segunda-feira, 13 de março de 2017

Objetivos

EU NÃO PRECISO DE NINGUÉM PARA SER FELIZ!

Dito isso em caixa alta para que fiquei melhor impresso no meu coração. É uma verdade cujo entendimento se faz urgente em minha existência conturbada.

Se fossem escrever numa folha de papel as relações existentes entre as dificuldades que passo atualmente, ela terminaria num emaranhado de rabiscos de difícil compreensão. É difícil compreender tudo, mas é necessário. E para que as coisas possas ser resolvidas, também se faz necessário que eu comece por algum lugar.

Eu disse que para mim mesmo várias vezes que minha vida tinha se tornando um novelo de lá, extremamente emaranhado. Para que eu comece a costurar a colcha da minha vida, preciso então começar a desenrolar esse novelo, e pra isso, devo puxar uma de suas pontas, para só então ir me alongando pelo resto do novelo. Isso significa dizer que essa ponta é um objetivo a ser criado, um ponto de partida, pois só através dele eu conseguirei chegar até a outra ponta, quando tudo estiver desembaraçado. 

Tracei então, primeiramente, dois objetivos que, para um leito aleatório, dificilmente farão sentido, mas que para mim estão claros como a água: O primeiro deles se refere a reorganização dos sentimentos que, ocupando lugares indevidos, me bloqueiam a evolução e a construção de uma personalidade saudável. Preciso então alocar esses sentimentos em seus devidos lugares. Como farei isso? Imprimindo dentro de mim o real significado de cada um deles.

O homem com quem me envolvi se foi, e não voltará, e esse fato não pode mais me ferir, ficou no passado. Com ele preciso apenas aprender que as coisas e as pessoas vem e vão, e que é inútil me aborrecer com elas. 

O homem que hoje eu amo, me rejeitou, e preciso fazer com que esse sentimento volte a ser algo saudável, sem a necessidade daquela pressão que me diz que morrerei se não o tiver aqui comigo. Ele não me ama, e isso é a realidade. Uma vez que eu consiga entender isso, a amizade que pode daí surgir também não trará consigo nenhuma obrigatoriedade. Apenas existirá. Naturalmente.

A última aresta a ser aparada é provavelmente a mais antiga,e talvez por isso seja a mais difícil, e ao mesmo tempo a mais simples de se resolver. Quanto a ela, preciso primeiramente entender que, a amizade daquele que se foi não é essencial a minha vida. Se o fosse, eu não teria sobrevivido aos últimos meses, e se sobrevivi a eles, posso viver pra sempre também. Ainda que seja de grande importância, essa importância não é vital, eu não vou morrer por conta disso, e se não vou morrer, eu não preciso disso, dele, para ser feliz. Se num futuro remoto, acontecer de voltarmos a sermos amigos ou algo mais, que seja, estarei aberto a isso, mas que seja obra do destino, e não de um empreendimento meu.

Esse primeiro objetivo tem em si um período de três meses para ser alcançado, um para cada uma dessas portas abertas. Período esse em que trabalharei com afinco para imprimir em mim um sinal indelével de eu não preciso de ninguém para ser feliz. A felicidade está dentro de mim, e é dentro de mim que eu devo encontrá-la. 

EU NÃO PRECISO DA APROVAÇÃO DE NINGUÉM!

Eu sou que eu sou. 

Eu sou eu. 

Eu sou formado pelo conjunto das interações das pessoas que me cercam, mas essas interações não ditam quem sou. 

Eu dito quem sou e o que eu quero ser. 

Minha perspectiva de futuro sou eu que faço.

Se as pessoas acham que eu deveria fazer isso ou aquilo, elas acham isso por conta própria. Eu não preciso fazer nada que não acredite que seja o melhor para mim mesmo. Se sou apaixonado por filosofia, é isso que vou fazer. Se fiz História, é porque sou apaixonado por isso. Não posso fazer nada que os outros queiram para mim porque isso não é a garantia da minha felicidade. 

Quanto as minhas escolhas, também não preciso justificá-las para ninguém, elas são minhas, e isso basta!

EU TENHO MEU VALOR!

Preciso ainda descobrir o meu real valor. Por tanto tempo me medi conforme a medida dos outros que esqueci como era olhar para mim mesmo e me reconhecer como alguém importante. Preciso então descobrir esse valor, para então me satisfazer com quem sou, com quem eu posso ser, e então não mais sofrer com expectativas frustradas fundadas apenas no quesito do outro sobre mim.

EU VOU SER FELIZ POR MIM E NÃO PELOS OUTROS!

Eu vou ser feliz, eu quero ser feliz, e eu vou ser feliz! Por mim, porque eu quero, porque eu preciso, e não porque vai me proporcionar isso.

Ninguém vai trabalhar em prol da minha felicidade e realização. Só eu posso fazer isso, só eu posso realizar isso. Sendo assim, eu vou ser feliz do jeito que eu quiser, sendo eu mesmo, amante e sonhador, sem mudar a minha essência, sem estragar a minha essência, em virtude daquilo que os outros consideram como felicidade.

A minha felicidade é só minha, só eu posso vê-la e só eu sei que forma ela tem, portanto não tenho motivos para tentar buscar algo que outros impõe sobre mim. A minha felicidade é só minha, e eu vou conquistá-la sozinho. Serei feliz por mim mesmo, não precisarei de ninguém para me fazer feliz, eu me farei feliz! E isto me bastará.

EU NÃO SOU CARENTE

Retorno ao primeiro ponto: Eu não preciso de ninguém para viver, para me fazer feliz, para me amar. Eu existo, eu posso ser feliz e eu preciso me amar. Então não há, não deve haver, espaço para a necessidade exagerada do outro. 

Amigos são importantes. Amores são importantes. Mas ser importante não significa ser essencial para minha vida, não que eu queira viver sozinho, mas que eu não vou depender de ninguém para ser feliz. Serei feliz com ou sem esse ou aquele amigo. Serei feliz sem esse ou aquele amante. Serei feliz.

Todo esse trabalho exigirá tempo e esforço, disso eu bem sei, e sabendo disso, estipulei um segundo objetivo, o de que ocuparei minha mente, com o intuito de não me perder em devaneios desnecessários, que apenas me trazem desconforto e mais insegurança.

Dei início a uma nova Pós-graduação, minha segunda, dessa vez em Filosofia, o que já ocupará um boa parcela do meu tempo livre, debilitando a minha mente que hoje só se ocupa com paranoias, e isso é bom. Também tenho tentado uma vaga na secretaria de educação, que se conseguir, me ocupará ainda mais, o que é bom. Também tenho me dedicado com maior afinco as minhas obrigações na igreja. Mais ocupação, menos lugar para tempo ocioso, menos tempo para pensamento desnecessários que apenas me trazem infelicidade.

Com isso, encerro então com a minha última afirmação, e a que eu preciso imprimir com letras de fogo no meu coração, para que nunca mais eu me esqueça delas:

Eu serei feliz! Não vou mais me prender aos espinhos nem as ervas daninhas que me cercam, mas vou arrancá-las e cultivar as rosas, as rosas brancas da pureza e da paz, as rosas da tranquilidade de espírito e que, em sua delicada beleza, transmitem a singela beleza da felicidade! 

EU VOU, DEFINITIVAMENTE, SER FELIZ!

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