terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Dia Primeiro

O primeiro dia do ano passou rápido, e ao que parece as primeiras decepções não poderiam seguir o exemplo, senão que parecem que serão bem frequentes. Infelizmente o que me veio nesse primeiro dia foi um não sei quê que não consigo descrever. 

Há algo dentro de mim, que preciso colocar pra fora, mas não sei como. As palavras mais precisas que achei foram as de uma amiga, que disse que o ano começou e ninguém sabe o que vai fazer da vida nos próximos meses. E é bem isso que eu sinto mesmo. 

Foi um primeiro dia vazio, embora agitado por duas missas, visita de parentes, a posse do novo presidente e o primeiro rolê do ano com os meus amigos. Mas a impressão geral ainda é a de vazio. 

Algumas pessoas parecem que tem sentido a necessidade de testar minha paciência. Ou apenas estão fazendo o que querem da vida e isso por algum motivo me incomoda. Parecem querer sair da minha vida, e eu deveria ir atrás delas, como amigo, mas não sinto nenhuma vontade de fazê-lo. Será que isso é que me faz sentir vazio? Seria o espaço deixado por elas no meu peito? 

Não vou repetir o adágio faceboquiano que diz que o ano novo deve ser feito com atitudes novas. Não gosto desse tipo de frase de efeito, no entanto, o conteúdo desta pode ser de algum proveito. De qualquer forma, não quero repetir esse ano o que tanto fiz no ano passado: correr atrás de quem obviamente não dá a mínima para minha presença. Presença essa que eu, aliás, sempre deixei bem claro estar disponível em qualquer necessidade. Se, por algum motivo, isso não foi suficiente, eu só posso lamentar. 

De uma, outra, coisa eu sei: quero coisas novas nesse ano. Não quero me fechar dentro de minha própria cabeça, vivendo num inferno particular que eu mesmo criei, quero conhecer o novo, contemplar o céu pela simples experiência de ver o céu, sem buscar nele algum significado relacionado com a minha trágica vida amorosa e afetiva. 

Não digo isso com a força de uma promessa. Promessas tendem a terminar em decepções, e de decepções eu estou farto. Eu o digo como uma força que sinto dentro de mim. Uma força que diz que tenho de lutar por mim, e não para manter um outro alguém dentro da minha vida contra sua vontade. Se quiser ficar, será bem recebido, mas se quiser ir, que vá com os demônios para o inferno!

É, talvez o Ano Novo tenha em mim uma influência ainda maior do que eu podia imaginar. Será isso uma coisa boa? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário