Ano de 2016
Este é o complemento.
O processo da Instrumentalidade continua, contudo não existe tempo para mostrar o processo inteiro. Examinaremos uma mente só.
Caso 3 - Shinji Ikari
Medo
- Tenho medo de desaparecer.
- Eu posso desaparecer porque não mereço existir.
- Por que acha isso?
- Porque eu sou inútil.
- Eu não sou desejado. Eu sou uma criança inútil. E você não se importa mesmo comigo não é?
- Usar isso como desculpa é a mesma coisa que fugir. O que você teme mesmo é fallhar. Você tem medo de ser odiado pelos outros. Tem medo de reconhecer essa fraqueza até pra si mesmo.
- Como pode me criticar quando faz a mesma coisa?
- Você tem razão. No íntimo somos todos iguais.
- Nossas mentes carecem de algo básico.
- E tememos a carência.
- Nós a tememos.
- É por isso que estamos tentando nos tornar um.
- Nos fundiremos e preencheremos uns aos outros.
- Esse é o Projeto de Instrumentalidade.
- A Humanidade não pode viver sem estar cercada uns pelos outros.
- A Humanidade não pode viver sozinha.
- Embora você mesmo seja único.
- Por isso minha vida é difícil.
- Por isso minha vida é triste e vazia.
- Você quer a afeição e a presença física e mental dos outros.
- É por isso que queremos nos tornar unos.
- A alma humana é feita de elementos fracos e frágeis.
- O corpo e a mente também são feitos de componentes frágeis.
- Então através da Instrumentalidade a Humanidade deve preencher e complementar uns aos outros. Não pergunte porquê, não existe outra maneira de existir.
Verdade?
- Por que você existe?
Eu não sei
- Talvez eu exista pra descobrir porque eu existo.
- Pra quem você existe?
- Pra mim mesma é claro.
- Talvez pra mim mesmo.
Isso é verdade?
- É feliz por estar vivo?
- Eu não sei.
- É feliz por estar viva?
- Claro que eu sou feliz.
- É feliz por estar viva?
- Eu não quero outra coisa a não ser felicidade.
- Você odeia ficar triste?
- Eu não gosto.
- Você odeia senitr dor?
- Eu não gosto.
- É por isso que você fugiu?
- É. E pode me culpar? O que tem de errado em fugir de algum coisa que machuca?
- Eu não posso fugir.
- Me fala, por que você não pode fugir?
- Porque escapar da realidade também pode doer.
- Mesmo que esteja fugindo de alguma coisa dolorosa?
- Eu não pude suportar.
- Desde que você saiba qual e a dor, ela pode ser suportada.
- Isso é certo: se a dor é cruel não pode escapar dela.
- Se você odeia isso Shinji, ainda pode fugir.
- Não, não quero! Estou cansado de fugir. É. Eu não devo fugir.
- Isso é porque você sabe que essa fuga só vai te trazer mais dor.
- É porque fugir pode ser bem pior.
- É por isso que você não quer fugir.
- Porque se você fugir, ninguém vai te respeitar. Não me deixe sozinho. Não me abandone, eu estou implorando!
- Lá vem ele outra vez, dependendo dos outros pra fazerem tudo por ele. Esse é um mecanismo triste de sobrevivência não é?
- E daí, é melhor do que ser largado sozinho.
- Porque você teme ser magoado.
- Você tenta fazer você mesmo acreditar nisso não é?
- Você não é o único a ser magoado Shinji.
- Todo mundo sente dor, você não é o único.
- Só que pra você, é mais fácil pensar que isso é verdade não é?
- Cala a boca! Eu não me importo. E porque eu deveria? Ninguém se importa comigo!
- Mais uma vez você abandonou todo senso de amor próprio, de auto estima.
- Eu não tenho nada. Não tenho nada.
- Lá vem você de novo, dizendo que não tem valor algum.
- Você acredita que por não esperar nada também não vai ser magoado?
- É desse jeito que você mantém seu ego patético? Pedindo aos outros que te elogiem?
- Ninguém, a não ser eu mesmo.
- Isso não é verdade, apenas acredita que seja assim.
- Então é por isso que eu tenho que pilotar o EVA!
