sexta-feira, 13 de abril de 2018

Sobre objetivos e deveres

Qual o meu lugar no mundo? O que eu devo realizar? Será que eu tenho alguma missão para realizar? Quais devem ser os meus objetivos como pessoa?

Muitos fazem planos, tem sonhos, objetivos... Mas eu, quando me volto para dentro de mim, apenas encontro um grande vazio. Não tenho sonhos, nem objetivos.

Há em mim desejos, como o de me tornar sempre mais e mais inteligente, mas me pergunto se esse fosse um objetivo real eu me dedicaria a ele com todas as minhas forças, e não apenas superficialmente como faço. Talvez isso seja apenas uma inclinação, e não um desejo. Nada tão importante assim. 

Eu não sei o que devo fazer, nem sequer por onde começar. Não sei o que desejar. Deveria sonhar em ter um sonho para realizar? Acho que me deixei deslumbrar pelas histórias de grandes heróis épicos, que deixaram seus nomes gravados para sempre no tempo, e quis ser como eles, sem saber como nem por onde começar. Erro risível.

Não me vejo mais como alguém necessário ao outro. Com efeito, suas vidas continuam as mesmas sem a minha presença tão incômoda. Não notariam minha morte sequer, se viesse a morrer agora. Sou dispensável, trivial, e já não tenho importância nem mesmo para mim, por não saber sequer o que fazer de minha própria vida.

Deveria morrer.

Não faria um favor ao mundo privando-os de minhas incontáveis lamúrias, mas apenas cumpriria com o único nobre dever que me é imposto.

Não tenho lugar entre as pessoas.

Sou um aborto, um erro.

Sou uma coisa que não deveria estar forçando a presença de sua existência aos demais, e justamente por isso o mínimo que posso fazer é sumir, deixar de existir, apagar desse mundo os mínimos traços de minha incômoda presença.

É o que deveria fazer... 

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