terça-feira, 7 de novembro de 2017

Manhã de chuva

Levantei cedo, contra meu costume, para observar a chuva cair e as gotículas de água escorrerem pelas janelas. Pode parecer um pouco exagerado mas a beleza única de um dia chuvoso é uma das minhas paixões e, após dormir ouvindo o som delicioso das gotas contra ao telhado, decidi observar como as coisas ficam depois de acariciadas pela frialdade climática.

As ruas amanheceram completamente molhadas, e ainda posso ver fluxos da enxurrada em vários lugares. As folhagens perderam o marro, sofrido, e agora ostentam um verde esmeralda, brilham de forma vivaz e contagiam a paisagem de uma alegria ímpar. A umidade também melhorou, e para aqueles que assim como eu tem dificuldade de respirar no tempo seco isso é um grande alívio. O ar já não entra queimando, ardendo, mas apenas insufla com delicadeza o meu pulmão.

Como numa prece eu levanto os olhos aos céus, e pensando em Deus, dou graças pela camada cinza que impede a passagem de boa parte da luz do sol e indica que a chuva não vai embora tão cedo. Com isso percebe-se o quanto gosto do clima frio, do inverno, pois acho um bom contraste um mundo gélido onde habita o meu coração ardente.

Com efeito se tem algo que parece nunca se apagar são as chamas do meu coração, que mesmo após tempestades e tsunamis ainda insiste em fulgurar como uma bandeira desfraldada num campo de guerra. É com a poesia de um dia chuvoso que inicio hoje minha rotina, animado e inspirado pela forma ímpar que tem o mundo de encantar e de contrastar com o coração dos apaixonados...

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