Adeus amor,
adeus raça,
adeus ó extirpe divina.*
Aqueles que de perto assistem a esse banho de sangue choram aos amores que se vão, e despedem-se, do amor que nutriam, dos povos de onde vinham, e das extirpes reais a que pertenciam.
Adeus ao amor que um dia nos fizeram cegos, amor que nos levou a morte. Adeus ao que não passou de uma promessa. Adeus ao amor que nunca se concretizou. Esse amor se foi junto com o sangue que se derramou.
Adeus à raça que um dia sonhavam em governar. Adeus a raça de todos os homens. Adeus a todos aqueles que um dia acreditaram no amor.
Adeus ó extirpe divina, adeus ao sangue real, adeus ao deus do amor, adeus a todas as coisas ditas sublimes e perenes que se extinguiram com aquele golpe de espada. Adeus a toda dor e sofrimento. Adeus a vida.
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Nota: Giácomo Puccini, Turandot. II ato.
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