sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Desista da vida

Eu não vou desistir.  

Do sol que entra pela fresta da janela as minhas costas. 
Da brisa fresca que faz meu coração brincar alegremente com o meu cabelo dançando por aí, num balé delicado embalado pelo doce ritmo dos pássaros. 

E eu não vou desistir.  

Do amor que, mesmo em meio a tempestade ainda aquece meu coração. 
Da pequena luz que ainda brilha, em algum lugar, dentro de mim. 

Eu não quero desistir. 

De algum dia encontrar alguém que possa me fazer ainda acreditar no amor. 
De algum dia achar alguém que faça toda a minha filosofia encontrar sentido. 
De alguém que algum dia que me faça querer voltar a amar daquela maneira de antes, sem reservas, com a intensidade de sempre. 

Intensidade. 

Com a mesma intensidade com que sempre amei. Aquela intensidade que sempre me fez suspirar. Aquela intensidade que sempre me fez arder dentro dessa chama viva de amor, cuja ferida não se cura, senão sem a presença e a figura. 

Figura. 

Figura forte. 
Figura altiva. 
Figura que passa segurança, mas que também intimida.

Mas figura que também acalenta.

Gentil.

Abraço gentil. 
Toque gentil.
Sorriso gentil.

Abraço apertado.
Toque aveludado.
Coração apressado.

Quem sabe eu não consiga, insistir. 

Quem sabe eu consiga, não desistir da gentileza. 
Da esperança. 
Do Amor. 
Da vida. 

Talvez eu não desista.
De ver a vida cor de rosa.

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