quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Convite

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler

Será que você tem coragem, de me encarar de frente, e ver o que há em mim, de mais belo e também de mais torpe? Você não se assustará, ao ver que a aparência doce esconde uma víbora perigosa, que minha boca é cheia de veneno mas que meu coração ainda tem muito amor? 

Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Cuidado, muitos se assustaram ao ver o que não queriam. Eles se foram, fugiram de mim, e de meus gritos. Mas eu garanto, que se olhar de perto, as paisagens do meu eu vão te fascinar, mais do que qualquer coisa nesse mundo. O meu mundo, é maior, mais brilhante e mais fascinante que qualquer mundo!

Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha a minha cara
É só mistério, não tem segredo

Sinto-me como um livro que nunca foi aberto, que nunca foi lido como deveria. Muito de mim ainda está por ser descoberto. Quem ousará transpor os umbrais de minhas consciência? Quem se atreverá a romper o selo do meu peito e ver o meu coração? 

Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

Eu te convido, a me abrir, a me contemplar, a ver o que há dentro de mim. Posso me derramar em você? Você pode ver quem sou e o que sou, sem se assustar?

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