- De novo, isso é o seu ponto de vista, vem tentando convencer a si mesmo que é indigno, desde o começo.
- Mas eu preciso, eu tiver que fazer isso.
- Não, isso não é verdade, você não precisa.
- Não, você só acha que deve.
- Não, estão enganados, caso contrário, a minha vida não tem sentido.
- É por isso que você pilota o EVA?
- Pilotar o EVA me dá uma identidade, um propósito.
- Pilotar o EVA me dá uma identidade, um propósito.
- Eu não tinha nenhum valor antes de me tornar piloto. O fato de agora eu ser piloto de um EVA justifica minha presença aqui.
- Eu não tenho outra importância.
- Eu não tenho outra importância.
- Eu não tenho outra importância. Não tenho nenhuma outra importância.
Importância?
- Não vejo nenhum valor em mim mesmo.
No entanto...
- Eu me odeio.
- Você ouviu, eu te odeio, te odeio!
- Eu também, eu também te odeio.
- Eu também te odeio.
- Me desculpe mas eu te odeio.
- Eu te odeio.
- Eu te odeio.
- Eu te odeio.
- Eu te odeio.
- Eu te odeio.
- Eu te odeio.
- Shinji, eu te odeio.
- Viu? Todo mundo me odeia! Todas as pessoas que existem devem me odiar.
- Não, isso é o que você imagina.
- É, deve ser isso. Porque eu odeio a mim mesmo.
- Porque você odeia a si mesmo, ninguém te respeita.
- Eu te odeio. Eu te odeio. Eu odeio tudo!
- Mas eles me elogiam. Eles são bons comigos. Quando eu piloto o EVA, eles me tratam melhor.
Então era feliz?
- As pessoas estavam sendo boas comigo pela primeira vez!
Mas não está feliz?
- Qual é o seu sentimento verdadeiro?
- Eu não sei. Talvez... os dois sejam meus sentimentos verdadeiros.
- Então é por isso que pilota o EVA?
- Porque eu não tive escolha. Eu só tinha o EVA.
- Caso contrário você não poderia manter sua própria identidade.
- O EVA Unidade 01 faz parte do seu senso de identidade.
- Mas se você depender somente do EVA, então o EVA se tornará sua única identidade.
- O EVA se tornará seu único valor.
- E sem esse valor, você, seu verdadeiro eu, será apagado dessa existência.
- Eu não quero saber. Pra começar eu não tinha mesmo nenhum outro valor! Eu tava aprendendo a tocar violoncelo, mas isso também não me ajudou.
- Você não tinha disciplina, eu não precisei fazer isso.
- Mas agora que eu posso pilotar o EVA...
- Não, em breve vai perder sua identidade como eu perdi. E ai vai perder o EVA e sua auto-estima.
Por que você pilota o EVA?
- Eu piloto porque é tudo que eu sei fazer.
A fera que gritou EU no coração do mundo
Cuide de você mesmo.
- Chuva. Sombras escuras de melancolia pairam sobre mim. É assim que eu me sinto. Não é como eu queria que fosse.
- O por do Sol. O fim da vida. Isso não é como eu gostaria que fosse.
- Manhã. O começo de um dia. De outro dia terrível. Eu gostaria que isso não fosse do jeito que é.
- Céu azul. Alguma coisa quente. Alguma coisa desconhecida. Alguma coisa que me enche de horror. Eu não quero isso. Eu não quero que isso seja desse jeito.
- Eu odeio tudo!
- O que você quer Shinji?
Teme a ansiedade?
- O que você quer Shinji?
Quer paz de espírito?
- O que você quer Shinji?
Não me odeie
- Não me odeie por favor.
- O que eu temo é...
Rejeição
- O que eu quero é...
Outro toque. Outro respeito.
- Posso ficar perto de você?
- Posso ficar aqui?
- Você gosta de mim?
Você ama a sua mãe?
- Quer ir aonde sua mãe está?
- Não.
- Você não quer ficar com o seu Papai?
- Não, eu não quero.
- Mas por quê?
Porque tenho medo!
- Porque eu tenho medo de ser odiado.
- Porque minha identidade pode começar a desaparecer.
E daí?
- O que é que você deseja?
Anseio libertino!
- O que é que você quer?
Apagar a solidão.
