sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Sobre marcas e ônibus

Tenho algumas impressões em mim, mas não sei como poderia expressa-las com o mínimo de exatidão possível. Embora eu tente, e leve minha mente ao limite, não consigo conceber palavras que consigam mergulhar nas profundezas de minha alma, e trazer a superfície as coisas que lá se passam.

Enquanto caminhava de volta pra casa, um pouco incomodado pelo clima abafado que nos últimos dias tem predominado em minha cidade, eu pensava em como algumas pessoas vivem desequilibradamente. E como o desequilíbrio tem feito parte da vida das pessoas, é impressionante! Vivemos agarrados as nossas próprias verdades, concebidas em nossas mentes pequenas e abortamos prontamente toda e qualquer ideia que não seja absolutamente igual aquelas que criamos e consideramos como absolutas. 

E então vivemos cegos por elas, pelos conceitos criados com base em nada, apenas fruto de um exercício de investigação pautado em nossos numerosos preconceitos. Me incomoda ver então como pessoas poderiam estar felizes e realizadas mas então lamentando-se por cruzarem o caminho que elas mesmas escolheram para si. E não há nada que possa fazer para mudar isso, por mais que tente a interferência externa é para essas pessoas apenas um estorvo. Trata-se do famoso "não há como ajudar quem não quer ser ajudado." 

Dando continuidade aos pensamentos quase sem nexo algum eu também me peguei refletindo sobre a transitoriedade das nossas relações humanas. Isso porque vi a foto de uma pessoa que me era querida, e que hoje é praticamente estranha na minha vida. E isso me levou a outra pessoa de história semelhante e bem, aqui estou eu, ouvindo uma Playlist com musicas românticas que atingiram o Top 10 da última década na Tailândia, porque gosto de me torturar e porque é sexta e noite e estou sozinho no meu quarto, sem ninguém com quem sair e nem pra poder beijar. Vida que segue. 

Mas acho que no fim das contas, a moral da vida, se é que tem alguma, é que você se lasca pra aprender, e no fim morre! Bom, ainda preciso trabalhar um pouco mais pra rebuscar isso ai mas em resumo é exatamente assim que acontece. 

No fim a vida não é cheia de belezas, mas repleta de uma pedagogia cruel, dura, que imprime seus ensinamentos na carne dos homens a ferro e fogo, mas que faz desaparecer o mesmo homem ao final de sua existência patética. 

Incrível a quantidade de pensamentos absurdos que podemos ter num banco de ônibus a caminho de casa, mais incrível ainda a quantidade de pessoas que passam em nossa vida, e que deixam suas marcas, mas assim como as da pedagogia da vida, só deixarão de existir quando findar a nossa existência miserável. 

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