segunda-feira, 3 de maio de 2021

Resenha - Second Chance The Series

Histórias de amor sempre vem acompanhadas de conflitos, é a tensão presente entre dois corações, muitas vezes confusos e isso pode adiar aquele final inevitável que, tendo sido escrito pelas mãos do amor verdadeiro não poder deixar de acontecer de um modo ou outro, surpreendendo muitas vezes, já que o amor pode vir de onde menos esperamos. Ou não. 

Second Chance The Series conta a história de três casais, amigos ou colegas, que perguntam no íntimo de si se o amor merece uma segunda chance em sua vida. Paper (Tong Thanayut de TharnType) é presidente do conselho estudantil e bastante popular, além de ser um prodígio nos estudos. Ele perdeu sua família ainda muito jovem, o que o obrigou a ser muito maduro pra sua idade. Tongfah, seu melhor amigo, perdeu o pai recentemente e conta com a ajuda do outro para superar essa grande dificuldade. Tem também Chris (Mawin Tanawin, de TharnType) , amigo de ambos, que decide se aproximar de Jeno (Run Kantheephop, também de TharnType) um antigo amor não correspondido que é traumatizado com relacionamentos devido ao seu último namoro abusivo com Arthur, um rapaz violento e grosseiro e que, por isso, se fechou para o amor, não conseguindo mais confiar em quem dele se aproxima. 

O casal de suporte é Near (Games Nanthipat de With Love) e M (Nine Theepop), que trabalham juntos num café. Near é tímido e inseguro, e mantém um relacionamento online com um rapaz que ele não conhece pessoalmente, que na verdade é M, que por insegurança não contou a ele a verdade. Quando descobre, Near se afasta, com medo de que o outro tenha mantido o relacionamento em segredo por vergonha de sair com alguém como ele, que tem uma autoestima baixíssima. 

A série trabalha muito bem o tema principal apresentado no próprio título, uma segunda chance para o amor, mesmo depois de grandes decepções. Nossa primeira reação é a de erguer muros, desacreditar no amor, mas acontece que se a felicidade bate a nossa porta não há como resistir, principalmente quando somos confrontados com com a iminente presença da morte, isto é, do tempo que passa e não volta, dos momentos que não podem ser desperdiçados. 

A forma como trataram a descoberta do primeiro amor, e as incertezas que isso traz, o companheirismo que supera as dificuldades e a chance que se dá para um recomeço foram o destaque da série que, mesmo em apenas 6 episódios, consegue cativar. As atuações não são perfeitas, mas conseguem dar conta da proposta. Tong e Mawin estão especialmente incríveis, a química entre eles é ótima e o beijo foi simplesmente lindo. A minha ansiedade em ver o Tong como protagonista finalmente foi atendida. 

A direção também é mediana, a série perde o ritmo em alguns pontos, especialmente na transição do drama para a comédia, que fica forçada e desnecessária. É possível inserir um alívio cômico sem ser caricato demais. A trilha sonora não me chamou a atenção, deixando meu foco na trama em si e no imenso carinho que os personagens tem uns pelos outros. 

Gostei ainda de alguns detalhes, como os pôsteres nos quartos dos personagens, com títulos como Hoje Eu Quero Voltar Sozinho e Me Chame Pelo Seu Nome, o que indica uma maturidade maior em lidar com a sexualidade, sem ser algo escondido. Os personagens convidam uns aos outros para ir ao baile sem vergonha alguma e isso é algo de se orgulhar, afinal, amor é amor. 

A lição que fica é, se o amor for verdadeiro, vale a pena lhe dar uma segunda chance antes que seja tarde demais!

Nota: 07/10

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