sensação, de que há uma razão para estar aqui. 

Fizemos uma Cantata de Natal num comércio aqui da cidade, o que foi muito divertido, e pouco depois viemos aqui pra casa, como é de costume. Cantamos, brincamos, sorrimos, conversamos, e foi isso, apenas isso, capaz de acender de novo a fagulha que dentro de mim havia se apagado. E mesmo com a chuva forte chapinhando na janela e o vento uivando com o poder de um temporal de primavera o calor aqui dentro ainda me faz feliz. Eu sorrio aqui, sozinho no escuro do meu quarto iluminado pela tela do notebook, que também preenche o ar com o som doce e alegre de Kana Nishino. Alegria simples, alegria de Natal. 

Mesmo tendo motivos pra isso, não senti vontade de chorar, e sequer lembrei dele nessa noite, coisa que até pouquíssimo tempo me era impossível. Mas não, não foi preciso eu sonhar com ele me fazendo feliz porque eu já estava ali, feliz! E isso me basta!

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