sexta-feira, 27 de maio de 2022

Resenha: Star and Sky - Star In My Mind

Contém SPOILERS!

Histórias sobre amores, supostamente, não correspondidos sempre geram muita dor e sofrimento, e custam aos personagens, e a gente que tá assistindo, conseguir respirar aliviado ao final de tudo e ver que as coisas deram certo. Essa é bem a proposta de Star and Sky: Star In My Mind, projeto da GMM TV que vai conta duas histórias de amor ligadas por alguns pontos em comum. 

Daonuea (Dunk Natachai) era apaixonado por Khabkhluen (Joong Archen, de 2Moons2) no colégio e se declarou para ele no seu último dia antes de viajar para a Alemanha onde terminaria o colegial, sendo gentilmente rejeitado com apenas uma frase de "faça uma boa viagem". Um ano depois ele volta e, ao entrar na faculdade e no concurso de Luas e Estrelas (a tradicional competição de Miss e Mister do campus) descobre que vai precisar dividir o quarto com seu antigo crush, o que obviamente faz seus antigos sentimentos aflorarem mais uma vez.

Acontece que dessa vez, mesmo continuando sendo um cara completamente frio e indiferente, Kluen está estranhamente tentando se aproximar de Daonuea de algum jeito, o que acaba por confundir os sentimentos do pobrezinho, já que até então todo mundo sabe que Kluen namora uma garota desde o colégio. 

A história gira então dessa aproximação entre Daonuea e Kluen (me recuso a ficar escrevendo esse nome enorme completo) e os sentimentos de ambos, que parecem difíceis de expressar. E então chegamos ao ponto central da série: como a comunicação, ou a falta dela, pode complicar a vida de pessoas que se gostam e acabar machucando muita gente. 

Kluen tem uma dificuldade extrema de dizer o que sente, só conseguindo demonstrar em pequeninos gestos e ainda assim deixando a coisa toda bastante ambígua. No caso do Daonuea ele já tinha deixado seus sentimentos claros antes, mas agora ele se vê confuso e sem saber como interpretar o comportamento do outro, que às vezes parece querer desesperadamente se aproximar e outras vezes o afasta e o joga pra cima de outros pretendentes. 

Aliás, uma pequena pausa aqui, é deixado bem claro que Daonuea é extremamente popular entre meninos e meninas na universidade, inclusive partindo o coração de dois deles no processo, e ele poderia muito bem escolher alguém que o fizesse feliz, mas o sentimento quando é forte não tem como fugir, ele gosta é de Kluen e pronto, e percebeu isso logo no primeiro momento que reviu o antigo amor. 

Praticamente toda a temporada gira em torno dessa relação confusa, com os amigos de ambos tentando ajudar, mas ainda assim eles batem muita cabeça e derramam muita lágrima até conseguirem finalmente se acertar. 

O nosso sofrimento é, por vezes, estendido demais pro meu gosto e fica uma sensação de que eles não serão felizes nunca no ar, um sentimento de insegurança, que é justamente o que os protagonistas sentem, como esse era o objetivo do roteiro posso dizer que eles acertaram em cheio em cumprir proposta, mesmo que isso tenha desagradado muita gente que preferia ver eles se acertando sem precisar de tanto esforço. 

Vários pontos positivos podem ser citados, como a bela direção do New Siwaj (Studio WabiSabi) que mais uma vez entregou uma boa leva de cenas lindas, a atuação de Dunk e Joong que superou expectativas, e aqui mais uma pausa pra defender o Joong que entregou um personagem que, a princípio, parece raso e vazio, mas que na verdade esconde nuances muito bonitas e complicadas de retratar, ficando então por conta de pequenos detalhes como olhares e gestos simples pra demonstrar toda uma gama de sentimentos que o personagem reprimia. Dunk por outro lado entregou uma atuação super expressiva, chorando em quase todos os episódios e fazendo a gente se doer mesmo, e em outros momentos um personagem fofo, que suportou muita coisa e ainda assim demonstrava suas fraquezas. 

Dunk e Joong tem muita química juntos, e entregaram muitas cenas lindinhas e também umas que só pela misericórdia viu, de tanto sofrimento. Tudo compensado nos dois últimos episódios, onde é só amor e carinho. 

Ponto super positivo também para a ost, principalmente a faixa cantada pelo próprio Joong, My Starlight, mas também a outra interpretada pelo Louis Thanawin ficou linda. 

A fotografia é maravilhosa e a GMM TV tem se superado a cada produção, entregando cenas belíssimas em todos os episódios. 

E então é isso, temos uma história sofrida que, de fato, não é a melhor que já vimos, mas que também está longe de ser ruim. Super vale a pena encarar numa maratona e rever cenas lindas e chorar um pouquinho também. Agora é esperar a continuação, Sky In Your Heart, que vai contar a história do irmão de Daonuea, o pegador Fah (Mek Jirakit, de The Player) que vai trabalhar numa aldeia do interior e acaba se aproximando do professor Prince (Mark Jiruntanin).

Nota: 08/10

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