sexta-feira, 3 de março de 2017

Estou sozinho. 

Não estou sozinho, mas sinto-me sozinho. 

É horrível sentir-me assim... 

Parece que eu eu sou como um livro complexo de álgebra na estante. Mesmo tendo cores chamativas na capa, o conteúdo é complicado demais e deveras desinteressante pra qualquer querer ler... A assim como esse livro, ainda que muitas pessoas passem na frente dele durante todo o dia, ninguém se incomoda com ele, ninguém se importa com ele... 

Ninguém liga pra ele.

Ta, sei bem que dizer isso soa bem "adolescente", ou como aquelas patológicas necessidades de atenção, mas foda-se, tenho mesmo necessidade de atenção. Sou carente mesmo e preciso que as pessoas me reconheçam, venham atrás de mim, e me deem carinho e atenção. Eu sou assim, e não vou mudar tão rápido, infelizmente.

Por mais então que eu me sinta sozinho, eu gostaria de me sentir capaz de viver sozinho. Já que é assim que tem de ser... 

Vejo isso ao meu redor: todos vivem nesse corre corre da cidade grande, tanta gente passa e eu estou só... Todos com seus amigos, cuidando de suas próprias vidas, e eu estático, como um pedra, apenas observando, nunca fazendo parte, nunca vivendo, apenas presente, apenas existindo. Sozinho.

Mesmo quando falam em dignidade humana, qualidades e outras coisas, eu ainda me sinto o pior dos piores. O mais inútil, pior do que inútil. Sozinho. Sempre a segunda opção, ou a terceira... Nunca a prioridade, nunca o protagonista, nunca o importante, nunca... Mas sempre sozinho, sempre! Sempre o livro ignorado, abandonado, esquecido. E os livros esquecidos guardam em si histórias misteriosas, que nunca serão lidas por ninguém, nunca serão vividas por ninguém, apenas passaram a eternidade acumulando poeira, enquanto os outros passam rápido a sua frente, buscando as histórias que só ele pode contar...

O quanto alguém pode suportar viver assim? 

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