quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Rapaaaz, o que foi isso?

Muita coisa para dizer sem saber se minha cabeça ainda estará razoavelmente estável até o fim da postagem, mas vamos lá...

Pelo que estou percebendo, essa será uma daquelas semanas em que, no domingo a noite, eu vou sentar e dizer:

"Rapaaaaz, o que foi isso?"

Olha, quanta coisa se passou na minha cabeça nos últimos dias, e ainda estamos na quarta-feira, muita água pode rolar até que essa semana acabe. Parece que 2016 se tornou um grande comercial da Polishop só que na versão "coisa ruim". Toda hora é um 

"E ainda não acabou!"

 "E não é só isso!"

"E ainda tem mais isso!"

Quando eu acho que já cheguei no fundo do poço eu descubro que fui contratado pelo Governo Federal e agora vou continuar cavando até chegar ao Pré-Sal, pois olha, não tem sido fácil administrar tanta confusão...

Primeiramente, todos aqueles sentimentos que eu vinha tentando reprimir nas últimas semanas vieram a tona com uma força esmagadora. Me senti como se tivesse segurando com apenas uma mão uma grande rocha, e num momento de descuido, ela se desprendeu e me esmagou com seu peso. Fui levado ao chão, completamente destruído e feito em pedaços pela rocha dos meus próprios sentimentos. 

Me vi desesperado ao perceber que, o que eu achava já ter enterrado, encerrado completamente, ainda estava vivo e latente na minha mente. Absurdamente latente. Percebi que quando disse que deixaria de amar, eu não só estava contando uma mentira absurda e prometendo algo que não sou capaz de cumprir, mas também estava mentindo para mim mesmo, que mais uma vez buscava uma forma fácil de fugir dos problemas, ao invés de encará-los de frente.

O fato é que ainda estou apaixonado. Ele sabe disso, a mãe dele sabe disso, o mundo sabe disso. E não seriam algumas palavras inspiradas num discurso emotivo de um filme adolescente que faria essa realidade mudar tão facilmente. Pelo menos não quando eu sinto com tanta intensidade. E aí chegamos no segundo ponto da noite de hoje...

Intensidade

Nossa, eu não consigo simplesmente sentir algo superficial por nada, nem ninguém. Até uma música que seja, se eu gostar, eu vou amá-la incondicionalmente de tal forma que vou ouvir até enjoar. Por exemplo, estou ouvindo Splash Out do 3.2.1 Kamikaze featBitoey RSiam loucamente a quase 3 semanas. Todos os dias, o dia todo. Loucura. E se eu faço isso com uma música, quem dirá com uma pessoa... ai sim é loucura elevada a décima potência. 

Não consigo achar fulaninho bonito, se eu acho alguém bonito eu já começo a suspirar de amores por esse mundo afora. E se alguém começa a ser educado comigo então... aí que a situação complica mesmo. Sorriu pra mim eu já fico pensando por uns 3 meses. Me mandou coração de boa noite no WhatsApp então, já começo a imaginar os nomes dos filhos e quem vai levá-los no inglês e depois na natação.

Intensidade

Não sei sentir mais ou menos. Ou sinto muito, com força e com tudo que tenho, ou não sinto nada. E isso acaba comigo, isso é cansativo demais. É exaustivo passar horas pensando numa pessoa que nem se importa contigo. É demais para mim. E não ser correspondido acaba por deixar uma ferida aberta no meu peito. Essa ferida dói e se expressa na forma de carência, o que nos leva ao terceiro ponto:

ESSA BENDITA DESSA CARÊNCIA AINDA VAI ACABAR ME MATANDO

Em caixa alta mesmo pois é ela que mais tem destruído meu emocional, se pudesse colocaria em letras garrafais com de rosa pra deixar mesmo bem claro. Sério, cheguei ao cúmulo do absurdo de mendigar pela atenção e pelo carinho das pessoas. Ontem percebi isso quando implorava por atenção e só recebia destrato e indiferença. Percebi o quanto me tornei carente, dependente, e se eu não conseguir reverter esse quadro logo, vou, sem dúvidas, acabar morrendo. Sem exageros.

Acho que passei três dias inteiros sem conseguir comer nada. Não consigo comer quando estou chateado, deprimido, e quando tudo o que passa pela sua mente são maneiras heroicas de morrer sem se matar, realmente não há como eu me alimentar de forma satisfatória. Muito embora morrer de inanição auto infligida não seja nada heroico. 

Passei hoje o dia inteiro deitado, ouvindo as músicas mais tristes que tinha na playlist e esperando por um não sei o quê que não apareceu. Duas ou três vezes me atacou a ansiedade e com ela o desespero que a falta de ar me provoca, só consegui realmente me acalmar depois de um lexotan. Realmente cheguei a pensar que daqui só sairia para uma clínica psiquiátrica. Minha cabeça não conseguia pensar em nada concreto, só passava por ela uma série de pensamentos mórbidos, desconexos e que me traziam lembranças cada vez mais ruins que foram aos poucos me mergulhando num verdadeiro lamaçal. Minha alma foi jogada no mais imundo dos pântanos, e como se isso não fosse suficiente, eu permaneci por muito tempo lá dentro, sem fazer nada para mudar essa realidade.

Até que, no fim do túnel surgiu uma luz...

(Não, não me matei, nem pretendo)

Finalmente, depois de tantos meses, consegui a convicção de que precisava recomeçar da maneira correta: limpando a alma. E a única forma de fazer isso era através da confissão, que eu vinha adiando já há um bom tempo por ainda não ter conseguido aquele firme propósito de emenda. Mas já havia passado da hora. Sinceramente a questão espiritual é sim a mais importante, mas essa carência já ta afetando a minha saúde também, e a única forma de conseguir me livrar dela, é fazendo novamente o firme propósito de não me permitir mais cair em tentação, ou ao menos fugir das ocasiões de pecar, que no meu caso, eu mesmo procurava.

Espero que esse possa ser realmente um recomeço para mim. De alma lavada, limpa do pecado e da morte, capaz de recomeçar.

Realmente buscar uma vida de verdade, uma vida nova...

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