- Você é muito inseguro não é?
- Pra me tornar seguro eu tenho que ter... valor! Eu quero merecer alguma coisa. Eu quero ser merecedor o bastante pra atrair a atenção dos outros.
Você busca seu próprio valor
- Mas seu valor é uma coisa que você tem que encontrar sozinho. É você que tem que encontrá-lo.
Por isso que eu piloto o EVA
- Eu não tenho valor sem ele.
- A minha vida é inútil sem ele.
- Então o que você é? O que você é?
- Então o que eu sou? O que eu sou?
Espera! O que é isso?
Esse sou eu! Essa é a forma que faz com que os outros me reconheçam como eu mesmo. É o símbolo de mim mesmo. Esse é... Esse... E esse também.
Shinji Ikari
- São representações. Tudo é mera descrição, não o meu eu verdadeiro. Tudo é simplesmente uma figura, uma forma, um identificador pra deixar que os outros me reconheçam como eu mesmo.
Então.. o que eu sou? Isso sou eu? O meu verdadeiro eu? Meu eu falso? O que que eu sou?
- Você é você. Existe uma pequena diferença entre como você interpreta a si mesmo e como os outros interpretam você.
- Certo. Minhas roupas. Meus tênis. Meu quarto. São partes que compõem o meu eu.
- Essas coisas estão conectadas através da sua percepção.
- Então o que eu acho que eu sou, sou eu! O que eu reconheço como mim mesmo, sou eu mesmo! Eu sou nem mais nem menos de que a soma da consciência de mim mesmo. Mas eu não entendo a mim mesmo. Onde eu estou? O que eu sou? O que eu sou?
Você desejou uma barreira para selar seu mundo
- Ninguém me entende!
- Qual é, você é idiota? É claro que ninguém te entende, ninguém nunca consegue te entender.
- O único que pode tomar conta de você e entendê-lo é você! Você mesmo!
- Portanto você deve se cuidar.
- Mas eu ainda não entendo a mim mesmo. Eu nem mesmo sei o que que faz de mim eu mesmo. Como é que eu posso amar a mim mesmo?
Você tem medo
- Você continua instável.
- Isso é o seu eu presente.
- E as pessoas em volta do seu eu presente.
- E o meio ambiente que circunda seu eu presente.
- Nenhum desses elementos da realidade duram pra sempre.
- O tenpo continua a fluir, e o tempo traz mudanças. Seu tempo é um estado de mudança constante. Você é capaz de mudar cada vez que sua mente percebe essas mudanças.
- O que é isso? Um mundo de nada? Um mundo sem ninguém nele? Esse é o mundo da liberdade perfeita.
Liberdade? Liberdade perfeita! Esse é um mundo no qual você não tem restrições. Isso é a liberdade verdadeira? É, isso é sim!
- No entanto nesse mundo não tem nada nele.
- A menos que eu faça alguma coisa.
- Isso mesmo, a menos que faça ou pense em alguma coisa.
- Mas, eu não sei o que fazer, nem o que pensar.
- Ele esta confuso.
- Ele não tem um auto-retrato pra orietar a si mesmo.
- Aqui não tem nada sólido.
- É um mundo onde não existem obstáculos nem nada.
Esse é o mundo onde você pode fazer o que quiser
- Ainda assim você ta com medo não é?
- Você não sabe o que deseja fazer?
- O que eu devo fazer?
- Eu vou lhe dar uma limitação.
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- Pronto, agora você tem em cima e embaixo.
- Mas você perdeu um grau da sua liberdade.
- Agora você não pode mais voar. Tem que ficar de pé sobre a terra.
- Mas agora você sente mais facilidade não é?
- Porque você tem menos coisa pra preocupar sua mente.
- E agora você pode andar.
- Isso está acontecendo porque você desejou.
- Isso foi desejo meu?
- Esse mundo com um chão é a única coisa a sua volta.
- Mas agora, você pode se mover pra onde quiser dentro dele.
- Você podia até virar o mundo de cabeça pra baixo se você quisesse.
- E a sua perspectiva de qualquer mundo está mudando constantemente.
- Ele muda com a passagem do tempo.
- Você também pode mudar a si mesmo.
