domingo, 26 de março de 2017

Vontade de viver

"A ideia do suicídio é uma grande consolação: ajuda a suportar muitas noites más."
(Friedrich Nietzsche)

Bom, novamente me recordo da afirmação que nos diz que "tem dias que a gente ganha e tem dias que a gente perde" e olha, essa semana eu vim todo trabalhado na derrota. 

Sabe quando a bate a bad? Dessa vez ela me desceu o cacete com força. Acho que me confundiu com algum saco da pancadas por ai... só pode... 

Me veio repentinamente uma necessidade absurda e inexplicável de um certo alguém, e esse certo alguém se fez ausente novamente, pois eu havia me esquecido que todo nosso relacionamento, tudo o que há entre nós é apenas fruto de minha pequena mente distorcida. Resultado: 3 dias sem conseguir comer e quase desmaiando por ai, já que as atividades na igreja e na faculdade estavam em alta.

Consegui voltar a comer um pouco ontem a noite, mas ainda assim sinto o coração apertar contra meu peito, num ardor desagradável que me faz desejar apenas uma coisa: a morte!

Sei do tamanho pecado que é dizer algo assim, mas é apenas a pura verdade, pura e dura. Perdi a vontade de viver, já não tenho mais nenhum motivo para continuar a insistir nessa existência patética. No entanto a minha covardia se faz tão grande que eu sequer consigo pôr fim a essa miserável existência. 

No meu coração não há hoje nem sequer poesias sobre dor e sofrimento, há em mim apenas silêncio, reflexo do vazio que ele deixou em mim. E nesse vazio minha mente se angustia, até o momento em que eu não conseguir suportar mais. 

"O suicídio demonstra que na vida existem males maiores do que a morte."
(Francesco Orestano)

Sei que não há motivo real para tal linha de pensamentos, só que pensar em findar tal fardo se tornou inevitável, e acredito que terei de aprender a conviver com (mais) essa obsessão.

Não é uma vontade de morrer, é apenas covardia, desejo de fugir, por saber que sou fraco demais para resolver isso de forma madura e adulta. É apenas covardia, desejo de inexistência, de sumir, de desaparecer sem nunca deixar nenhum vestígio de minha patética passagem por essa terra. Desejo de ser consumido pelos vermes da terra até que a mesma se torne o meu eu, e que não exista mais um ser tão dispensável ao mundo quanto um sujeito que só consegue sabotar-se e flagelar-se desnecessariamente...

Realmente um homem patético, que sequer merece ser chamado de homem... Patético!

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