Fui tolo, por crer que seria pra sempre, mas a verdade é que eu simplesmente não queria aceitar que teria um fim, que se quebraria como um cristal que não pode mais ser consertado. As coisas são assim, tudo tem um fim e as relações humanas, antes de serem exceção, personificam essa mudança, pois estamos em constante transformação.
Conhecemos novas pessoas, e as antigas vão ficando no passado, como uma folha seca esquecida naquele livro que nunca mais abrimos. Vamos nos decepcionamos, e as palavras vão se turvando como a superfície da água. É tolice esperar que as coisas serão sempre iguais, antes disso, é certo abraçar a mudança, pois é a única constância sob a qual a realidade se dá. Tudo o mais é passageiro, mutável, o eterno domínio de Shiva, destruindo e reconstruindo, eternamente transformando.
Ó constante mudança, que a tudo transformais, como a lua se modificando e guiando a nossa sorte mutável em sua grandiosa roda da fortuna, quem haverá de desafiar a sua força cósmica que a todo universo muda com um único suspiro? Que podemos fazer senão nos curvar ante seu poder, que outro patrono poderá nos socorrer?
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