sexta-feira, 22 de julho de 2016

Dopada candura

Alguns dias sem postar... culpa da preguiça, essa novinha sem coração que te conquista na porta da escola só pra sulgar seu dinheiro e a disposição que você já não tem, e também da falta de criatividade, essa novinha igualmente sem coração que te deu um golpe em parceria com a primeira novinha. O lado bom da preguiça é que é um pecado que nos impede de cometer outros pecados. Por preguiça. Vida que segue. 

A verdade é nos últimos dias eu estou realmente sem inspiração pra escrever. Também, depois de quase dois meses ininterruptos, era de se esperar que uma hora a fonte iria se esgotar; Ou talvez seja só uma aridez temporária, sempre é, afinal, em se tratando de minha pessoa, a bed nunca se afasta por muito tempo, e ela só se afastou agora pra deixar espaço pra minha crise respiratória se achegar mais um pouquinho. Hmm, delícia, aridez e alergia... Menino de sorte não é mesmo?

No entanto, acho que pelo menos brevemente alguma coisa eu consigo extrair de minha mente nesta noite nebulosa de sexta. Meus momentos de dopada candura sempre me geram engraçadas reflexões acerca de acontecimentos passados, muitas vezes reflexões essas motivadas, óbvio, pelos efeitos dos remédios que eu tomo junto com os remédios de alergia, asma e semelhantes. 

Ontem mesmo, enquanto ouvia umas músicas sugeridas por um amigo no WhatsApp, e curtia a lombra de um coquetel que nem me lembro mais o que que tinha, e terminava de ver mais alguns episódios de um anime, eu comecei a pensar: eu virei um personagem de anime yaoi?

Calma, não to dizendo que eu virei um tarado desesperado que coloca os interesses sensuais acima de qualquer coisa. Ou talvez esteja... Enfim, é que eu notei alguns aspectos nesses personagens que são muito semelhantes com esse que vos escreve. 

Quando falo em yaoi, eu penso naqueles que vi mais recentemente... Junjou Romantica, Sekai-ichi Hatsukoi, Super Lovers e Love Stage... não necessariamente nessa ordem. Mais especificamente eu estava vendo Super Lovers, um anime recente e que eu simplesmente amei desde o primeiro episódio. Antes de falar a respeito, uma pequena sinopse: Logo no começo, o japonês Haru, ao visitar a mãe biológica no Canadá, acabe se apegando ao garotinho de quem ela cuidava, o pequeno e estranho Ren, e alguns anos depois de voltar ao Japão, ele descobre que o pequeno garoto foi adotado também por seus pais adotivos que morreram no acidente, entao Haru é agora responsável pelo menino de passado desconhecido. Embora a diferença de idade seja até grande, o sentimento de proteção do mais velho logo se torna maior que apenas cuidado por seu irmão. Até o final da 1° temporada, que tem apenas 10 episódios, vemos o carinho de Haru pelo irmãozinho se desenvolvendo em um romance, e sendo correspondido pelo pequeno, o que é simplesmente muito fofo de se ver. 

Deixando de lado os meus óbvios problemas pra escolher anime, uma coisa que sempre me deixou fascinado em todas essas obras, foi o cuidado extremo de um pelo outro. A importância que um dá ao outro, na maioria das vezes levando a extremos de auto abandono, em detrimento do amado é impressionante, e deveras, inspirador. 

O fato é que, eu sempre me vi desse jeito meio exagerado de demonstrar carinho e afeto. Claro, isso significa também que eu tenha de ser hiper mega trouxa em 99% das situações, mas faz parte... Entretato, mesmo que eu seja taxado de bobo por mim mesmo e que muitas vezes se aproveitem dessa minha caracteristica pra tirar vantagem de mim, isso é um defeito das outras pessoas, não meu, o que significa que essas situações não vão mudar quem eu sou de verdade. Obviamente a gente vai ficando um pouco mais experiente conforme as coisas vão se revelando, mas de qualquer forma, a essência continua.

O que estou querendo dizer é que, pessoas carinhosas as vezes são confundidas. São usadas e muitas vezes mal compreendidas. Eu mesmo spu interpretado como tarado muitas vezes, quando na verdade só estou carente querendo dormir de conchinha e comer brigadeiro de colher com mozão. Só isso, mas as pessoas acham que na verdade eu sou um bobo que pagaria qualquer coisa pra sustentar um macho que de fato não está nem ai pra mim. E estou mesmo.

Na minha nada humilde opinião então, o sentimento verdadeiro é expressoa através do carinho e do afeto para com o amado. Não basta dizer "Eu te amo", muito embora também não seja necessário grandes demonstrações publicas de amor, mas o sentimento verdadeiro é expresso em ações pequenas, simples e as vezes até bobas, mas de um significado gigantesco.

Acho que amar de verdade é isso. Não é ser grandioso em tudo o que faz, mas saber demonstrar a totalidade desse sentimento nas mínimas coisas. Quem ama, consegue amar pelo olhar, pelo sorriso, pela forma de conversar e abraçar. Claro, não se ama só com isso, tem também a compreensão, o companheirismo e muitas outras coisas que não são necessérias de enumerar, mas acredito que o principal do amor seja a sua forma tão simples e tão pura de se demonstrar.

Talvez por esse motivo eu seja um apreciador tão fiel do chamado amor platônico. Já que em sua concepção, ele não se referia só ao amor não correspondido, como é aplicado hoje em dia, mas sim falava do amor em seu estado mais puro e nobre. E nesse caso, acho que o amor se expressa melhor sendo puro, desinteressado. Mesmo que não receba nada em troca ele aida está lá, emanando do mesmo coração como se não precisasse de um amor em troca também.

O amor em si é complicado, pois as pessoas dificilmente querer dar, mas apenas receber, quando na verdade, amar é doar-se sem pedir em troca, e quando esse sentimento é forte o suficiente, ele toca o coração da outra pessoa, que também começa a amar, e assim, como num círculo, os amantes se amam até o fim!

Apelo então pra esse amor que vejo nos animes, puro, que se doa sem pedir nada em troca, e que é capaz das maiores demonstrações até nas menores situações, Por um amor de verdade, um amor sonhador, um amor que acredite na esperança, e não um amor que já tenha se perdido em mágoas e tristezas. Um amor imortal, forte e inabalável como a rocha, mas puro como a água de uma fonte cristalina, tocada delicadamente por uma pequena e colorida borboleta, que mesmo fazendo uma pequena ondulação na superficie, a mesma volta a seu estado inicial de pureza que volta a conquistar a borboleta.

Por isso o amor é também contraditório. Pois ao mesmo tempo que abrase e aquece como uma chama queimando num ímpeto de ardor e calor, também acalma como uma brisa leve ou como as águas de uma rio, que correm lentamente rumo ao seu destino. O amor tem dessas coisas, se mostra nos lugares mais improváveis e sob as mais diferentes formas.

Acredito que esse tenha sido o post mais viajado dos últimos meses, não deve fazer o menor sentido, mas faz jus ao nome e a intenção do Blog, que é justamente expressar esse monte de pensamentos desconexos dentro de mim. Essa é a minha mensagem de hoje, movida pelo charme de minha dopada candura, que possamos amar, sim de verdade e com toda a nossa força, mas que saibamos demonstrar o nosso amor na delicadeza de um olhar e que saibamos reconhecê-lo também, no bater de asas de uma borboleta. 

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