- Porque o que forma a sua figura é sua mente e a sua interação com o mundo que o circunda.
- Você pode fazer o que quiser aqui, porque esse é o seu mundo.
- Essa é a forma da sua realidade. Sua realidade.
O que é a realidade?
- O que é isso? Um espaço vazio? Um mundo vazio? Um mundo onde não existe nada a não ser eu? Mas só comigo eu não tenho nada com o que interagir. É como se eu estivesse aqui mas não completamente. É como se eu lentamente estivesse sumindo da existência.
Por quê?
- Porque só você está aqui.
- Só eu mesmo?
- Sem outros com quem interagir, você não pode reconhecer sua própria imagem.
- Minha própria imagem?
A imagem de mim mesmo?
- Isso mesmo. Ao observar os outros pode descobrir e reconhecer a si mesmo.
- A imagem de si mesmo está restrita por ter de observar as barreiras entre você e os outros.
- Ainda assim você não pode ver a si mesmo sem a presença de outros.
- Porque existem outros eu posso perceber a mim mesmo como indivíduo. Se eu estiver sozinho, então eu serei o mesmo sem o outro. Pois se este mundo é só meu, então não existe diferença entre mim e o nada!
- Reconhecendo as diferenças entre você e os outros estabelece sua identidade como você mesmo.
- A primeira outra pessoa é a sua mãe.
- Sua mãe é uma individualidade diferente.
- Certo. Eu sou eu e ela é ela. Mas tem certeza que a percepção dos outros forma o meu verdadeiro eu?
- É verdade, Shinji Ikari
- Ta levando tanto tempo pra perceber isso? Que idiota!
~
- Já é hora de levantar, seu idiota!
- Hmm, é você Asuka?
- O que quer dizer com isso? Não pode agradecer o fato de eu vir te acordar pessoalmente? Nem uma palavra de agradecimento pra sua amiga de infância mais velha?
- Hmm, obrigado. Me deixa dormir mais um pouco...
- Ei levanta agora, ta na hora de levantar!
...
- Seu babaca pervertido, não acredito nisso!!!
- Eu não posso fazer nada, é de manhã e eu tenho que ir pro banheiro...
- Ah, não aponta isso pra mim!
...
- Puxa, Asuka é tão gentil em vir buscá-lo todas as manhãs e ele não agradece isso.
- Hmm, verdade querida?
- É querido, e você também tem que se aprontar.
- Eu estou sempre pronto querida!
- Ai, você é igualzinho o Shinji.
- Uhum, e você, está pronta?
- Num minuto!
Sou eu que recebo as reclamações do Professor Fuyutsuki se você chega atrasado pras reuniões.
- Isso é verdade, ele é seu maior fã!
- Hm, para com isso e vá se aprontar.
- É claro querida!
(Deixa ela pensar que manda um pouco)
...
- Anda logo!
- Ai as vezes você é muito chata Asuka. Que que é hein? Por acaso ce ta de TPM?
- Como é? O que que você disse?
Sra. Ikari, já estamos indo...
- Ée, até mais tarde mãe!
- Tchau querido.
Vamos meu bem, largue esse jornal!
- Ei.. ah, ta bom!
...
- Asuka, por acaso não tem uma aluna nova começando hoje?
- Isso, já que essa cidade vai se tornar a nova capital, tem um monte de gente se mudando pra cá. Por isso que estamos tendo tantos garotos novos.
- Faz sentido. Como será que ela é? Tomara que ela seja bem bonita!
- Ai, droga.
Eu to atrasada.
Eu não posso me atrasar no primeiro dia de aula.
Ai.
Me desculpe, é que eu to com muita pressa. Eu sinto muito mesmo. Tchau.
...
Você é idiota?
- Nossa, então você viu a calcinha dela?
- Na verdade não deu pra ver muito bem. Eu vi só um pedacinho.
- Argh, eu não acredito, como você tem sorte!
Aiaiai, por que é que você ta fazendo isso comigo?
- Sobre o que exatamente você estava falando Senhor Suzuhara? É hora de trocar a água do vaso de flores, vá trabalhar!
- Ai ela é malvada hein?
- Você disse alguma coisa?
- Coitado do Toji, sempre sobra pra ele.. é triste não é?
