quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Pra te fazer feliz

Não é nenhuma novidade que eu seja um bobão... Essa talvez seja a minha característica mais clara... 

Sou do tipo que faz piada com tudo, que reclama de tudo e que também ri de tudo... Talvez por esse motivo eu conheça bem o valor de um sorriso, de uma brincadeira, e como isso tudo é de grande importância para quem vive na verdade num mundo de dor e tristeza.

Não raramente eu posso parecer um verdadeiro idiota, mandando bobagens pra você, mas só faço isso porque quero te ver sorrindo. Na verdade é tudo uma tentativa desesperada de fazer você me notar e prestar atenção em mim... 

E eu sei que sou péssimo nisso...

Pois eu sei que você preferiria não ter me conhecido. Preferiria que eu não falasse com você, ou que eu te esquecesse completamente. Seria melhor não é? Pouparia seu tempo e paciência e evitaria mais dor para mim.

Essa deveria ser a minha decisão.

Mas não.

Eu preferi continuar insistindo. Mesmo sabendo que você não entende a maioria das minhas brincadeiras. Mesmo sabendo que minhas cantadas bobas não são mais do que um estorvo para você e que muito provavelmente só me atura como uma forma de satisfazer seus impulsos caritativos. É uma boa ação ser educado e me suportar, mas não é algo que gostaria de fazer, nem algo que flua naturalmente. É apenas pena, misericórdia.

Talvez fosse natural antes de saber das minhas reais intenções para com você. Mas quando descobriu, tudo mudou. Mesmo você continuando a falar comigo, eu sei que você não o faz mais da mesma maneira, a mudança foi sutil porém perceptível para um observador atento. E muito embora eu esteja distraído na maior parte do tempo, eu pude notar com facilidade sua mudança para comigo.

Você podia ter simplesmente me bloqueado em todas as redes. Nunca mais veria minha cara. Teria sido melhor. Mas o fato de você não ter feito nada disso já mostra o quanto tem um bom coração e o quanto eu deveria ser grato a ti.

Sei que por esse motivo eu deveria me fazer seu escravo para o resto da vida, pois eu merecia ser rechaçado da pior maneira possível, pois minha presença é desprezível, desnecessária e profundamente incômoda. Mas no fundo, a esperança me impede de tornar as coisas mais fáceis para você e desaparecer de sua vida. 

Me perdoe.

Me perdoe por ser esse  grandessíssimo idiota. Por tanto te incomodar. Por minhas cantadas tolas. Por minhas brincadeiras sem graça nenhuma. Por simplesmente insistir em fazer parte de sua vida mesmo sabendo que não há espaço para mim em seu coração. Me perdoe. Me perdoe por tentar te fazer feliz. Por tentar te fazer me amar. Por insistir em tentar despertar em você algum sentimento por mim. Me perdoe.

Eu sei que eu deveria sumir. Deveria morrer. Eu deveria desaparecer, nunca ter existido, mas não consigo fazê-lo. 

Infelizmente, muito embora no principio ele tenha sido concebido sozinho, o homem é um ser que abomina a solidão, então no meu íntimo eu ainda desejo a sua companhia como meu pulmão deseja o ar que nele insufla a vida. Essa minha natureza impura, imunda é o que continua me mantendo próximo a você. 

Te incomodando, te importunando.

Minhas brincadeiras, maneiras idiotas de te fazer sorrir. Muito embora eu nunca esteja sorridente quando as envio, mas apenas quando me responde. E só então meu sorriso é verdadeiro, pois sei que do outro lado da tela você, por alguns segundos, pensou em mim, e esse pequeno momento em que eu ocupo seu coração é para mim motivo de deleite. 

Sei que não é nada demais, não deveria me alegrar com tais bobagens, mas é assim que as coisas são na cabeça dos loucos, e isso não mudará.

Infelizmente.

Pois ainda queria sumir de sua vida, deixar que vivesse sem saber que eu existia. Mas não consigo. 

Ainda não. 

Então, por um certo tempo terá de suportar ainda. Terá de me aguentar tentando te fazer feliz. De minha forma boba, mas sincera. 

Eu sinto muito, realmente.

E justamente por sentir demais é que não estou pronto para te dizer adeus ainda. Espero um dia ser capaz disto. 

Um dia, quem sabe, eu torne tudo mais fácil para você.

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