sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Resenha - Still 2gether

Atenção, a seguinte resenha CONTÉM SPOILERS, prossiga por sua conta e risco.

E FINALMENTE TEVE BEIJO!

Essa com certeza foi a reação de metade do fandom BL que tanto reclamou da falta de beijos em 2gether (você pode conferir a resenha da season 1 aqui). Realmente eu também coloquei esse como um ponto negativo na temporada e os produtores se dedicaram a resolver esse problema. 

Antes de começar a falar do especial eu gostaria de fazer um pequeno adendo a toda a discussão que rolou na internet sobre o caso. Tá certo que a proposta era mostrar um relacionamento baseado no cuidado e no carinho, especialmente a dedicação que o Wat tem em cuidar do Tine e dos sentimentos que esse vai descobrindo sobre o músico. Isso eu entendi. O lance é que, na época em que vivemos, com a visibilidade que a comunidade gay tem é um pouco estranho mostrar um casal sem retratar esse lado afetivo, com beijos e carícias, com um pouco mais de realismo. Também entendi que não queriam ser apelativos, até pela classificação etária, mas é possível mostrar um relacionamento saudável sem soar excessivamente erótico. É esse o ponto: mostrar a realidade, e sabemos que um casal não vive só de sacanagem, mas também não são dois brothers né?. 

Dito isto, vamos ao que interessa. Still 2gether é um especial que a GMM lançou como complemento a primeira temporada, pegando carona na mega popularidade de Bright e Win. Claro que não iam deixar essa passar. 

Esse especial conseguiu, em 5 episódios, entregar até mais do que a primeira temporada inteira. Apesar da série ter sido realmente muito boa ela pecou em mostrar um desenvolvimento maior dos personagens, além do que já citei sobre o casal principal, os outros casais e personagens não tiveram nenhum desenvolvimento. Phukong e Mil praticamente não saíram do zero a zero. E aqui esses erros foram corrigidos. 

Houve uma troca de diretor, e o encarregado por esse especial foi o Backaof Aof Noppharnach (o mesmo de Dark Blue Kiss) e ele soube desenvolver muito bem a química entre os personagens. Finalmente o Phukong conseguiu alguma coisa do Mil, e convenhamos que desde My Tee o Frank e o Drake fazem um casal lindo e ninguém pode discordar (e se você discorda o problema ta em você, melhore). Man e Type também se mostraram, naquele jeitão de casal que combina um bobão apaixonado e o ranzinza ciumento. Green e Dim também foram mais do que um simples trampolim pro casal principal. Enfim, o que tinha faltado na primeira temporada pra elevar a série do patamar de muito bom pra excelente foi acrescentado aqui. 

Particularmente eu preferi colocar o especial junto da temporada, como um tipo de parte dois, porque acho que a coisa casou muito bem aqui.

Temos um Tine (Win Metawin) mais bobinho pelo salaleo, embora ele ainda tenha aquele jeitão dele de parecer que não se importa, mas ele se importa sim, e isso nós vemos numa cena belíssima e que o ator mostra um talento incrível numa atuação impecável. Além disso tem um Tine muito mais confiante a à vontade de dizer que tá namorando, a ponto de explanar o casal no YouTube e até de provocar o outro na hora do banho (safadinho). Sarawat (Bright Vachirawit) continua sendo o músico bonitão que é todo boiola pelo namorado. Sério, ele é atencioso, carinhoso e até safado quando precisa, é o pacote completo. Não podia deixar de comentar o mega beijo no último episódio, até eu fiquei com as pernas bambas com o Wat finalmente cumprindo a promessa de beijar o namorado até cair (aliás a promessa também sofreu uma promoção, vide foto abaixo). Se  eu queria mais beijos como qualquer casal? Queria! Mas admito que esse já valeu pra mim. 

Phukong (Frank Thanatsaran) abriu o jogo com P'Mil (Drake Laedeke) e fez ele sair da marcha lenta, o que já não era sem tempo. Ficou engraçado porque mesmo sendo mais novo Phukong é quem toma as rédeas da relação e dá o primeiro passo, bolando um plano todo pra fisgar o veterano. 

Eu não esperava que o plot de Man (Mike Chinnarat) e Type (Toptap Jirakit, que ta especialmente bonito por aqui) fosse tão bem feito também. Não foi só o Man correndo atrás do outro como um bobo sem um pingo de amor próprio, agora os dois já são um casal e agem como um casal, mesmo que a diferença de personalidade continue, o que é a essência de ambos. 

Green (Gun Korawit, trazendo representatividade pros atores assumidamente gays) e Dim (Guy Sivakorn) também tiveram mais espaço aqui. Se na primeira temporada tinha ficado no ar que o personagem principal não podia se apaixonar por ele por ser um gay afeminado mas podia gostar do outro que tinha pose de machão, aqui eles receberam um pouquinho mais de atenção. Green e Tine agora são amigos e se ajudam no clube de líderes de torcida, enquanto Dim continua enchendo o clube de música mesmo já tendo se formado. Os dois não ficam em cena por mais de dois minutos sem que comecem a brigar, mas eu gostei até que mostraram um lado mais maduro e até responsável dos dois. Isso em se tratando dos clubes, porque na vida amorosa os dois são tudo menos maduros, a revelação do último episódio mostra isso. 

A trilha sonora conseguiu superar também a primeira temporada, e olha que já tinha sido muito boa mesmo. Temos os personagens cantando e muita música do Scrubb. 

Por fim, a GMM também aproveitou pra fazer um pouquinho mais de propaganda de TonhonChonlatee, que estreia em breve e vai contar com o Khaotung no papel principal.O personagem dele aparece toda hora fazendo um monte de caras e bocas, mostrando a fofura e toda a expressividade do Khao. Um verdadeiro cristal.

No mais essa resenha é bem menor que as outras, visto que já tinha falado muito na da primeira temporada. Só o que tenho a dizer é reforçar que esse especial veio pra completar tudo aquilo que a gente sentiu falta antes, fechando a série com chave de ouro. Francamente eu acho que a GMM vai continuar explorando a popularidade de BrightWin, e não descarto uma próxima temporada ou até outra série. Dinheiro né meu bem. 

Nota 10/10

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