sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Profundidade

Não somos importantes.

 Não somos indispensáveis. 

Todos são substituíveis e sempre haverá alguém capaz de fazer tudo o que fazemos de uma forma ainda melhor. 

Reconhecer isso deveria ser humildade, no entanto, penso que essa seja na verdade uma realidade cruel. 

Passamos os nossos dias dedicando nossos pensamentos e sonhos com pessoas que sequer pensam em nós senão como pobres coitados. Almas infelizes que insistem em importunar e incomodar. Aquela frase do Facebook criada apenas para entristecer encontra na realidade então base suficiente para se firmar como uma máxima verdadeira: "aquela pessoa só não te responde porque está falando com alguém mais importante." 

É um fato. Não digo isso porque tomei um vácuo, na verdade foram vários. Mas porque hoje o que anda prevalecendo é ainda o joguinho da conquista, do se fazer de difícil. 

AS PESSOAS ESQUECERAM QUE PALAVRAS SERVEM PARA SE COMUNICAR. 

Por isso nos obrigam a participar de seus joguinhos doentios. 

Se estamos gostando de alguém, devemos dizer. Se não temos intenção de ficar com alguém, também devemos dizer. É simples assim! Mas as pessoas gostam de complicar, e nos obrigam a embarcar nesses joguinhos de interesse que francamente, cansam mais do que trazem algum resultado. 

Mas também não somos inocentes nessa brincadeira insana... Ah não... Nós embarcamos, caímos nas armadilhas. 

Pegamos nossa dedicação, nossos sentimentos, e depositamos justamente nessas pessoas vazias, ou que simplesmente não pediram por nada disso. E então nossos sentimentos são descartados. Jogados fora. Afinal, não somos importantes. Existem pessoas mais interessantes por aí. 

Acho que meu problemas estão justamente aí... Despejar sentimentos demais em pessoas que não os pediram. Para mim, essas pessoas se tornaram vazias. E de pessoas vazias eu estou fugindo. Eu quero profundidade. Quero alguém que mergulhe comigo no oceano do desconhecido. Que desbrave o mundo ao meu lado, e que esteja disposto a enfrentar mil exércitos por mim. Quero pessoas que falem sobre qualquer coisa comigo pois não querem parar de falar comigo.

Mas isso não acontece. Se eu não chamar não há conversa. Se eu não insistir não tem papo, e se eu preciso forçar é porque não vem naturalmente. E eu não quero nada superficial, quero sentimento natural, daqueles que brotam no coração e transbordam num sorriso. Não quero só educação. Eu quero profundidade, quero amor de verdade.

Será que isso existe de verdade, ou é apenas mais uma invenção de minha mente perturbada?

"De repente me deu vontade de um abraço. 
Uma vontade de entrelaço, de proximidade. 
De amizade, sei lá. 
Talvez um aconchego que enfatize a vida e amenize as dores. 
Deu vontade de poder rever. Saudade de um abraço. 
Só sei que me deu vontade desse abraço" 

(Autor Desconhecido)

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