domingo, 1 de março de 2020

Resenha - Until We Meet Again

O amor pode superar qualquer coisa, seja o tempo, a distância ou até mesmo as maiores tragédias, eis a lição de hoje!


Existem algumas obras que já nascem aclamadas, e com muita razão! Until We Meet Again ganhou a atenção dos fãs de BL desde o anúncio, com um plot ousado e, logo depois, com o anúncio do cast se tornou uma das séries mais aguardadas por todos. Durante a exibição não foi diferente, a série esteve dentre os assuntos mais falados do fandom Bl desde a estréia até o último episódio. Mas vamos entender de onde vem todo esse sucesso.

Primeiramente a proposta da série já é interessante em sua sinopse: Intouch e Korn se apaixonam na faculdade, o primeiro, alegre e atrevido, faz de tudo pra conquistar o outro, sério e reservado. Korn é filho de uma família tica envolvida com a máfia tailandesa, o que se torna um empecilho para o relacionamento de ambos. As coisas se complicam, as famílias são contra o relacionamento de ambos e, depois de muitas tristezas, ambos acabam cometendo suicídio, num fim trágico. No enterro de ambos, as famílias se reconciliaram e, num gesto simbólico, uniram os dedos de ambos com um fio vermelho. Segundo antiga tradição asiática, pessoas ligadas pelo fio vermelho estão destinadas a ficarem juntas, não importando o tempo ou a distância que as separe. Anos depois Intouch e Korn renascem como Pharm e Dean. Pharm tem pesadelos com pessoas que ele não conhece sendo separadas de maneira cruel e Dean está sempre em busca de algo que ele ainda não sabe o que é, até que ambos se conhecem e percebem que há algo mais poderoso que os une e que os fez se reencontrarem. 

Bom, só esse plot já seria suficiente para um grande sucesso. Mas não parou por aí não! O anúncio do cast também surpreendeu quando Fluke Natouch e Earth Katsamonnat nos papéis de Pharm e In. Ambos atores são assumidamente homossexuais e, como se sabe, não é algo comum nas séries tailandesas que, embora pareçam para nós, não têm como público alvo a comunidade gay, mas sim o público feminino. De qualquer forma, ter atores gays interpretando personagens gays é uma baita representatividade pra comunidade. A direção ficou por conta do New Siwaj (de Love By Chance, dispensa apresentações).

Pharm (Fluke Natouch, de Red Wine In The Dark Night) é um calouro estudante de economia, apaixonado por culinária ele logo se junta ao clube de culinária da universidade. Tímido, fica vermelho toda vez que se encontra com Dean, que adora provocá-lo. Sorridente, logo faz amizade com Manow e Team, que são os maiores torcedores para que o casal principal fique junto. Sua vida muda quando ele se vê atraído por Dean de um jeito que ele não consegue entender ou resistir. 

Dean (Ohm Thitiwat) é um veterano, presidente do clube de natação. Sério e responsável ele está sempre à procura de alguma coisa, como se faltasse algo de grande importância dentro de si. Quando vê Pharm pela primeira vez ele sente o coração bater de um jeito diferente e, de repente, se vê apaixonado pelo novato. Dean, embora sério, está sempre sorridente e brincalhão com Pharm, que consegue mudar e muito sua personalidade. Ele é cuidadoso e muito atencioso com Pharm, se preocupando com o pequeno o tempo todo. As cenas dele carregando Pharm no colo são simplesmente a coisa mais fofa do mundo. 
Intouch (Earth Katsamonnat, de Love By Chance) é um jovem estudante, sorridente e nada tímido que, logo que se vê interessado por Korn, se declara pro rapaz sem rodeios. Corajoso ele sempre enfrenta o que for preciso para ficar junto de Korn, e insiste tanto que amolece o coração duro do rapaz, que se apaixona por ele perdidamente. Criativo e brincalhão é também um pouco desastrado, sempre queimando os pratos que tenta fazer pro namorado, ao contrário de sua reencarnação, que é um excelente cozinheiro. Sofreu com a desaprovação de sua família e também com a morte de seu namorado, a quem seguiu no suicídio, para que nunca se separassem e voltassem a ficar juntos, algum dia, como haviam prometido.

