quinta-feira, 9 de junho de 2022

Resenha - Dear Doctor, I'm Coming for Soul

Contém SPOILERS!

Depois de 6 anos do lançamento do clássico, e trágico, Grey Rainbow, Nut e Karn retornam como interesse amoroso em Dear Doctor, I'm Coming for Soul numa produção do Studio WabiSabi que prometeu muitas emoções e um romance que deve ser mais forte que a vida e a morte.

Prakan (Nut Nutchapon) é um médico cirurgião extremamente dedicado que constantemente recebe a visita de Tua Phee (Karn Kasidej), um ceifador de almas que parece estar sempre por perto quando algum paciente está em estado grave. Com isso Prakan desperta uma espécie de rivalidade com o outro, que permanece impassível em sua missão e, por alguma razão, parece querer estar sempre próximo do médico, inclusive alugando uma casa em frente a dele.


A princípio o médico rejeita a presença do outro, que tenta se aproximar amistosamente. Além disso Prakan está competindo com seu primo, o orgulhoso Metha (Yacht Patsit, de Love By Chance) pelo cargo de chefe da cirurgia, e por isso ele não pode perder nenhum paciente, ao passo que a presença de Tua Phee claramente ameaça esse objetivo. 

Os dois, no entanto, compartilham uma forte ligação que é explicada mais tarde na história e inevitavelmente acabam se aproximando, até que o que antes era apenas uma rivalidade sobrenatural se torna algo ainda mais forte. Mas ambos são de mundos diferentes e isso pode tornar as cosias ainda mais difíceis para eles. 

A história gira então do dilema de Prakan em querer salvar seus pacientes, tornar-se o chefe da cirurgia para melhorar o hospital de sua família e sua conturbada relação com o ceifeiro que, embora seja seu inimigo natural, insiste em ser amigável, atraindo-o. 

O desenvolvimento é muito bem feito e o dilema do protagonista é mostrado com muita força em vários momentos. Prakan realmente se preocupa com todos os seus pacientes, mas ele não consegue ficar longe de Tua Phee e isso significa que ele precisa se conformar em ver as pessoas partirem, mesmo quando ele faz de tudo para salvá-las, levando-o quase ao desespero.

Tua Phee lida com seus próprios problemas, apaixonado por um humano ele precisa tomar cuidado para não quebrar as regras do submundo e revelar a Prakan segredos dos ceifadores de almas, ao mesmo tempo em que nos é revelado que ele apenas aceitou esse trabalho para poder ficar ao lado do outro. Ele vive então de frente com a dolorosa verdade de que ambos são de mundos diferentes e que isso inevitavelmente vai acarretar em dor mais cedo ou mais tarde. 

Essa tensão permeia todos os episódios da temporada, e só é amenizada em alguns momentos em que eles conseguem se entender e passam a agir como um casal, aceitando seus sentimentos e as consequências de um relacionamento tão complicado. Aliás, assim como em Grey Rainbow mas agora ainda mais maduros, Nut e Karn tem muita química juntos e protagonizaram cenas maravilhosas, seja de drama intenso até cenas fofinhas ou mais quentes. 

Também indo na contramão de muitas produções onde apenas os protagonistas recebem atenção, a maior parte dos personagens ganha uma boa profundidade nos seus sentimentos, mostrando que todos têm um motivo para serem como são. Isso pode ser visto com o casal secundário, onde Kheeta (Pat Chatburirak, de My Ride) um doce enfermeiro apaixonado por Prakan acaba se aproximando de Nathee (Tae Weerapat) um arrogante residente que se junta a equipe de Metha e tenta usar o enfermeiro para descobrir as fraquezas da equipe rival. 

Apresentando uma história diferente, onde a ação se passa num hospital e não em escolas ou universidades, Dear Doctor inova com um roteiro interessante, uma boa direção e personagens cativantes e complexos, o que resulta numa série ótima para quem quer fugir dos BLs clichês mas não abre mão de um bom romance. Destaque para a ost principal, cantada pelo já conhecido Boy Sompob, fenomenal. 

Nota: 09/10

Um comentário:

  1. Assistindo,só ainda não vi o episódio final , mas mesmo não tendo legenda PT Brasil gostei , me preparando pro final que já saiu ,mas ainda não assisti.

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