domingo, 9 de abril de 2017

Olhar x Prisão

Ei, posso te dizer uma coisa estranha e bem inusitada? 

Hoje, por uns breves segundos, eu me perdi em meio aos seus olhos. Durante brevíssimos instantes eu achei que estava preso, mas não de uma forma ruim, muito pelo contrário, acho que seria até mesmo capaz de matar para voltar aquela prisão.

Foi num simples cruzar de olhares, naquele momento tudo mudou. Você deve ter percebido, olhei bem fundo nos seus olhos, pois foi neles que me perdi, e foi neles que me prendi, e me sinto ainda preso aquele olhar.

Olhar frio, mas não de uma forma ruim, sóbrio, porém ao mesmo tempo amoroso, compassivo. Olhei para eles e me vi frente um grandioso oceano de águas gélidas, mas de uma beleza idílica impossível de descrever com palavras. Me senti rodeado por aquelas águas de um azul mágico, quase sobrenatural, plasmático, algo que não acredito ser possível de encontrar na natureza com beleza semelhante. 

Apenas aquele breve instante, foi suficiente pra me arrebatar, já não estava mais onde meu corpo se encontrava, mas rodopiava nas águas daquele mar impetuoso, e mesmo sentindo que as águas daquele mar iriam me matar... Mas nesse mar eu gostaria de me jogar, tamanha era sua beleza hipnotizante. 

Disse que seu olhar era como uma prisão, pois quando me fitou, me deixou sem forças, preso a ele, preso aquela beleza arrebatadora e gélida, azul como o céu e fria como uma grande geleira. 

Em contrapartida, mesmo sendo de uma beleza profusa e gélida, também era uma beleza que me enchia de calor, de torpor e de amor... Me aprisionou com o olhar... 

Me deixe ver de novo aquele olhar... 

Me deixe habitar em seu olhar... 

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