- Olha só quem fala!
- Ei, ce ta dizendo que eu...
- Estou só relatando os fatos.
- Como assim?
- É isso ai, admita!
- Por que você me trata desse jeito?
- Ai, isso dói seu idiota... Se burro! Panaca!
- A paz, a calma e atranquilidade...
- Olha lá e a Misato. Olha só, eu não acredito! Olha só pra ela. Ela é linda. Olha só como ela é linda, é deslumbrante!
- Olha só os três patetas. Não têm vergonha?
- Ta legal de pé!
Inclinem-se.
Sentados.
- Escuta aqui moçadinha, tem uma garota de cabelo azulado que vai se apresentar.
- Meu nome é Rei Ayanami, o que ta rolando?
- Ah!
- Ah, você é o panaca que ficou olhando minha calcinha.
- Ei, o que quer dizer com isso? Você que ficou lá se mostrando.
- Quem é você e por que ta defendendo ele? Por acaso vocês andam fazendo aquilo?
- Ah, não, nós somos só amigos de infância. E vê se cala a boca!
- Silêncio vocês duas, isso aqui é uma sala de aula, não um boteco.
- Ei, isso é mais divertido que aula, continuem, eu quero ver onde isso vai dar!
- Hey, Shinji. não vai me dizer que você ta a fim da Asuka!
~
- Entendi, então essa é outra possibilidade, outra realidade. Esse e o meu eu atual da mesma forma. Não o meu eu verdadeiro. Eu posso ser do jeito que eu quiser.
Entendi. Um eu mesmo que não é piloto de EVA também pode existir.
- Se você levar isso em consideração, então quem sabe esse mundo não seja tão ruim.
- Ainda assim a realidade em si pode não ser ruim. Mas eu ainda podia odiar a mim mesmo.
- Mas é a sua mente que pega a realidade e separa o que é ruim e odioso.
- Sua mente é que separa a realidade da verdade.
- De qualquer nova posição de onde você vir sua realidade e isso mudara a percepção de sua natureza. É tudo uma questão de perspectiva.
- Existem tantas verdades quanto existem pessoas.
- Mas existe apenas uma verdade que é a tua verdade e é aquela formada de todos os pontos de vista de onde você escolher para vê-la, é uma percepção revisada que te protege.
- É verdade, e alguém pode ter uma perspectiva que é pequena demais.
- No entanto uma pessoa pode só ver as coisas pela perspectiva que ela escolhe para vê-las.
- Alguém pode aprender a julgar as coisas através das verdades que ela recebe dos outros.
- Dias ensolarados fazem você se sentir bem.
- Dias chuvosos fazem você se sentir triste.
- Se te disserem que é assim, então é isso que você acredita que seja.
- Mas você também pode se divertir num dia de chuva.
- Sua verdade pode ser mudada simplesmente pela forma como você a aceita, assim é a fragilidade da verdade para os humanos.
- A verdade de uma pessoa é tão simples que muitos a ignoram pra se concentrar no que eles pensam serem verdades mais profundas.
- Você por exemplo. Está desacostumado ao que é ser apreciado pelos outros.
- Nunca aprendeu a lidar com o medo que tem do que os outros possam sentir sobre você, entã você evita isso.
- Mas, os outros não me odeiam?
- Qual é, você é idiota? Não percebe que tudo isso ta só na sua imaginação seu babaca?
- Mas eu odeio a mim mesmo.
- Alguém que odeia a si mesmo, não consegue amar. Não pode depositar sua confiança nos outros.
- Eu sou um covarde. Sou um covarde sorrateiro e fraco.
- Não é. Só se pensar que é. Mas se você se conhecer, você poderá cuidar de si mesmo.
- Eu odeio a mim mesmo mas... mas... talvez, talvez eu possa amar a mim mesmo, e talvez a minha vida possa ter um valor muito maior. É isso, eu sou nada mais, nada menos que eu mesmo. Eu sou eu, e eu quero ser eu mesmo. Eu quero continuar existindo nesse mundo. Eu mereço viver neste lugar.
- É isso ai!
- Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns! Meus parabéns!
- Obrigado pessoal!
Obrigado por meu pai. Digam adeus a minha mãe, e a todas as crianças.
Fim.
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