Fazia frio, a temperatura caia uns dez graus nos últimos dias e, sem cueca, eu percebi que a calça era fina demais. Já estava desistindo, tinha virado pra outro lado da cama já pronto pra esperar o sono quando ele deu um sinal de vida. Coloquei a mão pra dentro e comecei a acariciar, há dias eu não fazia isso, e bem devagar eu voltava a mão pra sentir o cheiro misturado com a glicerina do sabonete. O calor da minha mão foi se espalhando, pude sentir a cabeça crescer e as veias saltarem pelo corpo. Desci a mão até a base e o calor foi se espalhando pelas minhas coxas também, ainda com movimentos desconexos e apenas aproveitando a mão numa massagem delicada no membro que ficava mais duro e que agora pulsava lentamente. Passei a ponta do dedo pela parte que abandonara a proteção escura e, se estivesse claro, se exibiria brilhante, meio roxa e avermelhada.
O pensamento voou um pouco para longe, alguns rostos perdidos na multidão, vozes que eu imagino que eles tenham, olhares e toques que só existem também nesses momentos de devaneios íntimos e luxurioso. Me pergunto se o ar se impregnou daquele perfume também.
Abri um pouco mais as pernas, gosto dessa posição, gosto de sentir a forma nívea quente na barriga e as vezes em meu rosto, onde limpo passando a língua nos lábios e sentindo o sabor cítrico da minha essência expelida.
Acelerei os movimentos e me senti vivo de novo, depois de alguns dias praticamente inerte, e acelerei mais e mais, tornando o carinho numa fricção forte, prestando mais atenção nos músculos do braço, esforçados nessa causa, e nos pesados cobertores por causa do frio, esperando que me aquecessem mais quando ela veio, farta, quente, violenta. Meus dedos ficaram cobertos de prata, e eu limpei rapidamente com a língua ainda arfando baixinho, mordendo os lábios com as últimas pulsadas do meu pau, depois ajeitei a calça, engoli e me virei pro outro lado num silêncio vazio. Seria uma boa noite de sono. Finalmente!
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