domingo, 31 de março de 2019

Agridoce

Meu coraçãozinho não sabe como se sentir, está confuso. Não sabe se deve alegrar-se ou continuar sério, sem distrair-se. Não sabe como preceder. Não sabe o que sentir. 

Por um lado quero fecho os olhos e abrir um doce sorriso, pois meu coração se encontra abraçado por um sentimento quentinho. Por outro lado o medo, e uma parcela de bom senso, me diz que é melhor continuar frio e distante, me protegendo de tudo o que pode me invadir e machucar. 

Não sei como me sentir. Devia estar feliz? Devo continuar fugindo de todo e qualquer sentimento que ameaça nascer novamente? O machado dourado ou o martelo prateado? Devo dar uma chance ao amor, e assim dar uma chance a possibilidade de voltar a sentir dor, ou devo me fechar e conviver com a frialdade de um coração solitário, que constantemente anseia pelo calor do outro?

Contemplo figuras altivas, apolíneas, que despertam em mim o interesse, que as vezes me fazem sentir um algo diferente aqui dentro. Mas momentos depois elas fazem com me sinta novamente inferior demais para tentar qualquer coisa. Vou do alto abaixo em poucos instantes, como se aos poucos voltasse aquela montanha russa emocional que tanto me custou escapar tempos atrás. 

Me sinto, por um lado, contente, como já o disse, e por outro, apreensivo. Agridoce. Ambíguo. É assim que me sinto. Equilibrando em meu peito dois sentimentos conflitantes, opostos, numa dicotomia que não poderia se dar senão que num homem em conflito constante. 

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