domingo, 23 de julho de 2017

Entre os amplexos do amado

Quão feliz uma alma
Que numa visita inesperada
É levada ao céu entre os amplexos de uma alma amada

Vi aquele cuja face há muito já não via
E aquele cujo sorriso há muito não ouvia
Cujo toque há muito não sentia

Quão feliz a mente perturbada
Que num sorriso se desfez em lágrimas
Pelo amor que sentia pela visita inesperada

Senti o abraço que fez sonhar por noites inteiras
E que me deixou desperto por tantas outras
Que tantas vezes fez meu mundo parar

E sem órbita a gravitar
Por mais me fazia desejar
E tanto desejava que por vezes cheguei a chorar

Meu coração largou-se completamente
Encheu-se de júbilo exultante
Abandonado em meio aos amplexos do amado

Quão feliz ficou meu coração
E minha alma em paz cantou
E até minha mente do desespero se acalmou

A visão daquele anjo da cabelos negros em mim se marcou
E por séculos ainda existirá 
Pois mesmo que morra em minha alma ela ainda habitará

Quão feliz o coração
Que num abraço abandonado
Se enche de alegria e gozo entre os amplexos do amado

Mais feliz ainda deve ser
Quem no seu puro amar
Pode viver eternamente entre aquele que habita no íntimo do seu ser

E que não necessita de abandonar-se magoado
Pois esquecido pode adormecer 
Entre os amplexos do amado

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