terça-feira, 5 de setembro de 2017

Adeus aos castelos

É chegado o momento de dizer 'adeus' as antigas tradições, as antigas intenções, as antigas convenções. É chegada a hora de enterrar as criaturas que das nossas sombras nasceram, e que para elas nos puxaram, obrigando-nos a viver num mundo de escuridão que não existia fora de nós, mas em nosso coração. É chegada a hora de uma hecatombe varrer esse mundo de desilusões que criamos, com a esperança de ser um refúgio para nossos pensamentos, mas que apenas trouxe a nós dor e sofrimento. 

Me parece uma necessidade, largar para trás os prédios abandonados onde um um dia pensamos em construir um belo castelo. É melhor deixa-los nos destroços que se tornaram, que virem areia na praia do novo mundo para onde iremos. Que se tornem nada mais do que poeira, pois não serviram como base para nossos castelos. Que se tornem aquilo que quiseram ser, nada!

E o mesmo para as pessoas, que não quiseram ficar, que se foram, que morram! Todas longe de nós, sem nos chamar, sem se arrepender, pois se quiseram partir, que não interrompam a nossa caminhada depois de decidirem não mais caminharem ao nosso lado. Não merecem nossa companhia, nem nossa consideração. Podem ter o mesmo destino que os prédios velhos, que fiquem abandonadas a própria poeira. 

Não quero me ocupar dessas coisas velhas, mas isso não significa que estou esquecendo de minha história, apenas estou fazendo com que elas (as coisas) tem em minha memória apenas o lugar que lhe é de direito, o de ser apenas memória, e nada mais, nada que me prenda, nada que me impeça de ser mais, de ser melhor. E é por isso que a partir de agora todo aquele que não quiser ser uma rocha firme será reduzido a pó pela minha mão, pelo meu próprio coração. 

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