Korn (Nine Noppakao) é sério e discreto. Filho de membros da máfia tailandesa ele não concorda com os negócios da família e prefere se dedicar aos estudos. Sua atenção é desviada quando conhece In, que de tanto insistir consegue conquistá-lo e se tornar a pessoa mais importante de sua vida. Infelizmente seu pai proibiu seu relacionamento, o que levou Korn ao limite de cometer suicídio, já que não podia ficar ao lado de seu amado. 


Também temos outros personagens no elenco de apoio, como Win e Team (Boun Guntachai e Prem Warut) que fazem um casal que possivelmente será desenvolvido  num spin-off da série e Del e Don (Pannin e Mix), irmãos de Dean, com quem têm uma relação difícil, que muda com a chegada de Pharm à vida do jovem nadador. Também tem a icônica Manow (Samantha Melanie, de Love By Chance), a hilária melhor amiga de Pharm e Team, alívio cômico da série.

Enfim, depois das apresentações, o veredito: a série pode ser definida numa única palavra, e é "lágrimas". É impossível não se emocionar pelo menos uma vez por episódio, seja pelas recordações de In e Korn ou pelas descobertas do amor de Pharm e Dean. Todos os episódios apresentam uma narrativa dramática, com muitos momentos românticos. O choro é incontrolável, da primeira cena (literalmente) até o último episódio. 

Gostei da dinâmica entre os dois casais. Enquanto Pharm é um ótimo cozinheiro, Ir era um desastre na cozinha. Agora Dean cuida de Pharm toda vez que ele se sente mal, o que acontece bastante porque o menino é bem sensível mas, antes, era In quem cuidava de Korn, levando o moço para a praia ou para comer coisas novas. 

Algumas pessoas reclamaram do ritmo da história, que acaba ficando um pouco lento na segunda metade da série. De fato eu acho que eles passaram muito tempo mostrando coisas não tão importantes e cenas demasiado longas e deixado o clímax da história meio corrido. O enredo de mistério não é muito bem desenvolvido, afinal eles morreram e se reencontraram anos depois, a relação das famílias não é assim tão importante, ao eu ver, mas nada que comprometa a obra. Aliás, não ouve um episódio sequer que eu não tenha chorado e, ao ver o último episódio muitos minutos antes de escrever essa resenha eu já queria recomeçar a ver tudo de novo. 

As cenas são muito bem construídas, a química dos atores excelente. Fluke e Earth dão um show de atuação, estão simplesmente fantásticos. Fluke consegue chorar como ninguém, coitado, chorou em todos os episódios e não foi pouco, aposto que alguém da equipe andava com uma garrafinha de água atrás dele o tempo todo. Ohm e Kao, por outro lado, são mais extáticos, mas talvez seja por conta dos personagens, mais séries, mas ainda achei que faltou um pouco mais de emoção neles. A fotografia é bonita e a série tenta ao máximo não romantizar o suicídio, mostrando o tempo todo o quanto a consequência dele são horríveis para todos. 
A trilha sonora é impecável, de novo temos Boy Sompob nas faixas principais, e outras canções simplesmente maravilhosas. Quer música pra chorar pelo amor não correspondido? Essa é a trilha sonora ideal. Até a música tema, seja na voz do cantor ou do elenco ficou tão linda que aparece todos os dias no meu feed, de tanto que escuto. 

Por fim, temos então um drama daqueles, quase épico, que garante uma história linda, que mostra que o verdadeiro amor pode vencer qualquer coisa, desde o tempo ou a distância até as maiores tragédias. É ideal para quem quer uma série doce, com muitas cenas românticas e muitas, muitas lágrimas. Sem dúvidas entrou pro rank das minhas favoritas. 

10/10

"Desde que você entrou na minha vida eu me tornei o garoto mais sortudo,
 fique comigo para sempre."

2 comentários:

  1. Vi a série três vezes seguidas. Achei legal a mudança da consciência das famílias após a tragédia e a história é linda, Pharm emocionou a cada cena.

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    1. O Fluke realmente deu um show como Pharm. Se provou um baita ator!

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