quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Fantasma

Eu já sabia, sabia e fingia não saber, que a agitação incontrolável que vinha se prenunciando era apenas uma aura, uma espécie de arauto do desespero que deveria assolar o meu espírito logo em seguida. 

A agitação se foi, os sorrisos descontrolados e conversas insanas também. O que ficou foi o gosto de sangue e ferro, e a certeza de que uma espada transpassará novamente minha alma, e que serei reduzido mais uma vez a um mero amontoado de carne, ossos e lágrimas. 

Tentei ignorar, tentei dizer a mim mesmo que não era nada, mas era, era um fantasma muito bem identificado anunciando sua chegada. Era a morte, mais uma vez rondando minha mente com seus tentáculo frios. Era o destino, mais uma vez se mostrando por meio de sua risada diabólica.

E agora eu pobre, o que farei? Que patrono invocarei? 

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