domingo, 15 de maio de 2016

As cores lá fora me disseram pra continuar...

Dando continuidade a quantidade absurda de afirnações sem sentido do último post, deixo de antemão o sobre-aviso de que continuo sob os efeito de um Rivotril e portanto é bem provável que esse post seja tão incompreensível quanto  anterior. Enfim.

Decidi tornar o blog público oficialmente essa semana. Claro, editei a maioria dos posts que poderiam me trazer problemas, apaguei nomes e exclui aqueles que acho que vão evitar confusões. No momento prefiro apenas ter paz. Também não significa que eu vá postar regularmente até porque não tenho tempo e nem paciência pra isso.

Na playlist, o primeiro album do Asian Kung-Fu Generation, Kimi Tsunagi Five M. Um pouquinho de animação pra essa minha manhã de domingo. Não vou repetir os lamentos de ontem, não no sentido estrito do termo, mas vou sim continuar a enxurrada de reticências que já são basicamente a marca registrada do Blog, em contraste com as cores alegrinhas do verde que eu esolhi. Mão sou depressivo o suficiente pra fazer uma página com fundo preto e detalhes cinzas. Acho mórbido demais. E eu sou uma pessoa colorida. Depressiva, Mas colorida. 

Acho que vou começar então com essa afirmação, pois acabo de me lembrar de uma música que fez bastante sucesso alguns anos atrás: 

"Acham que enlouqueci
Perguntam de você pra mim
Eu tento dizer que está tudo bem

Estou igual vivendo o irreal
Perguntei do final pras flores
As flores são parte do total
Já se tornou banal
Me sentir mal, me sinto mal!

As cores lá fora me disseram pra continuar
Elas me disseram pra continuar (eu já superei)
Mas eu queria suas mãos nas minhas
Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia
Da sua partida (da sua partida)"

(As Cores - CINE)

As cores tem fortes influências no âmbito mental de uma pessoa. Faz parte do senso comum classificar o vermelho com o perigo, ou o azul bebê com a tranquilidade, o cinza com a languidez e por ai vai. As cores também fazem parte de nosso cotidano, Basta olharmoas ao redor pra começar a noter a quantidade quase infinita delas a nossa volta. Nesse momento mesmo, tenho o triste azul* dos meus travesseiros. A cor neutra do lençol que cobre minha cama. O carmim do meu casaco ao lado do meu notebook cinza. As cores normalmente trazem diversos sentimentos ao coração de quem as contemplam, por exemplo, as vistosas rosas vermelhas em arranjos de casamento nos lembra automaticamente o amor que deverá envolver a vida daquela casal, assim como o branco nos lembra a paz e a pureza que os cristão tem o dever de propagar depois do batismo. As cores fazem parte de nossas vidas, mesmo quando não percebemos. Digo isso quando escuto música por exemplo. Alguns estudiosos da música classificam o panorama visual de algumas obras de Mozart (aqui falo mais especificamente do Concerto pra Oboé K.314, Op. 18 em Cm) como sendo cor de rosa, da cor da Sakura, as flores de cerejeira, que todo ano por uma estação tornam o páis mais cor de rosa do mundo. Preconceitos a parte, a cho o rosa uma cor linda. Não aquelas fortes e violentos, mas exatamente estes da cora das flores de cerejeira. Delicado, puro. No entanto, quando executado de forma mais fria, sem a emoção e a paixão que a obra exige, a cor desse concerto passa automaticamente para o prata oxidado, justamente fazendo refêrencia ao brilho perdido.



Partindo dai então eu resolvi pensar: quais são as minhas cores? 

Gosto de me vestir de forma bem colorida. Verde fluorescente e laranja neon são de longe minhas favoritas (basta olhar o fundo do blog). Mas e as cores que de fato exprimem quem eu sou? 

Não acedito que seja sensual o suficente pra ser vermelho. Nem depressivo o suficiente pra ser cinza. Mas talvez um azul triste. Um bege sem graça. Um branco sem nenhuma expressão. Não sou mais preto, vazio, certamente não, muito pelo contrário, a enxurrada de pensamentos que fluem constantemente na minha cabeça mesmo depois das quantidades absurdas de remédios pra ansiedade que tomo me impedem de ser classificado com o adjetico vazio. Qual a cor que representa a confusão e o desespero? Ou nesse caso seriam cores? Acredito que uma mescla de laranja e vermelho possam expressar essa confusão. 


Quem nunca sentiu o coração encher-se de emoção ao passar por um jardim florido, por vezes ainda humido do orvalho da manhã. São visões belas, efêmeras, por vezes apenas passamos com pressa de chegar a algum destino, Mas elas continuam ali, simplesmente suscetiveis a brisa que as balança, louvandoa Deus por suas vidas com todas as suas cores e formatos. Assim também somos nós. De diversar cores, diversos formatos, mas será que sonseguimos despertar no próximo os sentimentos que as cores e as flores despertam?

Acordei sentindo-me meio mal. Talvez efeito do sedativo ou da noite de ontem. Me sinto inclinado a pensar na última hipótese. Rever aquele mocinho que tanto mexeu comigo e me tratou friamente mexeu comigo. Passar a noite também com o menino que não quer nada comigo também não tem sido fácil. Me sinto fraco, mas aqui abro um parêntese importante:

Mesmo com toda essa loucura de não saber quem sou ou o que devo fazer da vida. Uma coisa ainda me segura com correntes de ouro a realidade: a Santa Missa. Nestes últimos dias é a unica coisa que me dá prazer, satisfação em fazer, e pela qual eu anseio noite e dia. Não me sinto cansado servindo o altar, pelo contrário, mesmo nos últimos dias não estando participando da comunhão, sinto que é dali que vem emanando  força necessária pra continuar a viver. Quisera eu poder consumir minha vida em serviço do altar. Mas creio que isso já não seja possivel.Visto que já me aproximo da idade de ser dispensado como cerimoniário paroquial. De qualquer forma, afirmo com toda a certeza, que servir a liturgia tem sido a única coisa capaz de me querer fazer lutar.

Mudando de assunto, ando tenho sonhos estranhos, e particularmente, se algum dia eu tiver a oportunidade de conversar com a criatura responsável pelos meus sonhos, eu juro que vou querer bater um bom papo com ela. Muita coisa vai ter de ser explicada. 

Acredito que essa tenha sido minha reflexão nessa manhã de Domingo de Pentecostes. Das cores que nos circulam e das cores que erradiam de dentro de nós. Que bom seria, se todas as pessoas fossem como arco-iris, e que por onde passassem distribuissem mais cores ao mundo. Não apenas nos edificios e muros, mas procipalmente nos corações. Corações alegres tem o poder de alegrar os outros e contagiar com as belas cores de um quadro de uma bela paisagem, repleta de flores, que nos levam a contemplar a beleza e a singeleza da vida nos mínimos detalhes, nas mínimas cores.


Que nessa manhã, inpirados pela singela beleza das cores, possamos também nós conseguir, assim como elas fazem para louvar e bendizer o Senhor, levar com simplicidade a alegria da vida que Deus nos concede generosamente a cada dia.


*na língua inglesa, a palabra blue, que significa azul, também é usada como sinonimo de tristeza. 

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